Aluno do Colégio Militar de Brasília está entre os finalistas da Olimpíada Brasileira de Química
Jornal do Brasil - 01 Mar 09
Brasiliense está entre finalistas da Olimpíada Brasileira de Química
Norma Moura
Um aluno do Ensino Médio de Brasília está entre os finalistas da Olimpíada Brasileira de Química, competição que abre portas para jovens estudantes brasileiros em empresas químicas do país e até em instituições de renome internacional, como o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.
Quatro dos 15 finalistas brasileiros selecionados nesta última etapa da competição irão representar o país nas Olimpíadas Internacionais, como a 41st International Chemistry Olympiad (IChO), em julho, na Inglaterra, e a 14ª Olimpíada Iberoamericana de Química, em outubro, em Cuba.
Aluno do Colégio Militar de Brasília, Lucas Daniel Gonzaga, 16 anos, conquistou a vaga ao elaborar relatórios minuciosos de seis experimentos, no mês passado. Coisas como mostrar a equação e explicar a reação da sacarose com o ácido sulfúrico ou detalhar a fórmula de um plástico a partir de um vídeo com experimentos mostrando a produção de polímero. Atividades que os participantes da Olimpíada Brasileira de Química não costumam ver em sala de aula.
Animado com a possibilidade de estar entre os quatro representantes brasileiros, Lucas Daniel revela que tem estudado praticamente o dia todo, antes de embarcar para o curso na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde ele e os outros finalistas - nove cearenses, quatro paulistas e um paraense - vão se preparar para a prova final, em 18 de abril.
– Tenho me dedicado bastante à Olimpíada, mas todos estão com notas muito equilibradas. O resultado é uma incógnita – ressalta Lucas Daniel. – Espero que minha performance sirva de exemplo e estímulo a outros estudantes do DF – torce o adolescente, que pretende cursar engenharia no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, São Paulo.
Apesar de escolher uma via paralela à química, Lucas não descarta a possibilidade de se reencontrar com a matéria predileta no futuro.
– Talvez no mestrado eu me volte para a área. Gosto muito de química orgânica.
Sobre a olimpíada
A Olimpíada Brasileira de Química é realizada anualmente e abrange mais de 5.300 escolas e 164 mil alunos do Ensino Médio matriculados nas redes pública e privada. Há mais de oito anos, a iniciativa conta com o patrocínio da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) e da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
O objetivo é despertar o interesse pela química entre os jovens e, assim, garantir profissionais qualificados para o futuro. A Olimpíada é promovida pela Associação Brasileira de Química (ABQ), realizada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tenológico (Funcap), com o apoio do CNPq.