A notícia era para ser o debate sobre a criação de um fundo internacional no valor de US$ 100 bilhões para assegurar o crédito, mas uma gafe do presidente Lula virou a pauta. Durante a reunião do presidente Lula com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, hoje, foi debatida a possibilidade de levar essa ideia à próxima reunião do G-20. Na hora do discurso, no entanto, o presidente Lula – falando de improviso – afirmou que a crise foi causada por gente branca de olhos azuis. Na platéia, o mal-estar estava literamente estampado no rosto da maioria dos jornalistas estrangeiros.
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From: Mara Montezuma Assaf
Date: 2009/3/26
Subject: Plantando vento
To: Cartas Estadão
Enquanto o advogado negro José Roberto F.Militão - membro da Comissão de Assuntos Antidiscriminatórios Conad-OAB - em seu artigo "Afro-brasileiros contra leis raciais"(Estadão-25/03/2009) demonstra que 62% dos descententes de africanos são contrários às leis e cotas raciais porque segregam direitos , enfraquecem o caráter , deformam a personalidade além de fomentar tensões entre grupos sociais, vem o Lula, presidente do Brasil, dizer em alto e bom som que "quem fez esta crise tinha olhos azuis e era branco"!.
Lula, um típico brasileiro descendente de todas as etnias , parece que gosta de plantar vento....
Mara Montezuma Assaf
Lula semeou o quê quando disse que esta crise foi criada por brancos de olhos azuis?
O propósito é claro! Leiam o artigo de Valfrido Chaves Pantaneiro
Mara
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Semeadores de ódios em MS
Valfrido Chaves Pantaneiro (*)
“Tenho inveja de Vocês, índios, porque nós, negros, não conseguimos ainda falar “branco” com o ódio com que vocês falam”. Esta frase absurda impactou uma amiga que, em Brasília, junto a um grupo de indígenas, participava de uma discussão sobre “questões raciais”.
A frase, caro leitor, não foi uma leviandade ou maluquice pessoal, mas expressão de uma “consciência racial”, resultante de uma manipulação que tem exatamente esse objetivo: promoção do ódio e conflito étnico no seio da sociedade brasileira. Tal tarefa espúria tem uma inspiração ideológica muito bem definida, qual seja a crença de que “o conflito é o motor da história” e que a “luta de classe” deva ser estimulada pelo conflito étnico. De tais inspirações teóricas resultam hoje, em solo brasileiro, tocadas com recursos públicos, as “práxis” destinadas a semear a cizânia, separação, isolamento e conflitos entre diversas etnias que, historicamente, têm se integrado para a formação do povo brasileiro.
Em nenhum lugar, leitor, tal práxis racista e odienta se manifesta com tanta clareza e definição, como na política indigenista oficial em curso. Incapaz de somar com nossos indígenas de MS para que estes alcancem os benefícios da civilização, o que é o desejo dessa população, a Funai coordena a favelização de nossas aldeias e a degradação famíliar nas mesmas. Droga, álcool, prostituição, suicídios e suicidamentos tornaram-se o resultado de uma torpe, nojenta política indigenista que não respeita o desejo de progresso de nossos índios. Banheiros, água encanada, sacolão, ensino de péssima qualidade e “bolsa-barriga” é o máximo que uma burocracia desumana e ideológica consegue fazer pelo povo em leque. Diante desse quadro inegável, os responsáveis pelo verdadeiro crime de lesa-humanidade em curso encontraram uma solução: criminalizar a história do povo de MS. Além de ladrões de terra indígena, seríamos como que leprosos quando, pela nossa proximidade, a desagregação social indígena se manifestaria. É como o governo quer tirar de si a responsabilidade pelo fracasso da Funai.
Após povoarmos, promover o progresso, guarnecer nossas fronteira, sempre atendendo políticas publicas do Império e da República, somos tratados como ladrões de terras indígenas, merecendo delas sermos expulsos com uma mão na frente e outra atrás. O Estado brasileiro, a União, o Governo Lula não apenas lavam as mãos face ao projeto de violação dos direitos de brasileiros de bem, mas tocam adiante essa infâmia. É como querem se isentar da responsabilidade de sua incompetência em promover o progresso de nossos índios.
O Governo Lula tem recursos financeiros para promover generosidades para africanos, paraguaios, bolivianos e mensaleiros, mas não os têm para comprar propriedades particulares para então, com elas, fazer a expansão das aldeias indígenas. Mas essa solução, leitor, não deixa rancores, mágoas e afastamento entre as comunidades conflitadas meticulosamente pela política indigenista oficial. Não atenderia ao projeto ideológica onde “o conflito é o motor da História” e “a luta de classes a tudo justifica”, inclusive o ódio entre irmãos, o terrorismo, como vimos em Japorã. Tais são os fatos, tal é o projeto, assim é a ideologia que os conduz.
O futuro? Até onde irá a “práxis” leninista-racista, promotora de ódios e de injustiças em nosso MS? Que poderemos fazer para deter essa semeadura de traição ao povo de MS e ao Brasil brasileiro?
(*) Valfrido M. Chaves Pantaneiro, Psicanalista, Pós Graduado em Política e Estratégia