Expressão repetida no entrechoque de xingamentos, ofensas, desconhecimento de processo por falta ao plenário da mais elevada Corte de Justiça do país, provocativa cobrança que estimulou forte reação diante das câmeras de TV, semblante de raiva, agressividade de um lado, sorriso de desdém do outro, clara acusação de que capangas rodeiam o Presidente do Supremo.
Não se confrontavam argumentos à luz do Direito e do contraditório ansiosamente esperado pelas partes litigantes, universitários e mesmo experientes advogados, quem sabe até juízes, ávidos em absorver o notório saber jurídico daquelas autoridades indicadas por tais atributos dentre 200 milhões para o preenchimento de onze dourados assentos da távola maior do sábio julgamento. Desrespeitava-se a Nação que nem tão estarrecida — anestesiada que se encontra — exclamava:
Vossas Excelências me respeitem!
O local estava mais para arena, onde se digladiavam o Presidente Ministro Gilmar Mendes e o Ministro Joaquim Barbosa. A platéia estava fora.
O Big Brother Brasil conseguiu transformar o Brasil em um só Big Brother. Com intrigas, futricas, baixarias, valetudo, prevalência do supérfluo, da falta de pudor e de civilidade. Abominável liame com as novelas e aplausos à moda daspu a demonstrar os valores que alcançamos.
Logo, surgiram defensores de um ou de outro. Argumentos não faltaram, até que o Ministro Barbosa está sendo perseguido por ter origem pobre e ser negro. Ele próprio jamais admitirá tal idéia, sob pena de rasgar os títulos que conquistou ao longo da dura carreira, por mérito e não por cota. Isto não quer dizer que não fosse testar a sua popularidade pelas ruas do Rio de Janeiro, não pelo notório saber, mas para justificar a sua fala de que o seu contendor não pode fazer o mesmo. Um chop no tradicional Bar Luís, um cafezinho acolá.
Longe se vai o tempo de que o juíz se propunha uma vida sacerdotal, quase uma clausura, onde tinha uma participação social muito recatada, afastado da ribalta, das frugais amizades, festas, e particularmente dos negócios, para julgar os seus semelhantes com iluminada imparcialidade.
O ME RESPEITE, clama a sociedade contra os desmandos dos outros dois Poderes, Legislativo e Executivo, bem como contra as desastradas decisões do STF na questão indígena, fragilizando a unidade territorial nacional.
Os diretores de coisa nenhuma do Senado, milhões pelo ralo e para os bolsos, hora extra em férias; passagens aéreas para parentes e amigos dos deputados federais, sem considerar o mensalão, dólar na cueca, milhão na gaveta, etc, já ultrapassados.
O Governo, executor da política de fragmentação do território com índios e quilombolas, vive em campanha política, com assistencialismo institucionalizado com o bolsa família e mais recente com a casa própria, cujas filas se transformam em propaganda regiamente paga e difundida pela televisão. O sonho comprando a esperança e pagando com o voto.
A candidata do governo, em campanha antecipada e alimentada pela máquina administrativa, ex-terrorista e Ministra, Dilma Roussef, faz da doença motivo de palanque. Quem não viu? De vermelho, a cor do PT, irradiando exuberância, um sorriso treinado, substituindo a sisudez costumeira, ladeada por médicos com branco impecável, a certificar um grau de saúde pronto para o embate eleitoral e futuro exercício da função presidencial. Não fica nisso. Em outro palanque Lula toca no assunto e proclama que a saúde da candidata é o que mais interessa. Ela própria dá uma lição de que é conveniente fazer os exames de prevenção como se ao brasileiro comum fosse tão fácil o acesso aos órgãos públicos de saúde.
Pecam o governo Lula, o legislativo tão desacreditado que o apóia, os governos estaduais e o judiciário no combate à criminalidade. Os assaltos aos bancos são realizados por bandos de dez, quinze bandidos, cujos recursos realimentam e fazem crescer o poder de combate dos criminosos. A sociedade é que grita: ME RESPEITEM! VOCÊS SÃO OS RESPONSÁVEIS!
A caminhada para o abismo prossegue.
O procurador de Justiça Gilberto Thuns acusa o Movimento dos Sem-Terra (MST) de fazer lavagem cerebral em crianças nas suas escolas itinerantes, que no passado já foram alvos de acusações, pois lá se ministravam instruções de combate, nada a estranhar pelo nível de coordenação e operações no nível nacional, com esmerada logística, articulação e rede de comunicações e ações de contrapropaganda. Fechou escolas e lutou bravamente contra o Movimento, acusando-o de um movimento paramilitar, mas está sem apoio e se sente ameaçado, a despeito de uma investigação que durou mais de ano e meio e da existência de um inquérito com mais de 25 mil páginas. Como disse em entrevista à Band, O MST tem muito mais força.
Afirmou que nenhuma instituição tem coragem de dizer que o MST é um movimento paramilitar. As ONG que o apóiam destinaram ao movimento mais de 50 milhões de reais entre 2004 e 2007. Cumpriu com o seu dever. Proibiu marchas e protestos e desativou acampamentos no Rio Grande do Sul. Sofreu pressões de todos os lados em especial do Conselho Nacional dos Procuradores e que recebeu mais de 5 mil mensagens pelo correio eletrônico contra a sua atuação, culminando com um atentado que pode ser uma atitude insana e isolada de alguém lançando o carro contra a sua pessoa, mas coincidente. Acusa o MP de omissão.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes já tinha feito criticas ao repasse de verbas públicas para os mencionados movimentos, cobrando investigação a respeito.
Uma pergunta ressalta. Não será o Exército uma dessas instituições a não se manifestar? Outra. Não estão as Forças Armadas preocupadas com essa força paramilitar que se organiza e é denunciada?
O Exército como força terrestre disseminada por todo o território deve estar fazendo levantamento de dados, colhendo informações e provas a respeito, bem como se preparando para contê-los, mesmo não tendo recebido ordens do governo Lula e seu ministro da Defesa.