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Artigos-->Dificuldade de reflexão -- 11/10/2010 - 09:23 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dificuldade de Reflexão



Luís Mauro Ferreira Gomes



Em 9 de outubro de 2010



Há muito tempo, vimos dizendo, em nossos artigos, que os brasileiros perderam a capacidade de refletir.

Pouco importa que a inaptidão para processar as informações decorra da lavagem cerebral a que foram submetidos, que lhes privou de senso crítico, levando-os a crer nas “verdades absolutas”, vendidas sob a forma de chavões fabricados nos fornos ideológicos, ou provenha de deformidade genética devida ao sistemático cruzamento espúrio de elementos da suposta oposição com os partidos de esquerda, que gerou todas essas quimeras que pululam por aí e dão sustentação política a uma minoria de terroristas que impõem a sua vontade arbitrária ao resto da Nação, a ponto de quase se criar um falso pensamento único no País.



A verdade é que o cidadão em geral e o eleitor em particular tendem a aceitar o que lhes dizem, sem qualquer análise critica.



A conseqüência não poderia ser outra: os políticos abusam, distorcem os fatos, mentem descaradamente, enfim, transformam qualquer bobagem que digam em axioma inquestionável.

Neste período de eleições, tudo isso se torna muito mais evidente.



Vejamos alguns exemplos concretos.



No artigo intitulado “À espera de Marina”, publicado em O Globo de hoje, 9 de outubro, o Senador Cristovam Buarque, talvez esquecido – quem sabe por alguma razão muito forte – das agruras por que passou, várias vezes, nas mãos do governo petista, defende a eleição da candidata Dilma Rousseff. Nele, diz o autor em certo momento:



Mas ao negar-lhe vitória no primeiro turno disseram que não votavam pela continuidade simples, que querem mudanças. Não viram, nos outros programas, as propostas que desejavam; ou viram, mas não confiaram que elas seriam cumpridas.



Ora, caro leitor, se os eleitores não viram o que queriam nos outros programas, por certo também nada viram no programa da candidata petista, porquanto tal programa, simplesmente, não existe.



Todos nos lembramos, ainda muito bem, de que o programa apresentado para cumprir formalidade da Justiça Eleitoral era uma cópia do execrável Terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos – PNDH III. Isso mesmo, aquele Plano de Governo que ela disse, inicialmente, que assinara sem ler (como o seu chefe fizera com o original), para, depois, negar que o tivesse assinado, sob a alegação de que “simplesmente o rubricara” (acho que vou pedir a anulação de tudo o que vendi, já que apenas rubriquei os contratos).

Consta que, depois da reação desfavorável ao plano, os advogados do partido o substituíram, às pressas, por outro, mas, sobre este, como a Conceição, “ninguém sabe, ninguém viu”.

Está claro que a maioria conseguida por Dilma no Primeiro Turno não se deveu a razões programáticas, senão ao despudorado abuso dos poderes político e econômico praticado, ao arrepio da lei, pelo presidente da república, com a conivência da justiça eleitoral

A referida continuidade somente pode ser vista como a compra de votos com os bolsas “isso” e os bolsas “aquilo”.



Mais adiante, diz o articulista que, para conquistar o eleitorado de Marina é preciso, entre outras coisas, “assumir o compromisso de não forçar mudanças nos costumes e valores éticos além da capacidade de aceitação do conjunto da população, respeitando os direitos de cada minoria, mas sem ofender os sentimentos da maioria.



Isso é outra inverdade. Embora a candidata do Partido Verde o negue, se sair apoio a algum dos postulantes não será por convergência de programas ou agendas comuns, mas pela concessão de cargos, mesmo.



Comenta-se sobre a possibilidade de neutralidade do PV, para que cada diretório regional possa fazer a aliança que mais atenda às suas conveniências paroquiais. Se tal acontecer, mais uma vez, veremos as convicções cederem lugar aos interesses.



E a demora em definir-se e as reticências de Marina Silva são sugestivas disso. Esperemos que ela não venha a manchar a sua reputação nem desperdiçar todo o capital político que angariou, até agora, nestas eleições, que poderá perder boa parte do valor, se os eleitores fizerem suas opções antes da orientação partidária.



Mas escolhemos o trecho comentado como referência, porque ele explicita o que todos sabemos: com ou sem Marina, se Dilma vencer, os nossos costumes e os nossos valores continuarão a ser subvertidos na medida da leniência de uma sociedade anestesiada, neutralizada e subjugada.

Agora, esqueçamos um pouco o Cristovam Buarque e vejamos o que diz a própria candidata Dilma Rousseff.



Na página 3 da mesma edição de O Globo, em “Atrás de Deus e de Marina”, encontramos a declaração: “Chamo a atenção para o fato: se a gente somar os meus votos com os da candidata Marina Silva, a gente vê que 67% dos brasileiros querem uma mulher na presidência”.

Sofisma vagabundo!



É óbvio que, se o “poste” escolhido pelo presidente, ou o fantoche, como muito bem a tem chamado Merval Pereira, tivesse sido um homem, poderíamos somar os votos do “poste” masculino com os de José Serra para dizer, justamente, o contrário, com margem muito maior.



E não se pode esquecer, também, que muitos dos votos que Marina recebeu, em verdade não são dela, pois vieram de pessoas que, definitivamente, não querem Dilma, mas, se sentiram muito desconfortáveis em votar em Serra. No Primeiro Turno, escolheram a terceira opção disponível. Isso não acontecerá no Segundo.

Mas o desespero por conquistar os votos das mulheres leva a essas tolices e a outras, também.

Ainda da matéria citada, consta que “Dilma afirmou que fará uma campanha de valorização da vida e que está sofrendo na pele uma campanha caluniosa”.



A reportagem o omitiu, mas quando entrevistada – apareceu em todas as televisões – ela alegou, como prova de que era “a favor da vida” (evitou dizer claramente ser contra o aborto), que, “em uma certa fase de sua vida”, ela arriscara a própria vida em defesa da vida (respeitamos a redundância).



Desde quando tem valor o terrorista que arrisca a vida para tirá-la de outros – estes, sim, inocentes e indefesos – ou para roubar, para seqüestrar, para torturar?



E mais, ainda, que nos conste, nenhum centavo dos três e meio milhões de dólares roubados do Governador Ademar de Barros foi usado em benefício de qualquer necessitado ou em defesa da vida de quem quer que fosse.



Para onde foi todo esse dinheiro? Despesas com cabeleireiros e salões de beleza representam muito pouco para explicar o sumiço dessa fortuna.

Quanto à campanha caluniosa, devemos aprender uma nova acepção da palavra calúnia: “a verdade – ainda que não implique acusação de crime – quando dita sobre comunista, terrorista, ou bandido é calúnia”.



Só pode ser assim, pois, se Dilma anda por aí, dizendo-se católica apostólica romana, batizando neto, afirmando que é contra o aborto desde pequeninha, as suas muitas declarações, disponíveis em vídeos na internet (*), e o programa do seu partido, muito bem consubstanciado no PNDH III, mostram o contrário

É cinismo demais!



Mas nem tudo está perdido. A mudança de percepção e, conseqüentemente, de comportamento da sociedade já começou e avança rapidamente.

Vários setores e instituições detentores de poder, entre eles, a imprensa; as igrejas, pelo menos as verdadeiras; os intelectuais, várias associações de finalidades diversas; e quase todos os cidadãos honestos e esclarecidos já despertaram para a grave ameaça que paira sobre todos nós.



A realidade do Segundo Turno e tudo o que aconteceu nestes últimos dias são provas do que dizemos.



É lamentável, porém, que parcelas importantes de Instituições que tradicionalmente tiveram grande importância nos destinos do Brasil permaneçam cegas diante dessas mudanças e venham a correr risco de ficar isoladas do resto dos brasileiros, tendo como companhia o que há de pior na nacionalidade.



Os apoios a esse governo decadente estão limitados aos bandidos; aos terroristas; aos corruptos; aos movimentos criminosos ditos sociais; à sua militância partidária ou não; a algumas igrejas comerciais; aos movimentos comunistas e aos grandes grupos econômicos de outras nações interessados em nos subverter; e, finalmente, a alguns políticos e não políticos que, talvez por ingenuidade, se vendem por pequenas vantagens ou promessas de benefícios pessoais ou institucionais.



Prolongar ou permitir que se prolongue artificialmente a ditadura petista seria, talvez o maior erro que se possa cometer.

Está nas nossas mãos evitá-lo.



Peço a Deus que nos não furtemos de fazer tudo o que for necessário para que, no Brasil, volte a prosperar a Ordem, o Progresso, a Moral, a Ética, os Princípios, os Valores, a Segurança e as Instituições que tanto prezamos e por que tanto lutaram e, às vezes, pereceram muitos dos que nos antecederam.



Há situações em que é preferível morrer a fracassar.



Não nos esqueçamos disso.



(*) Um dos vídeos que circulam na Internet pode ser visto no link abaixo:

http://youtu.be/V2AENfY5JiA.



Observação:



1) O autor é Coronel-Aviador reformado e, atualmente, Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa.

2) As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, o pensamento da ABD.





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