À mão armada perpetram-se - e assim foi sempre - os maiores e mais hediondos crimes contra o semelhante, contra a natureza e contra o universo.
À mão armada, sim ! Tudo o que, de violento se assiste, vem da ação ou da omissão da mão - com a pena - armada.
Antes que o marginal assim o seja e empunhe a arma que nos assusta, outras mãos o construíram.
Mãos de homens cultos, que silenciam; mãos de governantes, que mal governam; mãos de homens públicos, que se omitem , se acovardam, se conchavam, o conduziram.
E tudo começou assim:
Com um pai sem estrutura, pela omissão das mãos politiqueiras de Ministros de Cultura adeptos de sinecura; com um pai sem emprego, varando noites, ao relento, em filas de admissão e obtendo, se muito, a cabeça molhada de orvalho.
E, os políticos; o Ministro do Trabalho ?
Ocupados com B.N.D.E.S., socorrendo empresário bandalho !
A mãe ?
Morreu ao parir, sem ninguém a lhe assistir.
Saúde ? Talvez no porvir !
Por ora, é o dono do Banco a sorrir.
Ao filho - se negaram cultura - dar-lhe-ão escolaridade. Um tempo atrás de grade.