A histeria do pré-sal é uma grande jogada publicitária para prorrogar, por mais 50 anos, a ilusão do “Brasil: País do Futuro” (Ricardo Bergamini).
A camada pré-sal refere-se a um conjunto de reservatórios mais antigos que a camada de sal, principalmente halita e anidrita. Esses reservatórios podem ser encontrados do Nordeste ao Sul do Brasil (onshore e offshore) e de uma forma similar no Golfo do México e na costa Oeste africana. A área que tem recebido destaque é o trecho que se estende do Norte da Bacia de Campos ao Sul da Bacia de Santos desde o Alto Vitória até o Alto de Florianópolis respectivamente. A espessura da camada de sal na porção centro-sul da Bacia de Santos chega a 2.000 metros, enquanto na porção norte da bacia de Campo está em torno de 200 metros. Este sal foi depositado durante o processo de abertura do oceano Atlântico, após a quebra do Gondwana (Antigo Supercontinente formado pelas Américas e África, que foi seguido do afastamento da América do Sul e da África, iniciado a cerca de 120 milhões de anos). As camadas mais recentes de sal foram depositadas durante a última fase de mar raso e de clima semi-árido/árido
Ser produtor e exportador de petróleo e membro da OPEP (13 membros, faltou informação sobre o Iraque) não é garantia de desenvolvimento econômico de uma nação, como prova o quadro demonstrativo abaixo.
Todos os países desenvolvidos são, inexoravelmente, produtores e exportadores de saber e conhecimento, não de matérias prima.
Os países detentores da tecnologia para exploração do pré-sal é que ficarão mais ricos, não o Brasil.
Os membros da OPEP estão grifados em vermelho.
Lista de países por PIB nominal per capita – Fonte FMI
Esta é uma lista de países organizados por ordem do valor do Produto Interno Bruto (PIB) nominal per capita, que é o valor final de bens e serviços produzidos num país num dado ano, dividido pela população desse mesmo ano. O PIB em dólares é baseado nas taxas de câmbio correntes do mercado de moeda.
Posição
País
2006 PIB (nominal) per capita
em dólares americanos
—
Mundo
6,851
1
Luxemburgo
104,704
2
Noruega
84,595
3
Suíça
54,879
4
Islândia
52,063
5
Irlanda
50,303
6
Dinamarca
49,182
7
Suécia
42,392
8
Estados Unidos da América
41,917
9
Qatar
39,607
25
Kuwait
22,424
26
Emirados Árabes Unidos
22,009
41
Arábia Saudita
11,085
50
Brasil
8,070
58
Líbia
5,701
66
Venezuela
4,627
85
Argélia
2,971
86
Irã
2,810
101
Equador
2,255
109
Angola
1,550
116
Indonésia
1,267
139
Nigéria
626
Lista completa à disposição dos leitores
(*) O autor é professor de economia
Ricardo Bergamini
(48) 4105-0832
(48) 9976-6974
ricardobergamini@ricardobergamini.com.br
http://www.ricardobergamini.com.br
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----- Original Message -----
From: Andre Bereta
To:
Sent: Sunday, March 28, 2010 3:32 PM
Subject: Re: [resistencia-democratica] É a maior mentira?... entre tantas astronômicas?
PREZADO FENDEL,
ALGUNS DIAS ATRÁS RECEBI UMA NOTÍCIA QUE DIZIA QUE O PETRÓLEO DO PRESSAL NÃO ERA MAIS NOSSO PORQUE JÁ SE TERIA REPASSADO OS CONTRATOS DE CONCESSÃO PARA AMERICANOS E INGLESES.
PESQUISANDO SOBRE PETRÓLEO NO LITORAL GAÚCHO ACHEI ALGO QUE CONFIRMA TAL NOTÍCIA, NÃO NA SUA INTEGRALIDADE MAS CONFIRMA.
REPASSO A MATÉRIA E DESTACO EM NEGRITO A PARTE QUE CONFIRMA TAL NOTÍCIA.
ANDRÉ BERETA
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PETRÓLEO NO RS
O Rio Grande do Sul pode estar entrando definitivamente no mapa mundial de locais onde há exploração de petróleo. Segundo estudos solicitados pela Petrobras para a UFRGS, a 80 km de Rio Grande, mar a dentro, há um local com qualidade potencial de reservatório similar à Bacia de Campos do Rio de Janeiro, a maior reserva petrolífera brasileira. A região é conhecida como Cone do Rio Grande. É uma grande falha geológica surgida entre 7 e 15 mil anos atrás que fica, em média, a mil metros de profundidade. A descoberta do potencial desta estrutura foi feita por pesquisadores da Universidade Federal do RS ainda no ano passado. O estudo se deu por projeção, analisando o solo sub-aquático em uma região de menor profundidade, mas com as mesmas características. Foram avaliadas a composição da areia, sua distribuição e a dinâmica da área continental utilizando um navio sismográfico. A conclusão foi que a origem da areia do Cone de Rio Grande não é vulcânica, e sim do escudo sul-riograndense. "Esta foi uma notícia animadora" dizem os pesquisadores, da UFRGS. "Nossos estudos também detectaram um local com grande capacidade de armazenar petróleo, algo similar à Bacia de Campos, que vem constantemente surpreendendo em relação a quantidade de combustível que pode ser extraído", complementam. Se há petróleo no local descoberto é uma pergunta que ainda não pode ser respondida. Isto depende de vários fatores como presença de rocha geradora (material orgânico), condições de temperatura e migração do petróleo em períodos determinados, a existência de um reservatório e o seu posterior selamento, para não se perder o produto. "O que fizemos foi eliminar uma grande etapa, a menos dispendiosa e que mais elimina a possibilidade de um local ter petróleo. Mas para saber mesmo, só perfurando" afirmam os pesquisadores. Os dados levantados pela UFRGS foram cruzados, pela Petrobras, com informações pré-existentes da região. Com base no resultado são feitas novas interpretações e mapeamentos, definidos novos prospectos (áreas passíveis de serem perfuradas) e selecionado o melhor prospecto (comparando-se os riscos geológicos e o potencial econômico). Depois começa a se preparar a primeira locação exploratória, perfura-se o poço e é feita a sua avaliação. Caso não resulte numa descoberta, uma nova interpretação será feita para verificar se a área tem chances razoáveis de conter quantidades de petróleo que valham a exploração. Mas se o poço resultar em uma descoberta é averiguada sua dimensão e viabilidade econômica de exploração. Pelo cronograma planejado, o primeiro poço do Bloco BP-1 (como é conhecido) será perfurado ainda este semestre. "Caso exista petróleo ele pode estar, dependendo dos objetivos, entre 3.500 e 5.500 metros de profundidade e o poço escolhido deve estar em região de lâminas d`água entre 500 e 1.500 metros" afirma o geólogo da Petrobras João Batista de Toledo. Num primeiro momento estes números podem assustar, levando-se em consideração que um homem pode mergulhar com segurança a uma profundidade máxima de até 300 metros. Mas a companhia brasileira é líder em tecnologia de exploração em águas profundas, detendo o recorde mundial de 1.877 metros, e já está trabalhando em um projeto que permitirá a abertura de poços em lâminas d`água de até 3.000 metros. Na realidade o trabalho de perfuração, e eventual exploração, está dividido entre três empresas. A Petrobras detém 50%, a Esso (EUA) 30% e a British Gas (Inglaterra) fica com 20% dos direitos de exploração. Os investimentos também estão nas mesmas percentagens. Isto se deve a dois fatores. O primeiro que a empresa brasileira não detém mais os direitos de exploração de todas as bacias sedimentares que estão no território nacional. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) é quem determina quem e aonde pode haver esta exploração. Segundo, devido à combinação de alto custo para perfuração de um poço (entre US$ 20 e US$ 30 milhões) com o grande risco de não se achar petróleo.
Monitoramento ambiental.
A perfuração de poços petrolíferos no litoral gaúcho também servirá para a realização de um estudo que visa servir de referência para a maior parte dos locais onde há plataformas marítimas para extração do combustível. Pesquisadores da UFRGS e da UFSC querem criar uma forma de combater o impacto ambiental que esta atividade causa no fundo do oceano. O foco da pesquisa é o estudo das conseqüências causadas pelo fluído utilizado para o resfriamento da broca e revestimento do poço durante as perfurações. O líquido convencionalmente usado é de origem não aquosa, que cria uma película sobre os cascalhos provenientes das perfurações e pode prejudicar as comunidades biológicas da região. Por poço são utilizados cerca de 300 toneladas de fluído, sendo a maior parte recuperada durante a atividade. O restante contamina o fundo sendo de difícil remoção. "Este é um projeto pioneiro no Brasil e no mundo. Trabalhos similares só existem no Golfo do México, Mar do Norte e Bacia de Campos" afirma o geólogo da UFRGS Elírio Toldo Jr. "O que vamos fazer é propor uma metodologia para estudar o impacto que esta substância causa fazendo o monitoramento ambiental em locais de perfuração exploratória no mar", complementa Elírio. O estudo está dividido em três etapas. A primeira será a coleta de amostragem da água e de sedimentos do fundo do mar antes da perfuração. Depois serão retiradas duas amostras após as perfurações, em períodos de tempo distintos. O trabalho será realizado num raio de dois quilômetros do poço com o objetivo de propor modelos de perfuração no mar que evitem ou minimizem a poluição e adeqüem a exploração de petróleo às
exigências das instituições ambientais. Esta pesquisa está sendo denominada de Mapem - Monitoramento Ambiental em Atividades de Perfuração Marítima. O projeto conta com um financiamento de R$ 4,6 milhões da Finep - Financiadora de Estudos e Projetos do Governo Federal, e das empresas que detém a concessão para exploração de petróleo no Estado.
Fonte: JORNAL DO CREA-RS
http://www.geotrack.com.br/pnov002.htm
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OUTRA MATÉRIA SOBRE PETRÓLEO NO RS:
Petróleo e gás na bacia de Pelotas marcam audiência de Yeda em Brasília
São grandes as perspectivas de descoberta de petróleo e gás na Bacia de Pelotas. A governadora Yeda Crusius recebeu essa informação, nesta terça-feira (19), do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e do secretário Executivo do ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, durante audiência em Brasília. A etapa atual é a do levantamento de dados sísmicos e, depois, virá a da perfuração. "Se eu tivesse os royalties do petróleo, não teríamos déficit", disse Yeda Crusius, ao destacar a importância do fato para o futuro da economia do RS.
A Bacia de Pelotas tem uma extensão de 210 mil quilômetros quadrados. Ela se estende do sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai, abrangendo toda a costa do Rio Grande do Sul. "A Petrobras resolveu que vai fazer as licitações para a prospecção de petróleo na Bacia Pelotas. Isso, depois que forem cassadas todas as liminares. É uma possibilidade para breve, como nos disse o ministro e nos confirmou o diretor Márcio. Há grande perspectiva de ser encontrado petróleo e gás na Bacia. No futuro, vamos ter os royalties do petróleo. Não é para a minha gestão", destacou Yeda.