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Artigos-->Beco sem saída -- 02/03/2010 - 12:21 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Beco sem saída



Osmar José de Barros Ribeiro (*)



18 Fev 2010



O Brasil assiste, nos dias que correm, à tentativa petista de liderar a implantação de um regime socialista na América do Sul. Para tanto, sob a égide do Foro de São Paulo apoiamos, ainda que em detrimento dos superiores interesses nacionais, o cocaleiro que preside a Bolívia, o prolífico bispo dirigente do povo paraguaio, o verborrágico equatoriano, os Kirchener na Argentina e o caricato Hugo Chávez na Venezuela, sem falar na Nicarágua e algumas inexpressivas, embora cruéis, ditaduras de esquerda em terras africanas. Na busca de concretizar seu sonho, o PT vai deixando de ser um partido político nacional e marcha célere na busca de tornar-se “internacional”.



O Partido dos Trabalhadores sonha com um Estado Socialista, esquecido de que a China, hoje o modelo que pretende seguir, embora ainda sob o domínio do Partido Comunista, terminou por permitir e incentivar a instalação de empresas capitalistas estrangeiras em seu território, comercia com os países capitalistas, criou a Bolsa de Valores em Xangai e baixou leis em defesa da propriedade e da iniciativa privada. Tudo bem diferente da nossa “democracia”, onde um bom número de parlamentares, tanto na União quanto nos Estados e nos Municípios, troca o seu voto por empregos, cargos e “mesadas” inconfessáveis, enquanto assiste ao espetáculo da redução do Brasil a mera satrapia internacional, obediente aos ditames de partidos e organizações estrangeiras, supostamente não-governamentais.



A opção que se nos apresenta o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), não é muito diferente. Os métodos que empregou no passado, são os mesmos que o PT, com maior desfaçatez e habilidade, utiliza no presente: a chantagem, as operações de espionagem, a denúncia fácil, a manipulação de vaidades, o escândalo pré-fabricado, o uso e o abuso da delação premiada. Outra diferença, esta não tão sutil, é a utilização pelos petistas de meios violentos para silenciar, de forma cabal e definitiva, vozes que possam trazer a público seus métodos e processos pouco ortodoxos. De toda sorte, não há porque estranhar a existência de tantos pontos de contato entre eles, posto serem ambos os frutos de uma mesma árvore.



Nas atuais condições de temperatura e pressão (como dizia um velho professor nos meus tempos de cadete), o que nos aguarda no futuro? Seja quem for o candidato a ser sagrado nas urnas, a crer nos analistas econômicos, nossas condições não serão tão risonhas quanto se esforça por fazer crer o atual governo. A dívida pública cresce de forma assustadora e bem pouco vem sendo feito em termos de infra-estrutura, saúde, desenvolvimento educacional e pesquisa básica. Somos, a bem da verdade, o porto seguro dos capitais especulativos.



Internamente, em lugar de buscar a definitiva pacificação dos espíritos, o governo alimenta a luta de classes; por vias transversas intenta criar um problema racial; engorda os caixas das centrais sindicais; reforça a ação de grupos revolucionários como o MST e seus congêneres; procura alimentar uma inexistente animosidade contra as Forças Armadas; submete-se, dócil e desavergonhadamente, às pressões externas e, uma após outra, cria Terras Indígenas na Região Norte. Em tais e em outras impatrióticas decisões, em pouco ou em nada difere dos governos que o antecederam e que disputam com o PT e a “base aliada”, a presidência da República.



Externamente, o governo brasileiro dá margem a suspeitas na negociação para a compra de aeronaves destinadas à Força Aérea; alega uma certa política estratégica para a construção de estaleiro e aquisição de submersíveis; teve um protagonismo ridículo no problema hondurenho; absteve-se de condenar na ONU o programa nuclear iraniano e, para coroar tudo tenta, de forma infantil e canhestra, medir forças com os Estados Unidos.



Não há a menor razão para crer que um governo do PSDB venha a alterar as linhas mestras da política petista. Afinal, nos altos postos dirigentes, continuaremos a ter nomes egressos da luta armada, todos comprometidos com a implantação no País de um regime socializante.



Falta-nos alguém que, acima e além dos mofinos interesses político-partidários, coloque o bem e os interesses maiores da Pátria Brasileira.



Infelizmente, estamos num beco sem saída.





(*) Osmar JB Ribeiro é tenente-coronel do Exército (reformado).





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