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Artigos-->Arapongagem: O jogo sujo dos petralhas contra Serra -- 08/06/2010 - 11:42 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Globo - 8/6/2010



ELEIÇÕES 2010



Cúpula do PT sabia de dossiê



Além de Pimentel, dirigentes da campanha de Dilma sabiam de material contra Serra



Gerson Camarotti e Jailton de Carvalho



Apontado como bode expiatório no episódio do suposto dossiê contra o pré-candidato José Serra, o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) não era o único que sabia das denúncias. Toda a cúpula petista que integra a coordenação de campanha da pré-candidata Dilma Rousseff tinha conhecimento, desde o fim de 2009, da existência de um farto material investigativo contra o tucano e sua filha, Verônica Serra. Ontem, dois jornalistas envolvidos no caso negaram a versão do delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo das Graças Sousa, de que o comitê petista desejou contratar serviços de espionagem.



Segundo relatos feitos ao GLOBO por dirigentes do PT, o partido esperava que aliados do ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) usassem o material durante o processo de disputa interna no PSDB para a escolha do presidenciável tucano. Como isso não ocorreu, contou um integrante da campanha petista, houve a decisão coletiva de se ter acesso a esse material, que estava sendo investigado pelo jornalista Amaury Ribeiro Junior. Na ocasião, Amaury acabara de sair do jornal "O Estado de Minas".



Na coordenação de campanha de Dilma, o dossiê passou a ser usado internamente como "arma secreta", para ser usada, se necessário. Amaury foi procurado, então, pelo jornalista Luiz Lanzetta, dono da empresa Lanza Comunicação, contratada para a área de comunicação da pré-campanha. Lanzetta se desligou da campanha no fim de semana.



O acerto feito com Amaury teria o propósito de se produzir um livro com todas as investigações feitas pelo jornalista contra Serra. Pela estratégia, que recebeu o aval de todos os integrantes da coordenação de campanha da Dilma, o livro-dossiê seria publicado no período eleitoral. Assim, Amaury foi integrado originalmente à campanha petista.



Só em abril, com a oficialização da pré-campanha, houve a decisão de um grupo do PT de ampliar o núcleo de inteligência do comitê de Dilma, o que causou um racha interno. Lanzetta, o empresário Benedito Oliveira Neto e Amaury participaram do encontro em abril com Onézimo.







Jornalistas querem ser acareados com delegado



No PT, a versão é que Onézimo foi infiltrado pela campanha tucana para detonar a crise no comitê de Dilma. Em entrevistas, Lanzetta e Amaury desafiaram ontem Onézimo a manter, em público, a acusação de que tenha sido sondado para montar esquema de espionagem contra Serra.



Segundo os dois, foi o delegado quem se ofereceu para desmontar um suposto grupo de produção de dossiês que teria sido organizado pelo deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) contra políticos da base aliada, principalmente do PMDB. Amaury disse que gostaria de ser acareado com Onézimo.



Os dois decidiram partir para o ataque depois de a revista "Veja" publicar, no fim de semana, entrevista em que Onézimo diz ser sido procurado para fazer investigações, inclusive com uso de grampos telefônicos, contra Serra e Itagiba. A proposta teria sido feita numa reunião em 20 abril, num restaurante em Brasília.



- Se ele falou isso (sobre espionar Serra), vamos reconstituir os fatos: quem falou, a que horas falou, como foi. Vamos fazer uma acareação. Esse negócio (de espionagem) é uma mentira, que tem que vir à tona - disse Amaury.



Lanzetta e Amaury contam que tiveram encontro com Onézimo porque estavam em busca de uma empresa para investigar vazamentos de dados confidenciais do escritório central da pré-campanha de Dilma. Os dois chegaram a Onézimo por sugestão de Idalberto Matias, o Dadá, ex-agente do Serviço de Inteligência da Aeronáutica. Amaury disse ainda que, duas semanas depois do primeiro encontro, Onézimo cobrou R$1,8 milhão para fazer o suposto serviço de contra-espionagem. A proposta não teria sido aceita, segundo Amaury.



Itagiba negou que tenha feito dossiês e disse que há uma tentativa de se desviar o foco do episódio:



- O que temos hoje? De um lado um grupo que diz que estava lá porque foi chamado para fazer dossiês. E de outro, outro grupo que diz que recebeu a oferta de dossiês. De qualquer forma, estavam todos em uma reunião para praticar um delito. E que, quando confrontados, montaram suas historias para se justificar, querendo imputar a culpa a uma terceira pessoa. Que se instaure um inquérito policial para investigar o que eles faziam reunidos lá.



Procurado pelo GLOBO, Idalberto não retornou a ligação. Onézimo não foi localizado.











Serra mira em Dilma e critica `jogo sujo` na eleição



Sem citar nominalmente rival petista, tucano diz que dossiê é `característica desse pessoal`







MONTES CLAROS (MG). O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, pediu o fim da "baixaria" e do "jogo sujo" na eleição, e voltou a acusar ontem a sua oponente petista, Dilma Rousseff, pelo suposto dossiê que estaria sendo montado contra o tucano e sua filha, Verônica Serra. Serra evitou citar nominalmente Dilma ou outro integrante do PT, mas disse que esse tipo de atitude é "característica desse pessoal":



- O que precisa acabar é a baixaria, é contratar arapongas, é espionar, é denegrir famílias - disse o tucano. - A gente precisa acabar no Brasil que, a cada eleição, como em 2006, a gente fica encontrando essas coisas que não fazem nenhum bem ao processo democrático. Estamos voltando àquela velha prática, característica desse pessoal, de jogo sujo, abaixo da cintura, ataques a familiares e coisas do gênero.



Em evento ao lado do ex-governador de Minas Aécio Neves e vários outros líderes tucanos em Montes Claros, ao norte de Minas, Serra se mostrou irritado ao ser perguntado sobre o assunto, principalmente sobre a ação que o PT apresentou à Justiça para que ele explique a acusação de que Dilma seria "responsável" pela questão.



- Esse episódio de dossiê deve ser jogado na lata de lixo da história. Não contribui em nada para nossa democracia - disse.



Em seguida, no entanto, voltou a direcionar a artilharia contra a campanha petista que, segundo ele, abriga "todas as pessoas, ou algumas delas" envolvidas no escândalo.



E declarou que não deve explicações sobre nada relacionado à questão.







- Tudo que a imprensa publicou deve ser respondido por quem? Pela candidata que chefia a sua campanha. O resto é factóide. Basta vocês olharem as revistas, os jornais, que vocês vão ver quem é que tem que dar explicação para o Brasil a respeito do que está acontecendo. Quem tem que dar explicação é a candidata que é chefe da sua própria campanha, como eu daria se houvesse acontecido algo no meu caso - afirmou o tucano.



Já Aécio Neves rebateu informações divulgadas na última semana de que a montagem do suposto dossiê teria partido do próprio ninho tucano, durante a disputa entre ele e Serra pela indicação do partido para a disputa presidencial.



- Exijo respeito. A minha trajetória política é conhecida. E nós sabemos onde estão os aloprados. Até endereço têm - disparou, referindo-se à mansão em Brasília alugada pela campanha petista para o trabalho da equipe que seria responsável pela montagem do dossiê.







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