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Artigos-->Brasil vai fazer gás de urânio para combustível nuclear -- 01/12/2009 - 16:45 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Estado de S. Paulo - 1/12/2009



BRASIL VAI FAZER GÁS DE URÂNIO PARA COMBUSTÍVEL NUCLEAR



Testes começam em maio e até dezembro de 2010, País terá domínio completo da tecnologia



Roberto Godoy



O Brasil terá domínio completo do ciclo do combustível nuclear em dezembro de

2010, quando entrará em funcionamento pleno a Usexa, usina de produção de gás de

urânio, no Centro Experimental Aramar, a sede do Programa Nuclear da Marinha, em

Iperó (SP). Os testes começam em maio. A fábrica, um pavilhão ocupado por

quilômetros de tubos, válvulas e uma rede de controle digital, está recebendo o ajuste

final para iniciar o ciclo de 150 dias de ensaios que antecede a produção regular.

Esse não é o único segredo guardado na área de 90 mil metros quadrados, garantida

por fuzileiros navais, sensores eletrônicos e rígidas normas de segurança. Depois que

voltou a receber investimentos, há pouco mais de dois anos, Aramar acelerou o ritmo

das obras civis e das investigações científicas. Em meio a vestígios da Mata Atlântica

e da densa vegetação de cerrado, há prédios de 30 metros de altura em construção,

lastreados sobre a rocha pura. Ali vai funcionar em 2014 um reator de 48 MW de US$

130 milhões. Está parcialmente pronto e estocado. Vai servir ao submarino atômico

que a Marinha está produzindo em parceria com os estaleiros DCNS, da França.

De determinados pontos, que só podem ser frequentados pelos técnicos diretamente

ligados às atividades do Centro Experimental, estão saindo duas novas gerações de

ultracentrífugas, 15% e 30% mais eficientes no delicado trabalho de enriquecer o

urânio de forma que possa produzir energia. As facilidades atendem à demanda atual das Indústrias Nucleares do Brasil (INB),

mas terão de ser expandidas para suprir as exigências das oito novas centrais

elétricas planejadas para o setor. O segredo em torno da engenharia e da tecnologia

das ultracentrífugas é extremo.



"Tudo isso significa que 25% dos objetivos pretendidos para 2014, nosso ano chave,

estão resolvidos", explica o comandante André Ferreira Marques, coordenador de

Propulsão Nuclear.



A usina de gás é a quarta do mundo. Tem capacidade para fornecer 40 toneladas por

ano, volume necessário ao suprimento da Força, empenhada no desenvolvimento

próprio do sistema de propulsão dos futuros submarinos. O primeiro navio entra na

água em 2020.



É o único segmento do processo que o País ainda compra no exterior, embora

domine todo o conhecimento. A Usexa custou R$ 40 milhões. Do total, R$ 23,6

milhões saíram da Financiadora de Projetos e Pesquisas.



Em 13 de dezembro de 2005, em escala de laboratório, foi obtida a primeira amostra

de conversão do yellow cake - estágio básico do beneficiamento do minério - em

hexafluoreto, a forma gasosa que é utilizada no enriquecimento do urânio.

Atualmente, o material - livre de impurezas - é enviado ao Canadá em tambores de

400 quilos para ser modificado na agência Cameco. Depois, volta para o Brasil.



RITMO ACELERADO



No canteiro de Aramar trabalham 1.100 técnicos. A maior obra é um complexo de

sete prédios e 6 mil metros quadrados. Fica pronto em 2014. O edifício principal tem

30,5 metros de altura. Ali vai funcionar o LabGene, Laboratório de Geração

Nucleoelétrica. No vão livre do pavilhão de ensaios será instalado o reator PWR, de

água pressurizada, capaz de gerar 48 MW.



Os componentes começam a ser reunidos. Semana passada partes dos vasos de aço

especial dividiam um armazém com dois geradores de vapor, peças "que exigiram 20

anos de investimento científico", segundo Marques. Essas máquinas movimentarão o

submarino de 6 mil toneladas e 100 lmetros. Após dez anos parado, o programa

nuclear voltou a ser prioridade em 2007, quando recebeu R$ 55 milhões para

manutenção e salários.





MARINHA INVESTE R$ 400 MILHÕES



Roberto Godoy



A Marinha está investindo mais de R$ 400 milhões em Aramar. O reforço garantido

pelo presidente Lula, em 2007, é de R$ 130 milhões por ano - com promessa de

totalizar R$ 1,04 bilhão até 2016.

O Centro Tecnológico da Marinha entrega em dezembro para a estatal INB o segundo

e mais avançado conjunto de ultracentrífugas de tecnologia própria para

enriquecimento de urânio. São máquinas da geração 1/M2, 15% mais eficiente que a

série anterior.





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