Lula quer beneficiar "companheiros" que não conseguem ser aprovados em exames de habilitação profissional e bajular o regime cubano - à custa, infelizmente, de riscos para a saúde e o bem-estar da população brasileira.
Pressionado pelo PT, pelo PC do B e pelo MST, o governo continua tentando encontrar uma forma de facilitar o reconhecimento de diplomas expedidos por faculdades cubanas e regularizar a situação dos brasileiros que se formaram na Escola Latino-Americana de Medicina de Havana (Elam). A última iniciativa data de fevereiro, quando os Ministérios da Saúde e da Educação baixaram uma portaria criando um "projeto piloto" cujo "público-alvo" são brasileiros formados em medicina em Cuba. Divulgada às vésperas do carnaval, a portaria passou despercebida.
Dos 298 brasileiros que se formaram na Elam, nos últimos quatro anos, só 25 conseguiram, até agora, reconhecer o diploma e regularizar sua situação. Os demais continuam sem poder exercer a profissão, o que só será possível depois de se submeterem a um exame de proficiência e de habilitação profissional. Eles alegam que as principais universidades públicas do País não têm interesse em revalidar diplomas expedidos por escolas cubanas e que as demais instituições que se dispõem a fazê-lo cobram valores elevados. O que eles não contam é que, como os exames de habilitação e eficiência são rigorosos, de cada 100 médicos formados em Cuba, 85 são reprovados, em média. Assim, o que eles querem é o reconhecimento automático do diploma, sem precisar passar por qualquer exame de habilitação.