Fosse alguém ligado ao PT, não haveria esse protesto do Silvio.
Eu só queria entender por quais motivos a petralhada pode roubar a vontade. Quer família mais indigna que a família Sarney. Bate de 10 a 0 nos da Silva e tantas outras.
Paulo Sérgio [Loredo]
----- Original Message -----
Sent: Sunday, August 15, 2010 3:32 PM
Subject: Mais um crime do Estadão
Leiam o artigo abaixo e vejam a que ponto chegou a desfaçatez neste País.
O jornal O Estado de S. Paulo, vulgarmente conhecido pela alcunha de Estadão, que se considera um defensor da democracia - seja lá o que ele entende por democracia - publicou, neste domingo, mais um dos seus artigos destinados a demonstrar que não tem nenhum respeito para com a Constituição Federal e demais leis deste País.
Para punir um de seus inúmeros desafetos, violou, não se sabe valendo-se de quais meios, o sigilo bancário da governadora Roseane Sarney e, pior, publicou escancaradamente o que veio a descobrir, em atitude que, sob nenhum pretexto, pode ser considerada ética e, muito menos, democrática.
Não se discute a suposta ilegalidade da operação bancária realizada pela governadora, mas, tão somente, a atitude acintosa desse jornal infame que, longe de divulgá-la ostensiva e irresponsavelmente, deveria comunicar o que
apurou, repita-se, sabe-se lá como, ao Ministério Público, para as providências
cabíveis.
Arvorando-se em arauto da moralidade, o jornalão dos Mesquita, quer desafiando decisões judiciais que submetem processos ao regime do segrêdo
de justiça, quer praticando, com fins desconhecidos, porém suspeitos, crimes
como este, há muito perdeu a serenidade e a seriedade indispensáveis para a realização de um jornalismo honesto e progressista.
Silvio de Barros Pinheiro.
Santos/SP
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Roseana lavou dinheiro, indicam papéis
Governadora teria simulado empréstimo de R$ 4,5 milhões no Banco Santos para resgatar US$ 1,5 milhão na Suíça; ela diz descohecer o caso
14 de agosto de 2010
Leandro Colon / BRASÍLIA
Documentos que estão nos arquivos do Banco Santos indicam que a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), e seu marido, Jorge Murad, simularam um empréstimo de R$ 4,5 milhões para resgatar US$ 1,5 milhão que possuíam no exterior.
Os papéis obtidos pelo Estado – incluindo um relatório confidencial do banco – dão detalhes da operação, montada legalmente no Brasil, com um prazo de seis anos. Os relatórios mostram, no entanto, que o empréstimo foi pago por meio de um banco suíço cinco dias depois da liberação dos recursos no Brasil.
O dinheiro foi, segundo os documentos, investido na compra de participações acionárias em dois shoppings, um em São Luís e outro no Rio de Janeiro. O Banco Santos teria servido apenas como ponte para Roseana e Murad usarem os dólares depositados lá fora. É o que o mercado financeiro batiza de operação "back to back".
O acordo ocorreu em julho de 2004 entre a governadora, seu marido e Edemar Cid Ferreira, até então dono do Banco Santos, que quebrou quatro meses depois e passa por intervenção judicial até hoje. Afastado do banco, Edemar é íntimo da família Sarney. Foi padrinho de casamento de Roseana e Murad. Os documentos, obtidos pela reportagem com ex-diretores do Banco Santos, reforçam os indícios que a família Sarney sempre negou: que tem contas não declaradas no exterior.
Arquivo. De posse dos documentos, o Estado procurou em São Paulo o administrador judicial do Banco Santos, Vânio Aguiar, para se certificar de que os papéis estão nos arquivos oficiais da instituição bancária. Ele confirmou a veracidade dos documentos. "Eu não sabia da existência deles. Mandei levantar e confirmo a existência desses documentos que você me mostrou nos arquivos do banco", disse Aguiar ao Estado. "Foram encontrados na área de operações estruturadas."
Os papéis mostram que coube à então secretária de Edemar, Vera Lucia Rodrigues da Silva, informar o patrão do pagamento lá no exterior. "Dr. Edemar. A Esther/UBS confirmou hoje o crédito de 1.499.975,00, aguarda instruções. Vera Lucia", diz mensagem eletrônica enviada por ela às 11h56 do dia 3 de agosto de 2004.
A secretária Vera Lúcia refere-se a Esther Kanzig, diretora do banco suíço UBS em Zurique que, segundo ex-diretores do Banco Santos ouvidos pelo Estado, representava os suíços nas relações com Edemar Cid Ferreira. Edemar responde à secretária às 12h47 e mostra que essa era uma prática rotineira do banco: "Vera, proceder da mesma maneira que da vez anterior com a distribuição entre administradores qualificados. Grato, ECF." O Banco Santos não tinha autorização para atuar no exterior e, segundo as investigações sobre sua falência, Edemar usava offshores laranjas para receber recursos fora do Brasil.