Iraniana Nobel da Paz pede que Lula cobre explicações de Ahmadinejad sobre direitos humanos
Ela foi a primeira mulher a se tornar juíza no Irã, em 1974. Durou pouco. Em 1979, expulsa dos tribunais depois que os aiatolás instauraram a República Islâmica, Shirin Ebadi não desistiu: transformou-se na mais temida advogada dos direitos humanos do país, partindo em defesa de todos os que o regime menospreza - mulheres, opositores, jornalistas - ganhando o Nobel da Paz em 2003.
Aos 62 anos, ela paga hoje um preço alto por isso: está exilada na Europa. De passagem pela Itália, numa entrevista por telefone, ela conta como sua família é perseguida e que pessoas estão sendo mortas sumariamente. Ela faz um um apelo para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobre do regime iraniano explicações para as violações de direitos humanos, incluindo a execução de cinco curdos iranianos.