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Artigos-->Bolha à vista. Ou a prazo. E o subprime Pacheco. -- 26/05/2010 - 16:04 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bolha à vista. Ou a prazo...



Publicado em 25/05/2010.



http://www.if.org.br/editorial.php



A coluna eletrônica Ponto Crítico, do último dia 24, sob o titulo PERTO DO LIMITE, o jornalista Gilberto Simões Pires, conselheiro deste IF, tratou de um tema que vem sendo divulgado timidamente pela imprensa: o endividamento da população em face da ampliação do crédito. Nela, se constata algo que já tínhamos alertado há mais de um ano, a formação de bolhas no mercado de crédito brasileiro, exatamente pelas altas taxas de juros, independentemente do valor das parcelas, em face dos prazos longos que se estabeleceram para possibilitar a ampliação do crédito.



“País em que a renda do povo é baixa, o crédito não é calculado pelo juro, mas pelo valor da parcela. Como uma renda baixa é explicada pelo baixo nível de esclarecimento das pessoas, o engodo se dá pelo aumento do prazo. E, quanto menor a prestação, maior o comprometimento da renda em novas compras a prazo. Até o momento da saturação.” Essa frase resume a ópera dantesca que está por vir.



Como em 1986, no Plano Cruzado, cuja reforma/manipulação monetária permitiu que um partido político vencesse as eleições em quase todos os estados, configurou-se em um grande estelionato nacional porque não se atacou a causa primária dos problemas brasileiros, o centralismo estrutural. Chegamos a ter incríveis 89% de inflação ao mês. Logo veio o Governo Collor, que deu outro choque na economia, bem mais grave com os confiscos das reservas bancárias de todos os brasileiros e empresas, mas não se mexeu na estrutura arcaica do modelo centralizado. Meses depois a quebradeira geral, com a volta da inflação galopante,em que pese algumas reformas que tenha conseguido fazer antes da sua renúncia. O Plano Real juntou o aprendizado dos planos anteriores e trocou a emissão de moeda por títulos, conseguindo com isso, financiar a máquina pública e manter o nível do meio circulante sob controle, o que resultou no controle da inflação. Uma medida inteligente, mas que vai se tornando inócua com o passar dos anos, pois não se mexeu nas arcaicas estruturas do modelo de Estado, embora o programa de privatizações em alguns setores tenha bons resultados. Frise-se aqui um incremento de cerca de 10 pontos percentuais do PIB na carga tributária brasileira, juntando-se às altas taxas de juros, ampliando o peso do Estado sobre o cidadão e as empresas.



Agora, como meio de promover o crescimento da economia e inserção de parte da grande massa de pessoas na miserabilidade e pobreza como consumidores, o atual governo achou outro elemento cosmético: o crédito. Parece ter se inspirado no comercial das Casas Bahia – “quer pagar quanto?”, pois constatou-se que o impulso por consumo poderia finalmente, ser aproveitado pelo simples prolongamento dos financiamentos. Funcionou, como toda cosmética funciona. Mas e agora? Um carro financiado por 60 meses,até 72 meses, não valerá 20% do custo total do que for pago com as prestações. O problema não está no prazo mas nos juros. Enquanto nos EUA os juros não passam de 5% ao ano, aqui, os juros vão à casa de 2% ao mês considerando as taxas e principalmente a capitalização dos juros, proibida e imoral, mas infelizmente validada pelo STJ depois das justificativas feitas pela Febraban aos ministros das altas cortes em um resort baiano há uns dois anos. Sem falar no cheque especial com seus 7 a 9,10% ao mês, e o cartão de crédito, que pode chegar a incríveis 19% ao mês em algumas bandeiras. A corda tem limites...



O Brasil tem se virado com cosméticas monetárias, financeiras depois da grande cosmética política de 1988 na promulgação da Constituição Cidadã, que só vale pelo terço, já que os outros dois terços não foram regulamentados, em que pese as 62 emendas introduzidas desde aquele ano. Mas mesmo a cosmética tem limites. O que propomos, o federalismo como meio de reestruturar o modelo de Estado, trará a verdade das ações humanas com o esperado resultado que, muito mais do que cosmético, será real e duradouro.





***



Amigos liberais, libertários e libertinos,



Sobre a venda desenfreada de carros zero km, com redução de IPI, há quem já tenha descrito o episódio como Subprime Pacheco, sendo "Pacheco" os velhos Passat, Chevety e Corsel. Eu gostaria de saber qual o valor que a sociedade brasileira perdeu com a desvalorização recorde dos carros usados, quantos bilhões foram, ao fazer compra desenfreada de 0 km. Um patrimônio que se diluiu sem ninguém notar, parece. Me lembro que meu filho havia comprado um Celta velho por 18 mil, um ano e meio depois o valor havia caído para 11 mil - que serviu para dar entrada em outro carro, um Mégane usado avaliado em uns 30 mil. Algum economista poderia me informar qual foi a perda do patrimônio nacional nessa brincadeira de Lula aquecer a economia apenas em alguns dos setores produtivos, o setor onde ele se familiarizou como sindicalista e os setores da "linha branca" dos senhores Samuel Klein e Abílio Diniz?



Com a palavra meus amigos economistas liberais Ricardo Bergamini, Ubiratan Iorio, Luiz Zottmann, Hélio Sokolik, Rodrigo Constantino, Nivaldo Cordeiro, além de outros estudiosos do assunto, como o médico e escritor Heitor de Paola, a juíza do TRT Marli Nogueira, o embaixador e pensador liberal Meira Penna e o deputado estadual/SP João Mellão Neto.



E, pior de tudo, a enorme dívida arcada pela população. Como já disse Joelmir Beting, fazendo trocadilho com um ditado muito conhecido, "quem não deve, não tem!", a respeito desse crédito descomunal posto ao alcance das pessoas. O programa "Minha Casa, Minha Vida", por outro lado, não construiu 1 milhão de moradias prometidas, mas conseguiu duplicar o valor dos imóveis, principalmente os destinados às camadas mais baixas da população - outra bolha à vista; ou melhor: à prazo, a longo prazo, 30 anos!



F. Maier





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