Sobre o texto de MILENE ARDER = "A lógica da POESIA está em não ter lógica nemhuma", publicado aqui em Artigos-UL, suscitava-me co-argumentar com um poema, cujo subjectivo maneio me permitiria pôr o gato na rua que, miasse ou não, era mesmo lá que ficava. Mas, como ainda não desisti do convencer-me que a POESIA - duma vez por todas - merece efectiva e prática cátedra nas universidades lusófonas (pois), opto por idêntica forma para colocar um singelo contributo ao desiderato ante o cerne da "Lógica", esse monstruzeco que intenta generalizar o acto humano e pregar com ele à porta dos formigueiros, das colmeias e, quem sabe, submetê-lo ao aconchegado calor duma ninhada de ratos (casos há entre nós humanos que as alusões sugeridas são deveras lisongeiras).
De todas as definições de POESIA que tenho lido em alguns milhares de citações, se algumas delas me conformam, nenhuma ainda me satisfez plenamente até ao vértice dos meus dias. Por isso mesmo vim de imediato dar corda às teclas, logo que um arrepiozinho me tomou em face da abordagem da MILENE, possívelmente tão preocupada como eu em deslindar (para estrangular decerto) os pregões que zunem à volta do esplendoroso aroma da POESIA = Morri e ando vivo em teus olhos!
Ora, quanto a mim, a POESIA é "ISTO" que sinto e intento dominar com as ferramentas que os mestres das palavras me legaram. Sinceramente, MILENE, os meus parabéns em voo: descobri agora que se retirarmos ao seu título a POESIA, ao lado das outras palavras não fica coisa alguma.
Ah!(quase que me esquecia): a POESIA é uma deliciosa e mirífica companhia, ALÉM DE TUDO!