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Artigos-->CONFECOM: O grito do silêncio -- 14/12/2009 - 17:17 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CONFECOM: O GRITO DO SILÊNCIO



Nivaldo Cordeiro



09 de dezembro de 2009



http://www.nivaldocordeiro.net/confecomogritodosilencio



Meu caro leitor, a partir de hoje estarei em Brasília cobrindo os trabalhos da CONFECOM. Não sei o que me aguarda e espero dar o melhor de mim para trazer a você os fatos relevantes que acontecerem por lá. O Mídia Sem Máscara é o único espaço, livre dos controles dos bolcheviques, que tem procurado trazer a análise da Conferência, bem como seus impactos no plano político. Diariamente, até quinta feira, minhas notas farão o relato jornalístico desde o Centro de Convenções Ulisses Guimarães.



O que ensurdece todos os brasileiros é o silêncio da grande mídia sobre a CONFECOM. Tenho informações seguras de que as grandes empresas do setor decidiram não apenas ficar de fora da Conferência, como também ignorá-la como matéria jornalística. Mesmo o UOL tendo passado o sábado último com um enorme banner pago anunciando o evento a Folha de São Paulo o ignorou por completo, tanto no noticiário como no espaço opinativo. O Globo, da mesma forma. Para esses dois veículos, assim como para a revista Veja, o evento não existe.



O Estadão quebrou o silêncio nos editoriais por mim anteriormente comentados e ontem, domingo, trouxe uma matéria insossa informando sobre a Conferência. Antes assim, seus leitores pelo menos passaram a saber que um megaevento, que afetará a vida de toda gente, começa hoje. Na edição de hoje o Estadão reprisa a matéria de forma sintética. Qual o seu enfoque? Falar das “propostas” que o repórter chamou de “polêmicas”. Podemos ler no lead da matéria publicada ontem: “A 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que começa amanhã, em Brasília, vai juntar, numa mesma assembleia, propostas polêmicas - controle social sobre a mídia, recriação de estatais extintas há quase 20 anos, como a Embrafilme - e reivindicações puramente corporativistas, como a tentativa de recriar velhos cabides de emprego”.



Ora, se a reportagem mostra algum alento por quebrar o silêncio e por trazer à luz essas idéias ridículas que conspiram contra a liberdade de imprensa, ela passa a falsa impressão que o evento é apenas isso e não uma tentativa do PT de estatizar e controlar toda a cadeia produtiva das comunicações, desde a infra-estrutura aos provedores de conteúdo. Podemos dizer, na plenitude do léxico, que se trata de uma revolução nas comunicações, que assim passarão a ser escravas da estratégia totalitária dos partidos de esquerda, liderados pelo PT.



A reportagem também ignora que a forma de feitio da Conferência é um arremedo de democracia direta basista, nos moldes bolcheviques, utilizando da mesma maneira como o PT pratica o que ele considera uma forma de democracia direta. É na verdade um democratismo inteiramente controlado pelas lideranças das principais facções partidárias, legitimando seu mando discricionário. Essa democracia basista tem por finalidade precisamente destruir a democracia representativa, visto que a CONFECOM foi chamada precisamente para retirar do Congresso Nacional as prerrogativas de formulação e discussão dos destinos nacionais no campo da comunicação, inclusive dos seus marcos regulatórios.



Ao ocultar o que realmente se passa o Estadão acaba por desinformar seus leitores, desarmando assim a prontidão daqueles que estão preocupados com a preservação da economia de mercado e da democracia representativa. O jornal paulista, mais uma vez, se torna companheiro de viagem dos revolucionários que agora mandam no Palácio do Planalto. Na edição de hoje, ao lado da nota sobre a CONFECOM, tem uma longa matéria sobre a EBC, a novíssima estatal criada pelo ministro da Propaganda, Franklin Martins, dando conta de que ela está elevando seu milionário orçamento para 2010, sem que seja feita qualquer elo entre o fato e a Conferência.



A CONFECOM terá como subproduto direcionar o esforço do Estado para estatizar e expulsar as empresas privadas em toda a cadeia produtiva das comunicações, permitindo o controle total do acesso e do conteúdo pelos agentes políticos. Será um passo alargado no rumo do totalitarismo. A tática de silêncio dos grandes veículos é errada e suicida. O retardamento da reação poderá ser tarde e ineficaz. Ela deveria ter sido iniciada tão logo o decreto de chamamento da COFECOM foi publicado, em abril último. Todos esses meses de silêncio serviram apenas para desarmar a opinião pública brasileira contra o assalto do totalitarismo bolchevique. Uma fez concluída a CONFECOM qualquer reação será tardia e extemporânea e – lamento dizer – inútil, impotente.



O caminho escolhido da acomodação feito pelos barões da mídia é suicida. Eles deveriam estar à frente da resistência contra os totalitários. Preferiram o estúpido grito do silêncio, a covarde omissão que poderá custar caro aos brasileiros.





Para entender a CONFECOM - http://www.nivaldocordeiro.net/paraentenderaconfecom





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