Parece-me que, a cada dia mais, vivemos a imagem de um estado burlesco. Disfarçamos a realidade e, sem enfrentá-la, criamos ilusões de cunho político, para burlar as justas e possíveis soluções.
Existem, em alguns casos, apenas duas possibilidades: a verdade ou a mentira, esta última praticada com a maior desfaçatez.
Assim, de acordo com a segunda possibilidade, agiu o Poder Público em relação à concessão do direito de voto ao analfabeto e agora, em relação à Lei de Cotas, como se todas as injustiças sociais pudessem ser corrigidas através de simples “portarias” ou “Penadas Provisórias” de cunho permanente.
Mero disfarce!
A justiça deve estar centrada na igualdade de direito à instrução, jamais no voto do analfabeto, que nada mais é que a oficialização do “voto de cabresto”.
Com a colocação em prática, da Lei de Cotas, reconhece o Estado, que é clara a discriminação ou está, inconseqüente e demagogicamente, preenchendo espaços nas funções públicas, de maneira aleatória e sem levar em conta a competência de cada um.
Até quando iremos assistir a esse espetáculo circense e a essa farta demagogia, até quando seremos iludidos e mal representados?