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Artigos-->A CRENDICE QUE FICOU -- 16/01/2002 - 00:25 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando se chega à terceira idade, aposentado, com mais tempo para divagações, a gente se debruça sobre o próprio passado e põe-se a recordar(quase diria runinar) as coisas, até então acontecidas. E como dizem que a quadra da infância é a que mais marca uma vida, e, quase como por uma determinação cronológica, a gente começa a ter minteresse por tudo no mundo, lembrando o " despertar da existência", do famoso poema de Casimiro de Abreu - Meus oito anos - da infância de todo brasileiro que teve a sorte de frequentar a Escola...

Pois, foi aí pelos anos quarenta que viví esse tempo mágico da " aurora da minha vida" e tive - por uma década - a companhia de Nhá Rita, uma contadeira de estórias de "mão cheia" , a qual - para mim - sabia tudo e mais coisas " do arco da velha" ... Mas, o forte dela mesmo eram as coisas geralmente ligadas ao rio, Parnaíba, de canoeiros e balseiros desaparecidos, com suas embarcações destroçadas no redemoinho das águas; atacadas por cobras ou jacarés e até sem que se soubesse como e porquê sumiram, embora naquele tempo " em que se amarrava cachorro com linguiça" não se falasse ainda, nem de longe, em extraterrestres e discos voadores, ou, no máximo,isso fosse assunto da elite intelectual que tivesse lido obra mdos precursores de um Júlio Verne(ou dele próprio)...

Embora tenha sido um menino pobre, tive um pai intelectualizado, mais para autodidata e uma mãe amantíssima, com um jeito muito simpático de conquistar a amizade das pessoas, inclusive pelo seu semblante agradável de pessoa tranquila, seus lindos olhos verdes e cabelo castanho claro. `A minha mãe devo a companhia de Nhá Rita, que disse ter ficado em nossa família - meus pais, um irmão, eu e uma irmã - em virtude da bondade de "Nhazinha dona Cristina" .

O fato é que Nhá Rita ficou conviveu conosco até fechar seus olhos vivos e bem vividos, de descendente de ex-escravos, por dez breves anos. Mas, foi o suficiente para afeiçoar-se aos filhos de sua " nhazinha", principalmente o do meio. isto é, aquele entre o primogênito e a caçula, e que era o mais traquinas,a ponto de ser apelidado de " doutor Simão".

Lembro-me da estória, por exemplo, que ela contou de um cantador de viola,conhecido por Zé pequeno(por seu porte físico menor do que o do saudoso ator Grande Otelo), que, numa cantoria na beira do rio, foi engolido por uma enorme sucurí. Como estivesse com seu quicé de cortar fumo, cortou a cobra por mdentro e foi vomitado.Depois disso, ganhou muita cantoria explorando o episódio, embora seus contendores o chamassem de "Vomitado". Mas, as estórias de Mãe d´Água é que eram de arrepiar e ficam para o próximo capítulo. Fiquem logo sabendo que, por me assobrarem.evitava pôr mão n´água do rio, temendo um puxão e morrer afogado.

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