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Artigos-->Campanha contra o Vaticano -- 11/02/2010 - 16:29 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Reconstrução da campanha contra Vaticano pelo caso “Avvenire”



A Santa Sé desmente acusações contra o diretor do jornal vaticano



Por Jesús Colina



CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 9 de fevereiro de 2010



ZENIT.org



A Santa Sé assegurou hoje que nem a Secretaria de Estado do Papa nem o diretor do L’Osservatore Romano estão envolvidos em uma suja operação que acabou com a demissão de Dino Boffo, ex-diretor do jornal Avvenire, da Conferência Episcopal Italiana.



O esclarecimento foi exposto através de um comunicado da própria Secretaria de Estado, que, como especifica o jornal vaticano, foi aprovado por Bento XVI, que “ordenou sua publicação”.



Os fatos



A Santa Sé intervém pela primeira vez de maneira oficial, diante dos artigos de imprensa e que começaram a publicar, desde o dia 23 de janeiro, acusações ao diretor do L’Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian, ou a alguém da Secretaria de Estado, de deixar vazar ao jornal Il Giornale, propriedade da família de Silvio Berlusconi, um documento falso e difamatório contra Dino Boffo.



Em 28 de agosto de 209, Il Giornale, em um artigo de primeira página, escrito pelo diretor Vittorio Feltri (com a manchete “O supermoralista condenado por assédio”), acusava publicamente Dino Boffo de hipocrisia, pelas críticas expressas pelo Avvenire sobre a vida privada de Silvio Berlusconi, primeiro-ministro italiano.



Segundo o artigo, o diretor do jornal Avvenire teria se envolvido em uma medida penal por molestar telefonicamente uma mulher, entre 2001 e 2002. As acusações do diretor de Il Giornale estariam apoiadas pela prova de uma negociação da pena em 2004.



Feltri, no mesmo artigo de 28 de agosto, fez referência à suposta homossexualidade do diretor do Avvenire, oferecendo dois documentos: um certificado do arquivo judicial da localidade italiana de Terni – cuja autenticidade é motivo de discussão – e uma carta anônima ligada ao certificado com acusações de homossexualidade.



Segundo o diretor de Il Giornale, Boffo teria assediado a mulher por telefone, para exigir-lhe que abandonasse seu noivo, de quem o diretor do Avvenire seria amante.



No dia 2 de setembro, o Avvenire publicou um artigo para desmentir a existência de um processo penal contra Dino Boffo, pois nunca se deu uma sentença de condenação, mas simplesmente um decreto que o condenava, em 9 de agosto de 2004, a pagar a indenização estipulada. Boffo explicou que, na verdade, as ligações não tinham sido realizadas por ele, e sim por uma pessoa hoje falecida que tinha acesso ao seu telefone.



Esta versão foi avalizada pelo fato de que a denúncia não foi apresentada contra ele, mas contra “terceiros”. Boffo garante que aceitou negociar a indenização para evitar um processo longo e porque não deu maior importância à acusação.



No mesmo dia, 2 de setembro, Feltri, em um programa de rádio do canal Radiouno, afirmou que a carta anônima que publicou foi recebida dos “serviços secretos vaticanos”, informação desmentida categoricamente pelo Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, esclarecendo, entre outras coisas, que não existem serviços secretos no Vaticano.



No dia 3 de setembro, o Avvenire rejeitou em “10 pontos” as acusações de Il Giornale; no entanto, no final dessa manhã, Boffo apresentou sua renúncia – para não envolver posteriormente a Igreja, segundo ele mesmo explicou – ao cargo de diretor de Avvenire, TV2000 e Radio inBlu, em uma carta dirigida ao cardeal Angelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal Italiana, quem a aceitou, manifestando-lhe “pesar, profunda gratidão e estima”.



Sem apresentar provas, no dia 19 de setembro, o blog do vaticanista Sandro Magister envolveu nestes fatos Giovanni Maria Vian, diretor do L`Osservatore Romano, acusando-o de apoiar a campanha contra Dino Boffo com um artigo assinado com o pseudônimo de Diana Alfieri, no próprio Il Giornale, no mesmo dia.



A retratação de Feltri



No dia 4 de dezembro de 2009, Vittorio Feltri, em resposta a uma carta nas páginas de Il Giornale, escreveu que “a reconstrução dos fatos descritos na nota – hoje posso dizer isso – não corresponde ao conteúdo das atas do processo”.



Feltri reconheceu que, segundo os documentos, Dino Boffo não estaria “envolvido em questões homossexuais e não se fala tampouco dele como homossexual praticante”. Concluiu explicando que “Boffo soube esperar, apesar de tudo o que havia sido dito e escrito, mantendo uma atitude sóbria e digna, que só pode suscitar admiração”.



Em um artigo publicado no jornal italiano Il Foglio em 30 de janeiro, Vittorio Feltri admitiu que havia recebido a carta anônima e o suposto documento judicial de uma “personalidade da Igreja na qual devemos confiar institucionalmente”.



Esta afirmação levou numerosos jornais a garantirem que o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, ou Giovanni Maria Vian, diretor do L’Osservatore Romano, eram as pessoas às quais se referia o diretor de Il Giornale, sobretudo depois dos rumores surgidos após um encontro entre Dino Boffo e Vittorio Feltri, em um restaurante de Milão, no dia 2 de fevereiro.



O próprio Feltri desmentiu estas interpretações em um artigo publicado em Il Giornale, no dia 4 de fevereiro: “Não conheço nem o diretor do L’Osservatore Romano nem o cardeal Bertone, nunca nos encontramos. Eu os vi somente em fotos e na televisão. Amém”.



Vaticano desmente o boato



Dado que esta informação não deteve as interpretações dos jornais sobre o papel de Vian ou do cardeal Bertone, a Santa Sé desmentiu categoricamente os boatos.



“Estas notícias e reconstruções não têm fundamento algum” sublinha.



“É falso que responsáveis da gendarmaria vaticana [os supostos serviços secretos vaticanos citados por Feltri] ou o diretor do L’Osservatore Romano tenham transmitido documentos que estão na base da demissão” de Boffo, esclarece a Santa Sé.



“É falso – acrescenta categoricamente – que o diretor do L’Osservatore Romano tenha dado – ou inclusive transmitido ou avalizado de qualquer forma – informações sobre estes documentos, e é falso que tenha escrito com um pseudônimo, ou inspirado artigos em outros lugares.”



“Parece claro, pela multiplicação das argumentações e das hipóteses mais incríveis – repetidas nos meios de comunicação com uma consonância verdadeiramente singular – que tudo se baseia em convicções infundadas, com a intenção de atribuir ao diretor do L’Osservatore Romano, de forma gratuita e caluniosa, uma ação imotivada, irracional e malvada. Isso está levando a uma campanha difamatória contra a Santa Sé, que envolve o próprio Pontífice Romano”, prossegue o documento.



“Bento XVI, que sempre esteve informado, deplora estes ataques injustos e injuriosos, renova sua plena confiança em seus colaboradores e reza para que quem procura verdadeiramente no coração o bem da Igreja trabalhe com todos os meios para que se afirmem a verdade e a justiça”, conclui a nota.





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