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Artigos-->Bovespa tem 34 empresas mais valiosas que a GM -- 03/11/2008 - 17:49 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bovespa tem 34 empresas mais valiosas que a GM



Mercado bate nas empresas com baixa geração de caixa e dívida alta - e nem ícones do capitalismo escapam da surra



Francine De Lorenzo



Portal EXAME - 31.10.2008
11h53



Quem imaginaria que a OGX, petrolífera do empresário Eike Batista, se tornaria mais valiosa que a centenária General Motors (GM) antes mesmo de completar seu segundo ano de existência? Assim como a OGX, outras 33 empresas brasileiras superam a GM em valor de mercado. Em apenas dez meses, a montadora perdeu mais de 10 bilhões de dólares na Bolsa de Nova York, passando a valer somente 3 bilhões de dólares. O montante equivale a um terço do lucro da Petrobras deste ano.



Há quem diga que, com a crise, o mercado perdeu todas as referências de preço. No entanto, também já se forma um consenso de que, em um ambiente de crédito caro e escasso, empresas que têm baixa geração de caixa e alto endividamento serão as que mais vão apanhar na bolsa - e a regra vale até mesmo para ícones do capitalismo como a GM.



Empresa Valor de Mercado (US$ mil)* Patrimônio Líquido (US$ mil)** Lucro / Prejuízo Líquido no ano (US$ mil)**

Petrobras 107.405.533 81.479.940 9.867.698

Vale Do Rio Doce 66.807.039 49.914.600 10.060.737

Bradesco 34.738.156 17.848.731 3.142.220

Itaú 30.484.738 19.059.774 2.565.591

Ambev 24.011.398 10.481.565 719.836

Santander 20.754.612 26.033.806 694.949

Banco do Brasil 17.620.151 16.565.734 2.507.429

Itaúsa 15.936.542 10.421.215 977.253

Eletrobrás 13.775.155 51.262.750 618.364

CSN 11.386.890 5.797.904 1.129.629

Telesp 10.800.356 5.746.147 899.817

Gerdau 9.039.567 10.587.326 1.719.943

Unibanco 8.779.791 7.975.781 940.685

Redecard 7.477.102 432.464 426.542

CPFL Energia 7.215.341 3.112.528 377.898

Brasil Telecom 6.995.328 3.236.755 439.511

Cemig 6.687.015 5.977.341 684.438

Usiminas 6.659.363 7.487.622 1.247.168

Telemar Norte Leste 6.213.474 9.248.452 601.564

BM&FBovespa 5.875.659 12.328.673 206.820

Souza Cruz 5.759.419 999.716 445.314

Telemar 5.475.514 7.166.350 461.305

Tractebel 5.326.618 2.153.209 383.718

TIM 4.559.076 4.779.502 -89.200

Brasil Telecom Participações 4.478.474 3.013.847 348.363

OGX Petróleo 4.461.881 5.512.594 -156.099

Anglo Brazil 4.085.085 509.857 -37.855

Vivo 4.028.211 5.231.776 18.908

Embraer 3.900.421 3.173.438 150.597

CCR Rodovias 3.796.411 803.006 274.147

Gerdau Metalúrgica 3.743.522 5.086.479 788.234

Pão de Açúcar 3.687.063 3.359.331 60.623

Natura 3.664.362 444.611 198.303

Weg 3.492.419 1.108.647 241.730

General Motors 3.436.607 -56.970.000 -18.722.000

*Em 30/10/08

**Dados do último balanço

Fonte: Economática





Os números também refletem a queda nas vendas de automóveis nos Estados Unidos e Europa, que agravaram ainda mais a já complicada situação da montadora. O crescimento fora dos Estados Unidos já não é suficiente para neutralizar as perdas da matriz, que há três trimestres vê os resultados declinarem. Somente de julho a setembro a queda nas vendas globais da GM chegou a 11%.



Com suas ações desvalorizadas em 75% neste ano e registrando prejuízos cada vez maiores, não demorou muito para surgirem rumores de que a empresa não terá caixa para arcar com suas dívidas e acabará recorrendo à concordata para sobreviver. A montadora negocia com o governo americano uma linha de crédito que possa viabilizar a fusão com a também endividada Chrysler - um negócio que colocaria novamente a GM no topo do ranking mundial de vendas de veículos, mas poderia custar até 70 mil empregos.



Enquanto a ajuda não vem, a GM nos Estados Unidos vive um pesadelo que não é compartilhado pela filial brasileira. Embora uma desaceleração nas vendas seja esperada, a previsão para o Brasil continua sendo de crescimento. Na avaliação do presidente da GM do Brasil e Mercosul, Jaime Ardila, a restrição de crédito no país deve durar apenas mais dois ou três meses, possibilitando um aumento de até 5% nas vendas em 2009. Nos primeiros nove meses deste ano, a montadora vendeu 25,6% a mais que no mesmo período de 2007, colocando no mercado mais 445.881 veículos. E ainda espera atingir a meta de 600.000 veículos comercializados neste ano.



Quanto vale uma empresa?



A GM só não vale menos que outras empresas brasileiras porque a Bovespa também sofreu fortemente os efeitos da crise. No setor de construção civil, um dos mais impactados, as ações de construtoras e incorporadoras contabilizam até 90% de queda neste ano. Já os papéis da Positivo Informática valem hoje 87,5% menos que no começo do ano, enquanto os da Gol estão 78% desvalorizados. Aracruz, Cesp, Medial Saúde e Brasil Ecodiesel também estão na lista das empresas que registram queda de mais de 70% nas ações neste ano, sendo que o Ibovespa recuou 41% no período.



Porém, diferentemente da montadora americana, as companhias brasileiras não apresentam patrimônio líquido negativo. Ou seja, não devem além do valor de seus ativos. Mesmo com a crise, a maior parte delas deve continuar registrando lucro e investindo no desenvolvimento do negócio, mas em ritmo menor. A grande dificuldade está em estimar o potencial de ganho das empresas, já que a crise inseriu tantas incógnitas na economia que estabelecer preço para as ações transformou-se em exercício de futurologia. "Com toda a economia sendo reavaliada quase que diariamente, fica difícil projetar valores para as companhias. O mercado está sem noção de preço", explica Marco Antonio Barbosa, analista chefe da Coinvalores.



Para estimar quanto vale uma empresa, os especialistas trazem a valor presente o fluxo de caixa futuro da companhia. O cálculo desse montante inclui uma taxa de crescimento e uma taxa de desconto, que reflete o custo médio dos empréstimos tomados pela empresa para financiar seus projetos. O modelo utiliza como base os dados do presente e do passado para projetar o futuro. Por isso, se algum fator na economia muda, a projeção precisa ser revista para contemplar os efeitos dessa mudança. "Essa análise, no entanto, não embute um componente de extrema importância na formação de preço: as emoções dos investidores", destaca Marcelo de Faro, analista da corretora Intra.



Em momentos de muito stress, explica Faro, os investidores tendem a fugir da bolsa, vendendo suas ações a qualquer preço. O "efeito-manada" derruba o valor das empresas, num movimento que em pouco ou nada se relaciona com seus fundamentos. Foi principalmente por isso que as ações do setor de construção derreteram rapidamente. Nas ofertas públicas iniciais de ações (IPOs), cerca de 70% dos papéis foram parar nas mãos dos estrangeiros - os primeiros a sair da Bovespa quando a crise apertou.



Juntos, todos esses fatores provocaram distorções no mercado acionário. Hoje, 19 empresas (veja abaixo) apresentam valor de mercado inferior ao dinheiro que têm em caixa. "Isso não faz sentido. Se a empresa colocasse esse dinheiro na renda fixa e não produzisse nada, já garantiria um retorno de 15% ao ano", ressalta Faro.



Empresa Caixa da empresa Valor de mercado

(R$ milhões) (R$ milhões)

Abyara 117 92

Agrenco 71 18

Coteminas 451 402

Helbor 161 147

Heringer 253 222

Invest Tur 542 388

Itaúsa 135.070 33.707

Jereissati 1.862 392

Klabin Segall 263 177

La Fonte 1.547 544

LLX Log 384 211

Mangels 270 124

MPX Energia 2.033 785

Porto Seguro 3.795 2.306

Sadia 3.403 3.348

SulAmérica 3.800 1.463

Telebrás 83 67

Unipar 1.169 757

Vicunha 115 104



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