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Artigos-->Empresas da Europa devem mais de US$ 11 trilhões -- 10/02/2009 - 23:32 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Leiam o artigo abaixo.



Quando se fala no pujante "mundo capitalista", a primeira coisa que vem à nossa mente é um mundo rico, de empresas sólidas, bem administradas e progressistas.



Mas quando abrem-se as cortinas, o que se vê é a realidade que aí está.



Um mundo de farsa, onde reinam os tigres de papel.



Conglomerados industriais endividados até o pescoço e um sistema bancário atolado no estelionato, todos procurando selvagemente um lugar no bote salva-vidas do dinheiro público, que tanto desdenharam.



Os capitalistas, os democratas debocharam quando a URSS faliu e se esfacelou.



Hoje, a Europa está nas mãos da Rússia que, se fechar a válvula do gás, mata o continente de frio.

E os EUA estão nas mãos da China, a comunista, que se parar de comprar os papagaios norte-americanos, afunda de vez os arrogantes.



Sem precisar disparar um único tiro.



Dirão que isso não interessa a ninguém, mas quem é que está com o revólver na mão?



Silvio de Barros Pinheiro.



Santos/SP.





***



O Estado de S. Paulo



Segunda-Feira, 09 de Fevereiro de 2009



Empresas da Europa devem mais de US$ 11 tri



Dívidas vão começar a vencer num momento em que as companhias não dispõem de dinheiro suficiente



Carol Matlack, Der Spiegel



Uma década de enormes empréstimos elevou a dívida da zona do euro para US$ 11 trilhões, que começa a vencer num momento em que as companhias não dispõem de dinheiro suficiente. O aumento da inadimplência poderá provocar ondas de choque que se espalharão pelos mercados globais.



Em breve, mais dívidas tóxicas poderão desabar sobre o sistema financeiro. Sua origem surpreendente são as empresas privadas europeias. Na década passada, outrora sólidas companhias do Velho Mundo, desde as fabricantes de cimento às operadoras de telefonia, entregaram-se a uma farra de empréstimos sem precedentes, endividando-se até o pescoço.



A dívida corporativa da zona do euro já ultrapassa os US$ 11 trilhões e equivale a cerca de 95% da economia da região, ante 50% nos EUA.



Pagamentos no valor de centenas de bilhões de dólares estão prestes a vencer, enquanto as vendas estão em queda em razão da crise global. Em outras épocas, quando a situação mundial era melhor, as companhias podiam ir aos bancos em busca de refinanciamento. Isso não é mais possível. Os empréstimos bancários para as companhias da zona do euro despencaram 40% no fim de 2008 e o aperto do crédito se acentuou.



Isso contribui para explicar o motivo pelo qual, em janeiro, os europeus emitiram US$ 159 bilhões em bônus, o nível mais elevado dos últimos dois anos. Mas o preço é exorbitante. O rendimento médio dos bônus corporativos europeus com grau de investimento praticamente triplicou no ano passado, mesmo para companhias em situação relativamente boa, como a Nokia e a companhia de serviços públicos alemã E.ON.



O aumento dos custos do serviço da dívida "acarretará uma diminuição das contratações, dos aumentos salariais, e dos investimentos", afirma Gilles Moëc, um economista do Bank of America em Londres. "O montante da dívida a ser rolada é enorme".



Muitas empresas já lutam com grandes dificuldades. Segundo o Investor Services da Moody?s, 249 companhias da Europa Ocidental foram afetadas pela redução da classificação da capacidade de crédito em 2008, o número mais elevado desde 1990. A Thomson, uma fornecedora francesa de equipamentos e serviços de vídeo que movimenta US$ 7,2 bilhões ao ano, reconheceu, no dia 29 de janeiro, que estava prestes a quebrar acordos com instituições de crédito referentes a cerca de US$ 2,7 bilhões de sua dívida.



A Thomson luta para captar recursos com a venda de empresas como a Grass Valley, uma fabricante de equipamento para a produção de vídeos com sede na Califórnia, que adquiriu na esperança de se tornar uma das maiores fornecedoras de Hollywood. "Tivemos de contar a verdade à nossa companhia, aos investidores e aos funcionários", diz o diretor executivo Frédéric Rose.



Como a Europa acabou mergulhando numa situação tão grave? A regulamentação conservadora do setor bancário proibia, em grande parte, empréstimos hipotecários arriscados. Portanto os bancos tinham muito dinheiro para oferecer às empresas. Os fundos de participações acionárias, percebendo uma oportunidade nas companhias do Velho Mundo subvalorizadas, despejaram mais centenas de bilhões de dólares. Com taxas de juros baixas e o euro se fortalecendo, as companhias estavam ansiosas por tomar dinheiro emprestado para financiar suas aquisições.



Um exemplo é a Lafarge, de Paris, a maior fabricante de cimento do mundo. No ano passado, ela desembolsou US$ 11 bilhões para comprar a fabricante de cimento Orascom Construction Industries, do Egito. Agora, a Lafarge tem uma dívida de US$ 22 bilhões e os pagamentos que vencem este ano ultrapassam os US$ 3,4 bilhões.



Segundo uma porta-voz da Lafarge, as instituições de crédito concordaram em permitir que a companhia adie pagamentos por quase US$ 500 milhões, até 2010. Mas, com isso, só adiará o dia da prestação de contas, pois prevê-se que as vendas da Lafarge terão queda de 2,7% este ano, devido a uma profunda crise do setor da construção no mundo inteiro.



Compras alavancadas são profundamente afetadas A perspectiva é ainda mais assustadora para as companhias que foram adquiridas por fundos de participações acionárias.



O aumento da inadimplência poderá provocar ondas de choque através dos mercados globais. Assim como aconteceu com as hipotecas subprime nos EUA, os bônus e os empréstimos das empresas foram revendidos a investidores em veículos chamados CDOs e CLOs, ou obrigações da dívida colateralizadas e obrigações de empréstimos colateralizadas. "Havia uma quantidade enorme de dívidas baratas e condições cada vez mais baixas", diz Jon Moulton, diretor do grupo Alchemy Partners, de Londres.






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