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Artigos-->Sobre a "Inspiração de Clóvis Luz" -- 07/01/2002 - 12:01 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Atendendo ao convite do querido Clóvis Luz, dei continuidade ao seu diálogo entre “A Inspiração e a Razão”.



E que tal, mais alguém, dar seqüência? Seria interessante ver o rumo de várias idéias interagindo sobre o mesmo tema...





UM PEQUENO DIÁLOGO ENTRE A INSPIRAÇÃO E A RAZÃO



INSPIRAÇÃO - O que mais posso esperar de ti se tudo o que me disseste era mentira?



RAZÃO - Nada disso! Só quis mostrar o quanto foste imbecil.



INSPIRAÇÃO - O quê?! Imbecil por aceitar teus conselhos? Tu mesma afirmaste que quando eu não pudesse mais prosseguir que desistisse ou que esperasse um pouco...



(...)



RAZÃO - Não foi isso que te disse, não... Eu apenas quis mostrar-te o que na vida importa: são os lucros e a imediata satisfação que deles pode advir. O mais, amor, dor, ternura... Só perturbam a jornada... Mais nada!



INSPIRAÇÃO – O quê? Estás deveras louca! Como ousas falar assim de sentimentos, tu que não deixas proliferar o coração em seus enlevos de amor, quando se aquece o corpo de carícias... Então chegas e sorrateira tudo transformas com a tua moralidade e devastas o campo, minando-o de frivolidade.



RAZÂO – Loucura é a tua, de acreditar nas ilusões da vida e te deixares enganar por tudo o que aparece... E sem eira nem beira, vês música no vento, perfume no azul do espaço, ao qual teus semelhantes chamam de Céu... E mais: danças com as borboletas, cantas com os pássaros, dormes na alvorada e, por mais que sonhes, nunca ficas cansada.



INSPIRAÇÃO – Mais ainda: quando sonho, fico de ti bem distante. Sonhar é o meu refúgio onde tu não consegues me alcançar...



RAZÃO – Vês? É como eu disse... Precisas de mim, bem sabes... Por isso, foges a galope. Incomoda-te a minha sensatez, pois, com a minha ajuda sabes que nada te pode atingir. Eu te protejo, não percebes? Só quero o teu bem.



INSPIRAÇÃO – Sai pra lá! Que bem maior hei de querer do que pisar em nuvens ao mergulhar no doce beijo da paixão latente, que o ser me invade por inteiro?

Se vou sofrer, que diferença faz? Ao menos “vivi”, “senti”, viajei mais longe que as naves estelares. Não te disseram que para o sonho nem limites há? E que tudo se transforma em frações de segundo?



RAZÃO – Deixa de histórias... Sabes muito bem que na hora do “Meu Deus, por que caí nessa?” eu é que sou acionada e me pedes, por esse mesmo Deus, que não te deixe cair mais em tentação... Deixa-te de orgulho, e fica comigo que te será muito mais produtivo.



INSPIRAÇÃO – Hum... Hum... Acho que nisso tu até tens um pouco de “razão”. Mas o que faço eu, então, se a minha alma vaga por outros mares, que não se condicionam às tuas leis? Sou presa de um amor exacerbado que transcende os mundos, as guerras e os penhores... Poderei eu servir a dois senhores?

Não! Prefiro ficar por aqui e recolher o saldo de carícias. Nem me fales em sair destas delícias, onde tu jamais podes entrar. Vai! Talvez nos encontremos em outro tempo, outra vida, que esta já me foi prometida para que meus sonhos loucos possa realizar e adentrar nos mais inusitados recantos da demência a que o amor me conduz... Vai embora! Não te transformes na minha cruz...



Milene Arder



Um beijo, Clóvis!





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