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Artigos-->Brasiguaios na linha de fogo da guerrilha -- 27/04/2010 - 11:24 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Globo - 27/4/2010



Brasiguaios na linha de fogo da guerrilha



Paraguai envia mil militares a 5 províncias em estado de exceção para combater grupo pró-Farc



Flávio Freire



Sob fortes temores de desrespeito aos direitos humanos e uma enxurrada de críticas dentro e fora do governo, o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, enviou ontem mil policiais e militares num plano de emergência para sufocar as atividades da guerrilha Exército do Povo Paraguaio (EPP), ligada às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A medida foi anunciada após o decreto de um estado de exceção em cinco departamentos (estados) do norte do país - inclusive em áreas próximas à fronteira com o Brasil -, levando medo aos cerca de 300 mil brasileiros que vivem na região, os chamados brasiguaios, responsáveis por 80% da economia local com o cultivo e exportação de grãos.



- Aqui, os brasileiros são imigrantes estrangeiros e com uma situação econômica muito boa, então é normal que tentem nos prejudicar. Provavelmente, os brasileiros serão vítimas desses guerrilheiros - disse a advogada Vilma Dias de Oliveira. - Não sabemos o poder de fogo real deles - diz ela, que vive há 30 anos em Ernandaria, na região da fronteira com o Brasil.





EPP faz sequestros extorsivos



Morador de Santa Rosa de Araguari, em San Pedro, Valídio Eschenberger planeja aumentar a segurança particular em torno de sua propriedade de 150 hectares para se proteger:



- Por enquanto, ninguém mexeu com a gente, mas eles (do EPP) parecem muito perigosos. Estamos trabalhando tranquilamente, mas já nos reunimos (com outros brasiguaios) para aumentar nossa segurança.



A crise começou na semana passada, quando o EPP assassinou três civis e um policial num assalto à fazenda Santa Adélia, em Concepción, a 420 km de Assunção, numa provável tentativa de roubar gado. O grupo armado se autoproclama marxista-leninista e acusa o presidente Fernando Lugo de representar a oligarquia sem se importar com a necessidade de uma reforma agrária no Paraguai. Em dois anos, a milícia sequestrou dois fazendeiros e cobrou US$700 mil de resgate. Analistas acreditam que seus cerca de 100 integrantes agem mais pela delinquência do que pela ideologia, mas documentos comprovando sua ligação com as Farc - de onde teriam recebido armamento pesado e treinamento militar - colocaram o governo de Assunção em estado de alerta.



Com o envio de tropas à região, o governo espera capturar, pelo menos, 25 guerrilheiros. Mas, aumentando o clima de tensão, ontem, duas organizações camponesas e uma das principais centrais sindicais do país anunciaram que não respeitarão o estado de exceção.



Previsto para durar 30 dias, o estado de exceção foi decretado nos departamentos de Amambay, San Pedro, Alto Paraguai, Presidente Hayes e Concepción, onde se concentra toda a produção de maconha do Paraguai. O decreto suspende todas as garantias constitucionais nas cinco províncias e permite ao Exército promover detenções e transferências sem a necessidade de ordem judicial - o que despertou a ira de grupos de defesa dos direitos humanos.



- Peço respeito aos direitos de trabalhadores humildes. Muitos conhecem detalhes do EPP, mas não denunciam por medo - advertiu o prefeito de Horqueta, Jorge Centurión.



O episódio deixou ainda mais exposta a crise interna do governo paraguaio. Ontem, o vice-presidente Federico Franco - líder do partido Liberal Radical Autêntico (PLRA) , maior aliado da coalizão - desafiou Lugo, afirmando que seu interesse não era combater o EPP. Diante das insinuações, o vice-presidente foi obrigado a prestar esclarecimentos ao Congresso.



- Jurei sobre a Bíblia respeitar a Constituição e as leis. Esse compromisso com o povo me obriga a ser prudente. Por isso, a postura crítica. Sempre disse que os membros do EPP são criminosos - recuou Franco.



No que pode ser a primeira retaliação do EPP, ontem à noite, o senador liberal Robert Acevedo, um dos políticos que denunciaram o tráfico de drogas no norte do Paraguai, sofreu um atentado em Amambay. Atiradores atacaram o veículo em que viajava e, segundo o jornal "ABC", duas pessoas que estavam com ele morreram. O senador foi levado em estado grave ao hospital.



Com agências internacionais





***



O Estado de S. Paulo - 27/4/2010



Guerrilha teria enviado dinheiro às Farc



Jamil Chade, CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo



Três paraguaios com status de refugiado dado pelo governo brasileiro estariam transferindo 30% do que arrecadam com os sequestros no Paraguai para as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A ONU promete investigar o caso e determinar por que o Brasil concedeu refúgio aos três.



A acusação do envolvimento dos refugiados com as Farc faz parte do pacote de informações que o Paraguai entregou ontem à ONU, pedindo que ela pressione o Brasil a mudar sua posição. Ontem mesmo, a organização pediu informações para seu representante no Brasil sobre o caso.



Há seis anos, os paraguaios Juan Arrom, Anuncio Martí e Víctor Colmán, ex-integrantes do grupo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP), receberam refúgio do Brasil, benefício concedido pelo Conselho Nacional de Refugiados (Conare). Com a proteção, eles não podem ser extraditados para o Paraguai. Assunção alega que os três são fundadores do EPP e coordenam as atividades do grupo no Brasil.



Dois deles moram em Curitiba e o outro, em Campo Grande. No sábado, o Congresso paraguaio aprovou, a pedido do presidente Fernando Lugo, o estado de exceção em cinco Departamentos (Estados), para facilitar o combate ao EPP.



Ontem, diplomatas paraguaios se reuniram com o alto comissário de refugiados da ONU, Antonio Guterres, ex-presidente de Portugal.



Agora, Guterres pedirá que seu representante no Brasil prepare um relatório sobre o caso para que se esclareçam os motivos que levaram o País a conceder o status de refugiado.



"É urgente retificar o erro do Brasil, que deu status de refugiado a essas pessoas", disse Carlos Fleitas, diretor do departamento legal da chancelaria paraguaia. Falando ao Estado, ele qualificou a decisão brasileira de "grave violação". "A condição de refugiado não pode significar impunidade", alertou. "Pedimos uma revisão da decisão. Temos provas de que não são perseguidos políticos, mas criminosos."





***



Revista Época



PARAGUAI



Caça aos guerrilheiros



O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, pediu a decretação de estado de exceção em cinco departamentos (Estados) do país, como uma medida para facilitar o combate aos guerrilheiros do Exército do Povo Paraguaio (EPP). Acusado de ter vínculos com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o EPP está por trás de sequestros de empresários e figuras públicas como Cecilia Cubas, filha do ex-presidente Raúl Cubas, assassinada no cativeiro em 2005. Até o fechamento desta seção, após aval do Senado, a Câmara ainda não aprovara a medida, que permitiria ao governo ordenar prisões e impedir reuniões públicas.





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