RIO - O século 20 pode ser chamado O Século do Petróleo. A decisão do almirantado inglês de substituir o carvão pelo petróleo na frota naval britânica na Primeira Guerra Mundial foi decisiva para a supremacia do petróleo.
Hoje, os negócios mundiais com base no petróleo atingem a cifra astronômica de trilhões de dólares por ano.
Em 1939, no município de Lobato, estado da Bahia, foi descoberto o primeiro poço de petróleo no Brasil. Em 1947, mobilizou-se uma campanha nacional cujo lema era O petróleo é nosso.
O general Horta Barbosa que, não estando mais na presidência do Conselho Nacional do Petróleo, teve de usar de todos os meios, de todas as tribunas, na defesa intransigente do monopólio estatal do petróleo. Dele e de todos os oficiais superiores que se engajaram na luta pelo petróleo brasileiro devem se orgulhar, além das nossas Forças Armadas, todos os que lutam pelo engrandecimento do Brasil.
Em 1953, depois de muitas discussões e movimentos políticos, populares e estudantis, foi criada a Petrobras, para exercer em nome da União, com exclusividade, o monopólio do petróleo no país.
Em 2007, a Petrobras divulgou uma das maiores descobertas de petróleo nos últimos anos, que já era prevista há mais de seis anos.
Só o poço Tupi na Bacia de Santos, até agora, o maior de todos, tem uma estimativa de conter de 5 a 8 bilhões de barris, o que significa mais de um terço das reservas brasileiras, calculadas em 14 bilhões de barris.
A maior descoberta da história petrolífera do Brasil valeu ao presidente Lula o apelido de “magnata petroleiro”, pelo presidente venezuelano Hugo Chávez.
As reservas do Brasil ultrapassarão facilmente 50 bilhões de barris, e, pelo que se sabe até agora, se encontram no Oceano Atlântico, entre o sul da cidade de Santos e o norte do estado do Espírito Santo, depois de uma camada de sal e debaixo de uma gigantesca rocha chamada de Lagoa Feia, a sete quilômetros de profundidade.
A área onde se encontra o chamado ouro negro está numa faixa de 800 quilômetros, indo do Espírito Santo a Santa Catarina; a 7 mil metros de profundidade e a 300 quilômetros da costa.
Um campo de petróleo, desde a sua descoberta e avaliação até o início de sua produção e comercialização, requer cerca de seis a oito anos para a sua implantação.
O petróleo só é viável se o custo da tecnologia envolvida na sua extração, processamento e transporte para o mercado consumidor for compatível com os preços vigentes.
No primeiro semestre de 2009, a cotação média do barril de petróleo foi de U$ 52. No mesmo período do ano passado, era de U$ 109. O lucro da Petrobras caiu 20% neste primeiro semestre do ano.
O anúncio da descoberta da Petrobras transformou as expectativas de riqueza do pré-sal em carro-chefe da campanha da candidata de Lula à Presidência da República.
A demagogia palaciana, entretanto, não esclarece como serão resolvidos problemas fundamentais como, entre outros: dinheiro para a exploração, criação de tecnologia, aumento da capacidade da indústria brasileira e formação de mão de obra especializada – estima-se em 300 mil pessoas.
As reservas do pré-sal são capazes de superar 50 bilhões de barris e, se forem viáveis economicamente de serem exploradas e comercializadas, significarão muito para o país. Mas só a partir de 2016/2018, na melhor das hipóteses. Isto é: para o sucessor do sucessor do Lula.