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Artigos-->DIARIO DE BORDO CAP.LII -- 25/02/2009 - 13:50 (Mirian de Sales Oliveira da Rocha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
;O impasse continua,quase não se vê ninguém da tripulação,os homens insones e estafados;Francis foi levar pão de queijo e chá para o marido;eu lhe digo -chá e simpatia,também,é sempre bom.Há pouco passou por aqui o 1º,ligeirinho como sempre,agarrado ao seu VHF.Creio que os prejuízos já devem estar em torno de U.S50000;isto sem contabilizar peças,engenheiros etc. .O alemão “workholic” continua trabalhando furiosamente; quase não dorme e almoça com o prato na mão;suspeito que faz xixi por procuração;Agradeço não haver ventos fortes apesar da temperatura de 17º;ponho uma calça de veludo cotelê e um sweter e vou ler no deck.Penso que esta viagem foi mesmo providencial para mim;nenhum analistas me convenceria a envelhecer de modo tradicional,como uma comportada avó.Sinto-me na flor dos anos,cheia de energia para gastar e com muita vontade de viver;gosto de tudo que é alegre e descontraído,.detesto convenções.Adoro antiguidades.Velhas cidades medievais,igrejas seculares,monumentos cobertos pela pátina do tempo,tudo isto me fascina.A vantagem é que quanto mais velho fica um homem,mais interessante vai ficando para mim.Nesta viagem o objetivo é divertir-me,deixar fluir meu lado adolescente;desço as escadas de dois em dois degraus,corro com o cachorrinho até á proa,subo de um fôlego só a escada dos marinheiros,me penduro para ver a “Ball”;nada cerebral ou espesso.Comunicação com o mundo só através da Rádio Espanha.Compras praticamente não existiram ,não só porque o dinheiro era curto,mas,principalmente porque já superei a fase de consumo.Distraio-me olhando o mar-hoje cinza - chumbo com suas inúmeras variações de cores e o movimento das ondas ,a cadencia serena e o balé que vem desde tempos imemoriais.Ainda bem que herdei de meu pai o humor oscarwildeano

que dizia a um religioso que tentava reconverte-lo:-quando a gente morre fica mais longe do céu sete palmos..Ufa!acabou!.” Navegamos rumo a Las Palmas.O pesadelo já estava durando muito e nem quero pensar nos perigos que corremos,com o navio tão pesado e o conserto demorando tanto. O engenheiro foi embora com as burras mais cheias,porém valeu cada centavo ganho.o cara é fera!

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