NINGUÉM quer falar nisso:nem eu,nem vocês,nem o vizinho,nem o rei,nem o papa;bem,o papa,talvez,afinal, ele tem muita familiaridade com estas coisas.Estamos falando da morte.Mais dia,menos dia,a “indesejada das gentes” vai aparecer sem ser chamada.Por assistir ao desespero de algumas famílias pegadas de surpresa ,é que pensei em finalizar este ciclo de artigos sobre Finanças Pessoais,tocando neste ponto nevrálgico,profundamente antipático,mas,necessário:como ficará nossa família sem nós.
Numa situação destas,varados pela dor,ninguém terá cabeça para pensar no futuro,depois que cai “a cumeeira da casa”,como se dizia no passado;sinal dos tempos:hoje,muitas vezes,o chefe da casa é uma mulher.
Melhor a gente partir tranqüilo,deixando em ordem nossos papeis,organizando tudo para facilitar as coisas para nossos familiares.
Afinal,que preparo é esse?é deixar todos os papeis ligados á nossa vida financeira em ordem,bem documentados e claramente relacionados.E,informar á família,é claro.
Será de grande ajuda ter um seguro de vida adequado,com um auxilio-funeral,talvez;um seguro-saúde-familia é indispensável no caso de doenças;
Se você tiver um financiamento imobiliário,certifique-se de que ele tem um seguro;se você faltar,o imóvel estará quitado.
Os autônomos podem fazer um seguro que lhes garantam uma certa renda,no caso de doença ou invalidez.
O testamento,também,é indispensável,mas,só se a gente quiser deixar um legado para alguém,ou,se por um motivo qualquer,não quiser dividir seus bens na forma prevista pela lei de sucessão natural.
Mais do que cuidar desta parte burocrática,precisamos estar prontos para falar com a família sobre o que poderá acontecer no caso de termos que fazer a” passagem”;tire as dúvidas e o medo do seio dos seus:primeiro,as pessoas,depois o dinheiro.