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Artigos-->Acordo Militar Brasil-França: Babette vai à guerra! -- 09/09/2009 - 15:39 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Lula decidiu comprar caças franceses sem parecer da FAB



http://movimentoordemvigilia.blogspot.com/2009/09/lula-decidiu-comprar-cacas-franceses.html

Posted: 09 Sep 2009 07:16 AM PDT



Lula anunciou a negociação para comprar os caças Rafale, da empresa francesa Dassault, antes de receber o relatório da Força Aérea Brasileira sobre as propostas das três interessadas no negócio.



O relatório seria entregue a Lula no fim deste mês pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. Em nota, Jobim ratificou ontem o interesse pela oferta francesa, mas, em aparente e inusitado desmentido, disse que o governo não fechou questão e que as negociações prosseguem com as três fornecedoras. Na véspera, o chanceler Celso Amorim deixara claro que a decisão foi política: “Não vou entrar em aspectos legais. Há decisão de iniciar negociação com um fornecedor e não há a mesma decisão em relação aos demais.” Para a imprensa francesa, o negócio, de R$ 7 bi, salvou a Dassault, pois seria a primeira venda internacional do Rafale.





NUVENS SOBRE CAÇAS FRANCESES

Lula e Amorim anunciaram acordo com a França, mas FAB sequer concluiu análise. Por Jailton de Carvalho e Catarina Alencastro



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu abrir negociação para a compra de 36 caças Rafale, da empresa francesa Dassault, antes de receber o relatório da Força Aérea Brasileira (FAB) sobre as propostas dos três concorrentes que disputam o negócio milionário. Segundo a Aeronáutica, a previsão é que o documento com o ranking das empresas que disputam o negócio seja entregue a Lula pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, só no fim deste mês. No parecer, técnicos da FAB apontarão vantagens e desvantagens de cada proposta e informarão ao presidente qual projeto seria melhor para os militares brasileiros.



— O relatório não foi entregue ao presidente. O processo de licitação ainda está em aberto — disse um oficial do comando da Aeronáutica.



Três empresas participam da licitação.



Além da Dassault, estão na disputa o sueca Gripen e o caça americano F18. Segunda-feira, após o desfile do Sete de Setembro, Lula se reuniu com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e anunciou a abertura de negociações com a Dassault para a compra dos aviões de combate. Anteontem, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que esteve com Sarkozy no camarote de Lula durante o desfile, não deixou dúvidas sobre a escolha do governo brasileiro.



— Se a licitação acabou? Não sei.



Não vou entrar em aspectos legais. Há uma decisão de iniciar negociação com um fornecedor, e não há a mesma decisão em relação aos demais.



Jobim: questão não está fechada



Em nota divulgada ontem à noite, o ministro da Defesa ratificou o interesse pela oferta da Dassault, mas afirmou que o governo não fechou questão sobre o assunto. Segundo ele, o presidente da França prometeu oferecer “preços competitivos e razoáveis”.



A oferta foi feita, segundo a nota, dia 6. Lula e Sarkozy jantaram nesse dia.



A nota de Jobim afirma, no entanto, que o processo de compra não foi encerrado.



“Diante desse fato novo, o processo de seleção do Projeto FX-2, conduzido pelo Comando da Aeronáutica, ainda não encerrado, prosseguirá com negociações junto aos três participantes, onde serão aprofundadas e, eventualmente, redefinidas as propostas apresentadas”, sustenta Jobim.



Antes da divulgação da nota, Jobim explicou a líderes partidários a decisão anunciada. A explanação de Jobim foi feita após apresentação da Estratégia Nacional de Defesa e do projeto de lei complementar do Executivo para dar mais poder ao Ministério da Defesa.



Segundo o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), faltam apenas alguns detalhes para que a negociação com a França seja concluída.



— Está bem encaminhado com a França, mas o Jobim disse que tem que haver estudo do detalhamento técnico e financeiro da proposta. Mais financeiro, sobre vantagens, enfim, um exame mais cuidadoso. A tendência é que o negócio se concretize — disse.



Aos deputados, Jobim teria dito que a escolha teria sido feita porque a França vai repassar tecnologia para o Brasil, o que os EUA não estariam dispostos a fazer. O encontro do ministro da Defesa com os líderes aconteceu na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). PSDB, DEM e PPS, convidados, não compareceram.



Na Câmara, o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), acusou o governo de encerrar a concorrência bilionária sem qualquer transparência: — Não sabemos sequer os termos do contrato. Será que haverá mesmo transferência de tecnologia? O preço é mesmo competitivo? Todas essas perguntas continuam em aberto. O Globo





Brasil salva Dassault do encalhe dos caças Rafales



Posted: 09 Sep 2009 07:10 AM PDT



PARA JORNAIS FRANCESES, BRASIL SALVOU DASSAULT



O Brasil tirou a Dassault do risco de mergulhar seriamente numa crise ao anunciar que pretende comprar 36 aviões Rafale. Foi esse o tom da imprensa francesa no dia seguinte à visita-relâmpago ao Brasil do presidente francês, Nicolas Sarkozy, que voltou com um trunfo: a suposta primeira venda internacional do Rafale.



O jornal “Le Monde” disse que a venda ao Brasil tira o Rafale da sua “maldição”: o caça, usado pelas tropas francesas no Afeganistão, não conseguia ser vendido. Na batalha por conquistas no mercado, a Dassault perdia, sobretudo, para os americanos.



“Muito bom para ser verdade. Até o final, mesmo na Dassault, ninguém acreditava num anúncio da intenção de compra de seu avião de combate para o Brasil”, escreveu o “Le Monde”. Por Deborah Berlinck



O “Libération”, jornal de esquerda, foi mais dramático ao dizer que, “se a Dassault tivesse perdido o mercado brasileiro, o que teria fragilizado a negociação com Abou Dhabi (nos Emirados Árabes), poderia desaparecer como fabricante de aviões de combate”.



O “Le Monde” destacou a sucessão de fracassos da Dassault na sua tentativa de vender os Rafales. Em 2002, os franceses perderam para os americanos na Coreia do Sul. Em 2005, duas novas derrotas na disputa com os americanos: em Cingapura e na Holanda. Em 2006, perdeu a concorrência na Arábia Saudita, e, em 2007 sofreu um golpe no Marrocos. Segundo o “Le Monde”, a derrota marroquina, atribuída à pobreza da oferta francesa para financiamento da compra, provocou a raiva do Palácio do Eliseu, e de Sarkozy, que havia acabado de assumir o poder. O presidente tomou as rédeas do negócio.



A Dassault mudou de estratégia. Daí a decisão “sem precedentes” de oferecer transferência de tecnologia para o Brasil, disse o jornal.



O “Le Figaro”, de direita e sob o controle da Dassault, classificou o anúncio da compra como “um sucesso político, diplomático e industrial para o presidente francês”, que voltou para casa com promessa de contrato de cerca de 5 bilhões de euros. O anúncio do presidente Lula de um “contrato histórico”, destacou o “Figaro”, “foi uma surpresa, mesmo que nos últimos dias ele tenha dado a entender sua preferência pela oferta francesa”.



O jornal disse que o possível contrato vai produzir seis mil empregos na França.



Segundo o “Libération”, o Brasil aceitou pagar US$ 80 milhões por caças franceses contra US$ 60 milhões oferecidos pelos americanos e US$ 50 milhões pelos suecos, “por um motivo muito simples: a França aceitou uma transferência de 100% ou quase isso de sua tecnologia”.



O jornal avisa que “a França não vai sair assim com tudo”, pois “terá que comprar uma dezena de aviões brasileiros da Embraer”. O “La Tribune” disse que o anúncio do Brasil vai ajudar a Dassault na batalha da França para vender os caças também para os Emirados Árabes, a Líbia e a Suíça.



Para o espanhol “El País”, o “ambicioso” acordo entre Brasil e França “consolidará o país sul-americano como a primeira e indiscutível potência militar do subcontinente”.



Segundo o jornal, a França “ganha desta maneira presença e influência na América do Sul, enquanto os Estados Unidos só encontram obstáculos para se estabelecer militarmente na Colômbia”.



Na Argentina, o acordo foi destaque de vários veículos de comunicação. O “Clarín” e o “La Nación” usaram a mesma expressão para descrever a negociação: “corrida armamentista”. O “Clarín” escreveu: “Brasil fecha com a França o maior pacto militar dos últimos 50 anos”. - O Globo





BABETTE VAI À GUERRA



Em 1959, os franceses fizeram um filme, "Babette Vai à Guerra", em que Brigitte Bardot vive uma jovem camareira de bordel, contratada pelos Aliados para se fazer passar pela ex-amante de um general alemão na França ocupada. Um agente da Gestapo descobre sua identidade, mas não a impede de continuar espionando o general, que eles suspeitam integrar um complô contra Hitler.



A graça do filme estava em que, pela primeira vez, Brigitte não ficava pelada em cena, e só restava à plateia imaginar o que se escondia sob aquelas fardas de soldado e paraquedista. Havia também o fato de Brigitte, que até então ninguém acusara de atriz, estar representando um papel "sério".



Os franceses devem ter se lembrado de "Babette" ao fechar a venda para o Brasil de 36 aviões de combate, a fabricação de 50 helicópteros de transporte e a parceria na construção de uma base naval, um estaleiro e cinco submarinos, um deles nuclear, pelo módico preço de R$ 31 bilhões. Para realçar seu papel "sério" na parceria, o Brasil não precisará ficar pelado em cena. De tanga, talvez.



Lula justificou a transação, que já se discutia havia 11 anos, como necessária para proteger as reservas de petróleo na camada do pré-sal, descobertas apenas outro dia, e as riquezas da Amazônia. Pelo visto, logo teremos enxames de caças e submarinos varejando o Rio e a bacia amazônica. Era bonitinho também ver Brigitte descendo de paraquedas em meio aos coturnos e capacetes alemães.



A parceria inclui transferência de tecnologia francesa para o Brasil. Espera-se que, no pacote, venham instruções para aperfeiçoar o funcionamento da churrasqueira do Alvorada, cujo fiasco privou o presidente Nicolas Sarkozy de saborear as alcatras, picanhas e maminhas em que, aí, sim, somos craques. Por Ruy Castro - Folha de S. Paulo





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