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Artigos-->Brasil: 1/3 dos analfabetos da América Latina -- 13/05/2009 - 13:18 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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13/05/2009 - 10h05



Brasil concentra mais de um terço dos analfabetos da América Latina, diz organização



Por Amanda Cieglinski, da Agência Brasil



Brasília - Dados da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade) indicam que em todo o mundo vivem 800 milhões de adultos não alfabetizados. Desse total, 35 milhões estão em nações latino-americanas. O Brasil – que é o país mais populoso da região – também concentra mais de um terço da população analfabeta da América Latina, 14 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler e escrever, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



Segundo o levantantamento da Clade, divulgado em 2007, no grupo de países da América Latina e do Caribe, Cuba apresenta a menor taxa de analfabetismo: o problema atinge 0,2% da população. Já na Guatemala, que tem os piores indicadores, o problema afeta quase um terço (30,9%) das pessoas com mais de 15 anos.



Nesse ranking, o Brasil ocupa a 14ª posição, em um total de 19 países. De acordo com dados da Clade, com um percentual de 11,4% de analfabetos entre a população com mais de 15 anos de idade, a média brasileira fica atrás, por exemplo, dos índices do México (9,10%), Equador (9%), Panamá (8,10%) e da Colômbia (7%). A Clade é uma rede de organizações da sociedade civil que atua em defesa do direito ao ensino público gratuito e de qualidade.



Segundo a Pnad, o índice de analfabetismo entre os brasileiros com mais de 15 anos é de 10%. Para o educador peruano e consultor internacional José Rivero, uma das explicações para a persistência do problema, tanto na América Latina quanto no Brasil, são as grandes desigualdades sociais da região.



“O Brasil é a primeira potência em matéria econômica, mas tem questões de pobreza que são incompatíveis com essa qualidade. Essa bipolaridade tem possibilitado a existência de uma camada muito grande de analfabetos”, analisa.



Rivero acredita que a redução do analfabetismo só ocorrerá quando houver menos injustiça social. E o enfrentamento desse problema, segundo ele, é papel do Estado e da sociedade civil.



Recentemente, os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia, declararam que os dois países estão livres do analfabetismo. Para isso, utilizaram a metodologia do programa cubano de alfabetização Yo, sí Puedo, criado pelo governo de Fidel Castro. O método usa programas de rádio e de televisão para alfabetizar jovens e adultos.



“Há mais esperanças na medida em que há mais consciência de que não se pode seguir como era antes. Há programas muito interessantes, mas é preciso que [os países] se organizem sabendo quanto custa alfabetizar. Não basta o político dizer que precisa alfabetizar, é preciso saber o preço”, alerta.



O relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para Educação, Vernor Muñoz, cita as ações da Venezuela e da Bolívia como “exemplos de opções concretas”. Para ele, o Brasil tem um “compromisso enorme”, mas as conquistas ainda não refletem esse esforço.



José Rivero teme que a campanha de alfabetização encampada pelos países latino-americanos possa ser afetada pela crise financeira internacional.



“Essa crise está afetando a América Latina, que vai ficar mais pobre. Nesse sentido, não há como prever quando o problema realmente vai acabar. Às vezes nos esquecemos de que não pode existir um bom futuro em matéria de alfabetização se a escola pública não for fortalecida, ela é a grande alfabetizadora. E para isso é preciso dinheiro”, afirma.



Confira o ranking do analfabetismo nos países da América Larina e do Caribe.



Taxas de analfabetismo entre pessoas com 15 anos ou mais:



País Taxa

1. Cuba

0,2%

2. Uruguai

1,9%

3. Aruba

2,7%

4. Argentina

2,8%

5. Chile

4,3%

6. Costa Rica

5,1%

7. Venezuela

7,0%

8. Colômbia

7,2%

9. Panamá

8,1%

10. Equador

9,0%

11. México

9,1%

12. Paraguai

9,8%

13. Suriname

10,4%

14. Brasil

11,4%

15. Peru

12,3%

16. Bolívia

13,3%

17. Honduras

20,0%

18. Nicarágua

23,3%

19. Guatemala

30,9%



Fonte: Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Situação Educativa da América Latina e Caribe 2007 / Unesco e Panorama Educativo 2005 Caminhando rumo às Metas / Projeto Regional de Indicadores Educativos - Cúpula das Américas)



Crédito da imagem: Stock



(Envolverde/Agência Brasil)



© Copyleft - É livre a reprodução exclusivamente para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída.





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