Estudo do Ipea aponta que a taxa de desocupação dos 20% mais pobres saltou de 20,7% para 26,27% entre agosto de 2004 e o mesmo mês deste ano
Aumento do desemprego entre os mais pobres está relacionado à baixa escolaridade (Ricardo Leoni/Agência O Globo)
A parcela mais pobre da população desempregada não foi beneficiada pela reativação do mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil. Entre agosto de 2004 e o mesmo mês deste ano, a taxa de desemprego dos 20% mais pobres (com renda per capita domiciliar inferior a 203,3 reais por mês) saltou de 20,7% para 26,27%, enquanto o desemprego total caiu de 11,4% para 6,7%.
Entre os 20% mais ricos (com renda per capita domiciliar superior a 812,3 reais mensais) a taxa de desocupação despencou de 4,04% para 1,4% nesse mesmo período. As informações são de levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com base nos dados da pesquisa mensal de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números apontam para uma realidade mais dramática. Por si só, o forte crescimento da economia e do emprego formal não está sendo suficiente para fazer com que os mais pobres tenham as mesmas oportunidades que as pessoas com maior renda no que diz respeito às chances de encontrar ocupação.
"As dificuldades enfrentadas por essas pessoas estão diretamente relacionadas com a baixa escolaridade", afirma o presidente do Ipea, Márcio Pochmann.
A questão é que o aumento do emprego veio acompanhado de uma competição muito grande entre as empresas por trabalhadores qualificados. Quem não está preparado geralmente fica de fora. De acordo com o levantamento do Ipea, apenas 41,8% dos desempregados mais pobres frequentaram bancos escolares por período de 11 anos ou mais. Entre os mais ricos, o número sobe para 86,1%.
Fórum Econômico Mundial diz que desigualdade entre homens e mulheres ficou pior no governo Lula
CLIPPING - Postado por Políbio Braga
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Terça-feira, 12 de outubro
O Relatório Global de Desigualdade de Gênero 2010, apresentado nesta terça-feira em Nova York, indica que os países nórdicos seguem liderando o ranking dos Estados com menor desigualdade entre homens e mulheres. O Brasil cai quatro posições em relação ao ano passado e aparece em 85º lugar. Elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), o relatório analisa diversos fatores para avaliar o desempenho de 134 países em relação às diferenças entre gêneros na sociedade.Quatro países nórdicos encabeçam o topo do ranking. São eles, em ordem: Islândia, Noruega, Finlândia e Suécia. O quinto colocado é a Nova Zelândia. Segundo o documento, o Brasil, que estava em 81º lugar na lista do ano passado, caiu quatro posições devido a perdas em educação e no poder político, bem como ganhos relativos de outros países.
Obs: Textos recebidos de Delmar Philippsen Delmar Philippsenphilippsen@terra.com.br (F. Maier)