Departamento de Justiça diz que acusados viveram durante anos nos EUA em um programa secreto de espionagem
iG São Paulo
No que foi retratado por autoridades como uma extraordinária repressão a uma rede de espionagem russa, o Departamento de Justiça acusou nesta segunda-feira 11 pessoas de viver durante anos nos EUA como parte de um programa secreto de espionagem da SVR - a agência sucessora da soviética KGB, informou o The New York Times.
Dos 11 acusados, dez foram presos no domingo. O último suspeito, conhecido como Christopher R. Metsos, continua foragido.
De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, as prisões foram feitas em operações nos Estados de Nova York, Massachusetts, Nova Jersey e Virgínia. Os presos foram acusados de conspiração para agir como agentes de um governo estrangeiro, o que pode acarretar uma pena máxima de cinco anos de prisão.
Dez pessoas foram detidas no domingo sob acusação de supostamente realizar "missões de longo prazo e infiltração profunda nos Estados Unidos em nome da Federação Russa", informou o Departamento de Justiça em uma declaração. Nove dos detidos também enfrentam acusações de conspiração para lavagem de dinheiro, cuja pena máxima de prisão chega a 20 anos.
Anos de investigação
Na declaração oficial, o Departamento de Justiça americano afirma que os suspeitos foram detidos depois de uma investigação que durou vários anos.
Dois dos detidos - um casal conhecido pelos pseudônimos de Richard Murphy e Cynthia Murphy - foram presos na cidade de Montclair, no Estado de Nova Jersey; Vicky Pelaez e um homem conhecido apenas como Juan Lazaro foram detidos em Yonkers, no Estado de Nova York; e Anna Chapman foi detida na cidade de Nova York.
Outras três pessoas, Michael Semenko e um casal conhecido como Michael Zottoli e Patricia Mills, foram presos em suas casas no condado de Arlington, no Estado da Virgínia. Mais duas pessoas, conhecidas como Donald Howard Heathfield e Tracey Lee Ann Foley, foram presas em Boston, Massachusetts.