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Artigos-->Brasil, um País de tontos -- 26/05/2010 - 10:24 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Brasil, um País de Tontos



Josino Moraes



www.josino.net



Brasil é o império das ilusões (Jean Baudrillard, 2002)



Há muitos exemplos para ilustrar o título acima. Aqui, serão relatados apenas os mais recentes factóides desde 2008 – entenda-se aqui pela palavra, fatos imaginários com a aparência de fatos reais. Esses factóides, de outro ponto de vista, podem ser meramente vistos como simples exercícios mentais, ainda que, com profundas implicações políticas.



Em primeiro lugar, vem a questão do pré-sal. Aqui, de fato, há um truque de semântica. O nome real do projeto deveria ser: exploração de petróleo em águas profundas. Obviamente, águas profundas significam dificuldades, e assim a palavra correta foi evitada. De fato, trata-se de uma tarefa impossível para um estado semi-falido como é o caso do Estado brasileiro.



O hilário nesse caso é que já começou um debate acirrado, no Congresso Nacional, quanto à divisão de “royalties” - uma verdadeira divisão do butim entre Estados. Aqui, há novamente um truque de semântica. A palavra royalty, de origem inglesa, significa, nesse caso, simplesmente impostos. O significado inglês da palavra foi totalmente desvirtuado. De fato, o significado original é o único registrado em nossos dicionários em 2010, mas atualmente essa palavra só é usado dessa maneira no âmbito do comércio internacional. Essa tarefa de enganar a população não é nada difícil num país onde 75% dos cidadãos não sabem sequer o significado da palavra imposto. Uma boa pergunta é por que tal nível de idiotia. Essa é a principal razão de Lula ser tão popular.



A segunda tonteria é o trem de alta velocidade. Trata-se de uma grande idéia que está se desenvolvendo nos países desenvolvidos de grandes extensões territoriais, como os Estados Unidos, por exemplo, e na emergente China. Esse trem ligaria as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Dada a realidade brasileira, trata-se de uma asneira econômica de grosso calibre, mas a idéia, por si só, transmite a mensagem, ou miragem, de uma grande “nação”....



A terceira tonteria é a construção de Belo Monte, uma grande represa no Rio Xingu, Pará, para a geração de energia elétrica. O Estado não tem recursos nem para manter sua deteriorada infra-estrutura – estradas, portos, aeroportos, etc. Sequer tem dinheiro para tapar os buracos de ruas e avenidas nas grandes cidades e consertar as calçadas. Ele tem que pagar muitos privilégios tais como as aposentadorias hereditárias para filhas “solteiras” – e parideiras, diga-se de passagem - de funcionários públicos e, ademais, altos salários para os funcionários de empresas estatais. Eis a cruel realidade.



A quarta tonteria é a construção do Brasil como uma potencia militar global. Chega a ser realmente ridícula tal pretensão. Um país que não fez uma única guerra nos últimos 150 anos e cujo orçamento militar é gasto basicamente com aposentadorias – a maior parte delas hereditárias!



Após cinco/seis anos de preços estratosféricos das commodities devido ao maior período de expansão econômica da historia humana, os cofres da União encontram-se abarrotados de dólares. Dessa forma, o governo ronca papo, já há algum tempo, que irá comprar submarinos nucleares e caças da França.



Afinal, há coisa de uns 50 anos, compramos um porta-aviões da Inglaterra, verdadeiro pau-velho, sem sequer termos aviões! O lúcido Juca Chaves, naquele então, cantou seu fabuloso “Brasil já vai a guerra, comprou porta-aviões...”



Em 7 de setembro de 2009, Sarkozy foi convidado às pressas para a cerimônia em Brasília para fechar definitivamente o negócio. Na ocasião, houve acrobacias de aviões e parada militar, como é do hábito local. Trata-se de um show, via TV, para mostrar o Brasil como potencia militar. Afinal, aqui existe a lenda, criada por Vargas – nosso gênio original da malandragem, que foi Santos Dumont que, em Paris, inventou o avião, e que ele teria se suicidado devido ao seu uso militar. Que alma ingênua e magnânima seria a de Santos Dumont!



Pobre Sarkozy! O razão de sua presença no palanque do dia 7 de setembro era simplesmente aumentar o grau de popularidade de Lula. Quanto a venda de caças e afins, sabe lá Deus.



Josino Moraes, engenheiro e economista, é um pesquisador econômico da America Latina.





Obs.: Santos Dumont se suicidou por problemas psicológicos, provavelmente depressão, que foram deteriorando sua saúde dia-a-dia, de tal forma que, perto do fim da vida, não chegou a reconhecer uma antiga paixão, Yolanda Penteado, quando estava internado em um sanatório em Biarritz, França, além de ter apresentado alguns projetos de invenção amalucados. O uso de aviões de combate durante a Revolução Constitucionalista de 1932 provavelmente foi a gota d`água que o levou ao suicídio. Ao contrário do que insinua Josino Moraes, Santos Dumont é o verdadeiro inventor do avião. Getúlio Vargas, na verdade, não permitiu que, na época, fosse noticiado o suicídio de Santos Dumont. Sobre a história de Santos Dumont, sua vida, obra e agonia, veja em http://www.webartigos.com/articles/663/1/Santos-Dumont-100-Anos-Do-14-bis/pagina1.html - em 6 partes (F. Maier).







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