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Artigos-->Araguaia e as ossadas de ouro: só raiz e pedra... -- 13/08/2009 - 16:04 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Globo - 13/8/2009



Frustradas buscas por ossadas no Araguaia



`Aqui não tem mais nada. Pacificou`, declarou general sobre área apontada por testemunha



Evandro Éboli



MARABÁ (PA). No segundo dia de escavações na região da Guerrilha do Araguaia, a equipe de geólogos e antropólogos da expedição não encontrou indicação da presença de restos mortais num trecho da fazenda Tabocão, a 95 quilômetros de Marabá, no Sul do Pará. Esse ponto era considerado a principal área com perspectiva de se localizarem ossadas de guerrilheiros do PCdoB. A área havia sido apontada recentemente pelo mateiro José Maria Alves da Silva, o Zé Catingueiro, como o local exato onde teria sido enterrado um dos militantes, em outubro de 1973.



O radar apontou presença de anomalias no subsolo do alvo indicado por Catingueiro, mas, ao fazerem a escavação, os técnicos encontraram apenas pedaços da raiz de uma árvore. O buraco que fizeram foi pequeno, de 1,5m x 1m, com profundidade de 40 centímetros e, no fundo, havia água do lençol freático minando. Numa área de 20 metros quadrados da Tabocão, a equipe cavou outro pequeno trecho, mas só encontrou pedaços de rochas.



No fim do trabalho, os militares que acompanhavam a missão diziam que aquela área, agora, estava "pacificada", expressão utilizada pelo general Mário Lúcio Araújo, que coordena o apoio logístico ao grupo.



- De um lado raiz, de outro pedra. A notícia não foi boa, mas pacificou a área - disse o general Araújo. - Pacificar aqui significa que não tem mais nada, não tem mais polêmica em torno dessa área. Só isso.



Apesar de o local apontado por Catingueiro não ter apresentado resultado, os geólogos vão analisar as imagens da área do Tabocão no computador para identificar outras possibilidades de escavações. Eles podem voltar à fazenda.



O mateiro afirmou que viu, naquele ponto, ser enterrado o guerrilheiro Rodolfo Carvalho Troiano, que usava o codinome Manoel e, antes de ingressar na guerrilha, atuou no movimento secundarista em Minas Gerais.





***



O Estado de S. Paulo - 13/8/2009



Escavações não encontram vestígios de guerrilheiro



Local onde teria sido enterrado Rodolfo Troiano tinha raízes e pedras ou "anomalias de solo", segundo radar



Leonencio Nossa







Geólogos e antropólogos da expedição montada pelo Ministério da Defesa para buscar ossadas de integrantes da Guerrilha do Araguaia (1972-1975), movimento armado contra a ditadura militar, fizeram ontem duas escavações no sítio Tabocão, em São Domingos do Araguaia, onde teria sido enterrado o guerrilheiro mineiro Rodolfo Troiano, o Manoel, morto no começo de 1974. Não foram encontrados vestígios no ponto indicado pelo ex-guia José Maria da Silva, o Zé Catingueiro, ouvido por observadores do grupo.



Pela manhã, geólogos das universidades de Brasília e do Ceará passaram um radar numa área do sítio que indicou "anomalias" de solo em dois pontos. Nas escavações realizadas depois sob a coordenação de antropólogos do Instituto Médico-Legal do Distrito Federal e do Instituto Nacional de Criminalística ficaram evidenciadas que as "anomalias" eram pedras e raízes. À noite, os geólogos voltariam a analisar os registros feitos no local.



Como há uma série de registros históricos de que Rodolfo Troiano foi morto no Tabocão, o general Mário Lúcio Araújo, responsável pela logística da expedição, sugeriu a avaliação de todas as possibilidades técnicas de buscas no sítio, um dos pontos mais prováveis de localização de restos mortais, segundo observadores do grupo.



Simultaneamente às escavações no Tabocão, os geólogos e antropólogos também começaram a vasculhar o terreno da antiga base militar da Casa Azul, na região central de Marabá. Trata-se de uma das maiores áreas de busca de ossadas nesta etapa da expedição. Na avaliação de integrantes do grupo, são poucas as chances de encontrar ossadas na antiga base, pela dimensão do terreno e pela falta de referências de pontos. A Casa Azul está incluída no roteiro pela sua importância histórica no episódio da guerrilha.



Embora seja tema frequente na mídia, a Guerrilha do Araguaia ainda é um capítulo da história do Brasil que está em plena construção. Até a próxima quarta-feira, especialistas vão rastrear e fazer escavações no Complexo Matrinxã e na Clareira do Cabo Rosa. As buscas só terminam no fim de outubro.





***



Folha de S. Paulo - 13/8/2009



GUERRILHA



No primeiro dia, fracassam buscas no Araguaia



SERGIO TORRES



ENVIADO ESPECIAL A BREJO GRANDE (PA)







Iniciadas ontem em área rural de Brejo Grande (PA), as escavações em busca de ossadas de guerrilheiro do Araguaia resultaram em fracasso. O local considerado como o mais provável de localização de restos mortais foi abandonado ontem mesmo.



O ponto da fazenda Tabocão onde teria sido sepultado Rodolfo Troiano, o Manoel, foi escavado em dois trechos, a quase um metro de profundidade.



Antes da abertura das valas, peritos da PF e da Universidade Federal do Ceará passaram um radar que capta objetos a até quatro metros de profundidade. Ele registrou o que os especialistas chamaram de "anomalias". As "anomalias" eram raízes e pedras, e os antropólogos forenses e geólogos desistiram do lugar.



Eles integram a comissão formada pelo Ministério da Defesa para buscar ossadas dos cerca de 60 guerrilheiros desaparecidos durante a repressão das Forças Armadas ao movimento organizado pelo PC do B, que vivia na ilegalidade nos anos 60 e 70. Militares exterminaram a guerrilha em 1974.



A fazenda foi informada como local de enterro de guerrilheiro pelo mateiro José Maria Alves, o Zé Catingueiro, que trabalhava com o coronel Sebastião Rodrigues de Moura, o Curió. Há duas semanas, Catingueiro indicou com precisão o local. Ontem, ele justificou o fracasso da escavação pelo fato de terem se passado 37 anos: "A terra já comeu tudo".



Também foram feitas buscas em Marabá (PA), na sede do Dnit. Foi passado o radar e hoje deve haver escavações.



A 1ª Vara da Justiça Federal de Brasília intimou Curió a depor e apresentar à Justiça papéis da guerrilha que estiverem com ele.





***



Correio Braziliense - 13/8/2009



Visto, Lido e Ouvido



Ari Cunha



Araguaia



Volta-se a falar na Guerrilha do Araguaia. Revoltosos querem fazer acusações aos militares. É cabível. Mas não se deve esconder o que aconteceu e como estaria o país hoje, caso a guerrilha houvesse vencido. E citar como foram mortos tanto os revoltosos quanto os militares. A verdade faz parte da vida.





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