Entre os liberais e os comunistas, postam-se os socialistas, segundo o Senador Saturnino Braga. Nem tanto ao mercado, nem tanto ao Estado. Os dois extremos conduzem ao erro, parece querer dizer a história.
O capitalismo parece que se impôs como mais eficiente que o comunismo, se olharmos para os países ditos desenvolvidos. Só que quem quiser ver a realidade tem que olhar para os países subdesenvolvidos também. Há aberrações nas puras criações egoístas do mercado, onde a vida humana é facilmente delegada a segundo plano ou mesmo negociada; é aquela “desimportância” do sujeito. O mercado é cego, mudo e surdo (ou barulhento).
Há miséria humana, moral e financeira nos Estados Unidos e nos demais países ditos “desenvolvidos” desse sistema. Desenvolver o capital não é, necessariamente, desenvolver as consciências.
O que o socialismo almeja é desenvolver a consciência dos povos para que outras sejam as relações entre sujeitos e nações, indivíduos e empresas. Para que um dia, em escala mundial, não tropecemos mais com a miséria e a degradação absoluta.
Em coisas essenciais para a vida humana e a soberania dos povos, como o incentivo ao trabalho, a garantia de saúde, educação e a seguridade social, o apoio a setores estratégicos da economia e a pratica do humanismo, os socialistas não negociam. Pelo menos não enquanto esses direitos sejam universalizados.
Na verdade, sonhamos um dia encontrar cidadões e não apenas consumidores. Diplomacia coletiva e não guerras irracionais.
Um pouco por esses ares, ainda que para muitos aparentemente utópicos e inatingíveis, a pomba socialista vôa nobre, altaneira e pacífica.