Justiça começa a levantar o envolvimento dos fundos de pensão administrados pelo PT na participação em falcatruas na Bancoop. É apenas a ponta do iceberg. A matéria abaixo é da Folha de São Paulo:
A Polícia Federal informou à Justiça a existência de indícios de que administradores de fundos de pensão de estatais tinham a intenção de desviar recursos aplicados no fundo de investimento criado pela Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), entidade investigada por supostos repasses ilegais ao PT.Em representação à 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, o delegado Pedro Henrique Maia relatou que os créditos do FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) Bancoop I, lançado pela cooperativa em 2004, "não possuíam lastro, sendo apenas hipotéticos".De acordo com Maia, uma das principais fragilidades dos créditos do fundo era decorrente da possibilidade de os cooperados da Bancoop se retirarem da entidade a qualquer momento, resgatando os recursos que tinham aplicado na cooperativa habitacional. O delegado afirmou na representação que a existência dessa prerrogativa dos cooperados foi omitida em parte dos documentos do fundo para ocultar a debilidade dos créditos.Os principais investidores do FIDC eram grandes fundos de pensão de funcionários de estatais: a Funcef (Fundação dos Economiários Federais), a Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social) e a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil). Os aportes desses três fundos no FIDC somaram R$ 26 milhões entre 2004 e 2005.De acordo com o delegado da PF, a compra de cotas do FIDC, cujos créditos, em tese, não tinham lastro, pelos fundos de pensão, mostra "indícios do intento de seus administradores de desviar em proveito alheio recursos de que está em posse".Com base na representação entregue pela PF, o titular da 6ª Vara Criminal Federal, Fausto Martin De Sanctis, decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal da Bancoop e do fundo de investimento, no último dia 9.
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