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Artigos-->Quem jogou muito enxerga! -- 24/03/2009 - 10:35 (Carlos Claudinei Talli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quem jogou muito, enxerga.

Carlos Claudinei Talli



Há algum tempo, numa dessas mesas redondas sobre futebol em comemoração a mais um aniversário do tricampeonato de 1970, eu e todos os telespectadores tivemos a oportunidade de entrar num verdadeiro túnel do tempo, e nos regalamos com um verdadeiro manjar dos deuses.



Estava presente o monstro sagrado Roberto Rivellino. O apresentador até se emocionou por estar a poucos metros de um dos maiores jogadores de futebol do mundo, em todos os tempos.



No programa foram mostrados os lances geniais do estupendo meia-armador naquela Copa. Um verdadeiro deleite. Pra começo de conversa, Rivellino participou de quase todos os gols brasileiros, enfiando bolas e marcando alguns. Inclusive, por causa do seu chute fantástico, foi apelidado pelos mexicanos de ‘a patada atômica da Copa’.



Muitos assuntos foram analisados, e, principalmente, dois deles chamaram a nossa atenção, porque já os abordamos em outros artigos.



Em primeiro lugar, uma pergunta surgiu com muita força. Qual teria sido a melhor seleção brasileira de todos os tempos?



Quase que por unanimidade, ganhou a seleção tricampeã de 1970. Justamente a que estava sendo homenageada naquele dia. Mas, para surpresa de todos, o grande Roberto Rivellino saiu com uma afirmação surpreendente:



‘A única seleção que se equiparou à de 1970 foi a de 1958. É só pegar a escalação e comparar. Inclusive, sinceramente, eu considero a de 58 a melhor de todos os tempos’. Todos se entreolharam boquiabertos. Justo ele, um dos grandes jogadores da Copa de 1970, pensar assim?



Quando um jovem jornalista lhe perguntou sobre a seleção de 1982, Rivellino argumentou que, na sua opinião, aquele sensacional time só não entra na comparação com os outros dois – 1958 e 1970 – porque não conquistou o título. Mas, se tivesse ganho .....



Em seguida foi feita uma análise sobre a seleção brasileira atual, e Rivellino deu mais uma aula sobre futebol: ‘a seleção brasileira não tem aquele jogador cerebral, que dita o ritmo de jogo. Temos um monte de meias que correm com a bola, como o Ronaldinho Gaúcho e o Kaká, mas nenhum com as características de um Gerson, de um Didi. E é esse jogador que está faltando. Se uma grande dificuldade aparecer, não sei não’.



E eu me lembrei de dois jogos de Copa do Mundo em que isso aconteceu. Em 1958, levamos um gol nos primeiros minutos da final contra a Suécia. Calmamente, Didi pegou a bola com as mãos no fundo do gol brasileiro e, com passos lentos, caminhou até o meio do campo, mostrando uma liderança e uma personalidade de assombrar. Resultado final: 5 x 2 para o Brasil. A mesma coisa fez Gerson em 1970, na semifinal contra o Uruguai. Como na Suécia, sofremos um gol no começo do jogo e, quando o fantasma do Maracanã já começava a assombrar, ele inverteu de posição com Clodoaldo mandando-o para a frente. Resultado: Clodoaldo empatou a partida no fim do 1º tempo, e, no 2º, viramos para 3 x 1.



Mais um 10 com louvor pro Rivellino. Ele matou a cobra e mostrou o pau. E olhem que, humildemente, não estava se referindo a nenhum jogador com as suas características, pois ele, apesar de ter sido um estupendo meia-armador, não tinha aquelas qualidades. Ele era um vulcão em forma de jogador de futebol. Raramente cadenciava um jogo, ao contrário, incendiava os estádios.



E todos os presentes concordaram que atualmente o Brasil não tem nenhum meia-armador cerebral. E quanta falta isso está fazendo. Aquele que mais se aproxima desse tipo de jogador é o Diego, porém, para o nosso azar, nunca foi levado muito a sério...







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