É evidente que as contínuas esmolas eleitoreiras estão prejudicando o desenvolvimento do Estado – Nação.
Flagrantemente, e não adiantam os alertas de abalizados cientistas políticos e economistas, o desmesurado tamanho do Estado e a orgia salarial do setor público sangram o País. As esmolas eleitoreiras, sempre crescentes, desempenham com aqueles fatores, um vigoroso papel no desvirtuamento da grandiosa arrecadação do voraz Estado.
Estamos a reboque de um vicioso esquema de distribuir riquezas e captá-las, logo a seguir, através de pesados impostos, num consumismo que alegra e satisfaz a galera do “deixa disso”. Desse modo, o desgoverno arrecada, distribui mal, concede, aumenta e esbanja. E a roda da irresponsabilidade parece não ter fim.
Ledo engano. Não sobram recursos para a Infra-Estrutura, para a Educação, para a Saúde, para o Saneamento e para inúmeros setores que estão à matroca. De fato, iludidos pela falsa impressão de pujança, por distorcidos índices e pela escamoteação de outros dados mais significativos e realistas, regredimos.
Na Era da Tecnologia, não deve causar espanto que há algo de podre no reino da Dinamarca, ao sabermos que o Brasil aplica em Ciência e Tecnologia, apenas 0,7 % do PIB. E o futuro?
Mas quem se preocupa? Exceto umas poucas vozes, determinados questionamentos soam como meras indagações sem nexo. Ora, quem se importa se podemos comprar carro, imóveis, aparelhos eletrodomésticos, a baixo custo? E o Estado não dá tudo, camisinha, pílula do dia seguinte, carro, casa própria, inclusive auxílio funeral?
Afinal, quantos automóveis devem ser fabricados e vendidos mensalmente pela nossa indústria automobilística, para que ela sobreviva e mantenha seus elevados lucros?
Quantos carros acreditam os profetas serão produzidos e deverão ser vendidos em 2010, 2011, 2012? Teremos mercado?
Quantas bondades o atual desgoverno ainda poderá tirar de sua cartola? Inclusive, para turbinar a campanha da Dilma espera-se que no início de 2010, da cornucópia do dinheiro público jorre benesses imbatíveis. Os Policiais Militares e Bombeiros do DF que o digam.
Em Cuba causa espanto, como aquela população possa agüentar e ainda suporte o ditador Fidel. Mas lá, parece que o baú das riquezas nacionais, acabou. O País não tem mais condições de alimentar uma classe de zumbis, que sobreviviam à custa da benemerência do Estado (?).
Ao que tudo indica pelos anos de permanência da família Castro no poder, que não é necessário, como comprova a sociedade cubana, ser porco para gostar de viver na lama e no lixo.
Raul, o novo rei, por afinidade consangüínea com o supremo, decretou, recentemente, que é chegada a hora do fim dos subsídios. O Estado, ou melhor, a parte que paga a esmola, não agüenta mais.
Assim, o governo de Raúl Castro começa a dar os primeiros passos para desmontar o macrossistema estatal de subsídios e benefícios sociais que durante meio século foram símbolo do igualitarismo da revolução cubana, mas que hoje é considerado um "peso insustentável".
No entanto, ainda restam centenas de benefícios intocados, desde o direito de cada cubano a um enterro e um caixão gratuitos ao morrer (já vimos isto em algum lugar), até o bolo subvencionado no Dia das Mães (aguardem que a idéia é boa e eleitoreira).
Por aqui, tolos, não aprendemos com o exemplo dos outros e, descaradamente, contrariamos o sábio Bismarck.
Brasília, DF, 16 de novembro de 2009
Obs.: Não se desespere: vêm ainda porraí o Bolsa Celular e o Bolsa Cinema. O celular é para a vagabundagem receber telefonema de Dilminha Bang Bang em tempos de campanha presidencial. O Bolsa Cinema é para a galera também vagabunda não deixar de ver o filme do século, "Lula, o filho do Brasil". Quem sabe, concorrendo a Oscar? (F. Maier)