Um verdadeiro dilúvio aconteceu nessa quarta feira, na região do recôncavo baiano, o trânsito em Salvador já é difícil em dias normais, imagine em épocas de tormenta.
A cidade ficou praticamente intransitável, buracos se abriram no asfalto, barrancos caíram encima de casas, mostrando mais uma vez a rotina do desespero de uma cidade que se dissolve diante na chuva, ostentando a ineficiência dos poderes públicos diante desse rotineiro drama, que atinge ciclicamente a cidade do verão.
Caso houvesse um pouco mais de desprendimento dos nossos administradores, certamente teríamos mais encostas cobertas, protegendo os muitos cidadãos que vivem nessas áreas desprotegidas; se fizessem um sistema de drenagem mais moderno e eficiente, não teríamos enchentes e as ruas não seriam depósitos de motoristas desesperados com seus carros “apagados” diante do poderio pluvial; os asfaltos são de baixa qualidade, senão não teríamos buracos enormes e valas que aparecem nessa época de tormentas.
O meio bilhão que desapareceu no sonho de um metrô de décadas, poderia ter um melhor investimento humanizando as favelas, criando moradias decentes para essas pessoas, aproveitaríamos a outra parte do valor para pensar em um transporte de massa que possa sair do papel dignamente.
A via que era referência (avenida paralela) vive uma agonia só, engarrafamento sempre, nos dias de chuva o lema muda, “enchente sim, desesperar jamais!” pois tudo ira piorar, pois a especulação imobiliária, aumenta o número de prédios e diminui o número de mata nativa, mas no futuro os moradores irão acertar as contas também com a chuva, igualmente como o bairro do Imbuí, que virou ilha.
Porém a mente dos políticos funciona diferentemente da nossa, porque enquanto amargamos os prejuízos de um aguaceiro, eles recebem mais quinze milhões do governo federal para as obras emergenciais...