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Artigos-->Chávez ameaça empresas colombianas -- 30/07/2009 - 11:39 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Correio Braziliense - 30/7/2009



América do Sul



Chávez ameaça



Presidente venezuelano acirra crise diplomática e confirma estudos para expropriar empresas colombianas



Silvio Queiroz



Empresas e investimentos colombianos na Venezuela estão na mira do presidente Hugo Chávez, em mais um desdobramento da crise desatada pela decisão de Bogotá de ceder ao menos três bases aéreas para operações militares dos Estados Unidos. O acordo, seguido pela denúncia de que o governo venezuelano teria fornecido armas antitanque adquiridas da Suécia para a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), levou Chávez a congelar as relações com o vizinho, chamar de volta a Caracas o embaixador e quase todo o pessoal diplomático e instruir a equipe econômica a substituir as importações de produtos colombianos por similares de outros países, inclusive o Brasil.



“Vamos colocar os olhos em cima de todas as empresas colombianas: os investimentos deles não são imprescindíveis, o gás colombiano não é imprescindível”, ameaçou Chávez no mesmo pronunciamento em que anunciou o rebaixamento das relações diplomáticas, na noite de terça-feira. “As empresas colombianas aqui, nós poderíamos expropriar. Cairia bem para nós, especialmente no caso das empresas distribuidoras de alimentos”, afirmou o presidente venezuelano, ao lado do chanceler Nicolás Maduro. O vice-presidente Ramón Carrizales confirmou ontem que o governo “está analisando” os possíveis alvos: “Há muitas empresas (colombianas) na Venezuela, em todas as áreas”.



Em meio a preocupação dos exportadores e importadores — de ambos os lados da fronteira —, dirigentes empresariais ensaiam uma articulação para promover um encontro urgente entre Chávez e o colega colombiano, Álvaro Uribe. Em meios políticos, amadurece a ideia de pedir mais uma vez ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que interceda.



“O Brasil, naturalmente, já trabalhou no passado e vai continuar trabalhando por uma amizade e reconciliação entre esses dois países, porque ambos têm boas relações com o Brasil”, afirmou na tarde de ontem à imprensa, no Itamaraty, o ministro Celso Amorim. O chanceler brasileiro, porém, aproveitou a ocasião para sublinhar que o país acompanha “com atenção” as notícias sobre o acordo militar entre Bogotá e Washington. “Seria bom que a Colômbia dissesse, transparentemente, o que é (o acordo), para que as pessoas ouçam, vejam e possa haver uma discussão que ajude a recriar a confiança.”





Guerrilha



A cessão de bases em território colombiano para militares americanos conduzirem operações antidrogas causa inquietação entre a oposição, que tenta levar o acordo a debate no Congresso. Paralelamente, o alto comando das Farc publicou uma carta aberta endereçada ao grupo Colombianos pela Paz, que agrega a esquerda civil. Na longa mensagem (leia trechos), quase inteira dedicada a atacar a “nova direita” representada por Uribe, a guerrilha classifica o acordo militar como “alta traição à pátria” e propõe um “grande acordo nacional” para impedir que o presidente conquiste em 2010 o terceiro mandato consecutivo.





Chance para produtos brasileiros



Viviane Vaz



A curto prazo, mau negócio para a Colômbia e bom para o Brasil. A longo prazo, um péssimo negócio para a Venezuela, que se mantém agrodependente. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, determinou ontem que se inicie a substituição das importações da Colômbia por produtos brasileiros. “Estas compras não são imprescindíveis para nós, podemos obtê-las em muitos países, como no Brasil”, declarou.



“O Brasil tem potencial ainda para aumentar sua exportação — infelizmente para nós, que estamos no setor pecuário”, contou ao Correio por telefone, Pedro Piñate, diretor do Centro de Estudos Pecuários em Maracay. Segundo ele, as principais mercadorias que chegam da Colômbia — como carne, gado e alimentos em geral —, além de veículos, poderiam ser substituídos por produtos brasileiros.



Piñate revela que não há como aumentar a produção desses bens no próprio país. Segundo ele, “investiu-se muito dinheiro público em agricultura, mas as colheitas são invisíveis”. Ele explica que o governo de Chávez se empenhou em projetos pouco produtivos e tem expropriado fazendas e propriedades privadas dedicadas à agricultura. “Não há segurança (jurídica) para novos investimentos. Então, a produção vai continuar diminuindo na Venezuela e vamos seguir dependendo das importações”, resume.





Comércio



Nos últimos 10 anos, o Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC) já vinha registrando um aumento das exportações do Brasil para a Venezuela. Em 1999, o Brasil vendeu US$ 536 milhões. Em 2008, o valor foi quase 10 vezes maior: US$ 5,15 bilhões. O órgão atribui o aumento não só aos históricos confrontos entre Chávez e o presidente colombiano, Álvaro Uribe — que engordou a fatia de mercado brasileiro —, mas também à política externa do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que investiu na ampliação do comércio a mercados não tradicionais, como América Latina, África e países árabe, asiáticos e do Leste da Europa. Para se ter uma ideia, segundo dados do MDIC, o Brasil também registrou um forte aumento das exportações para a Colômbia: de US$ 402,9 milhões em 1999 para US$ 2,29 bilhões em 2008.





O número



US$ 5,15 bilhões



Valor acumulado das exportações do Brasil para a Venezuela, em 2008. Em 10 anos, o intercâmbio aumentou quase 10 vezes.





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