Em chamada na capa e em editorial, a "Economist" faz a pergunta acima e responde, em destaque, que é "hora de Lula defender a democracia em vez de abraçar os autocratas". Abre o texto:
- Este é um grande momento para ser brasileiro e especialmente para ser Luiz Inácio Lula da Silva, o inspirador presidente do país. Por tanto tempo o gigante de baixa performance da América Latina, o Brasil agora está em toda lista dos lugares que importam no século 21. Parece que nenhum encontro internacional, seja para discutir reforma financeira ou aquecimento global, está completo sem Lula, um ex-metalúrgico e líder sindical cuja bonomia e instinto para a conciliação entre contrários políticos faz com que tenha amigos em toda parte.
E encerra:
- Ninguém deve esperar que o Brasil aja como xerife da América. Mas é de seu próprio interesse evitar uma nova guerra fria na região. O modo de fazê-lo é não confundir democratas e autocratas, como Lula parece pensar. É envergonhar Hugo Chávez riscando um limite claro e público, em defesa da democracia -o sistema que permitiu a um pobre torneiro mecânico chegar ao poder e mudar o Brasil. Por que outros países mereceriam menos?