Este falsário deu entrevistas nas TVs. Mais uma vez as redes de televisão, em busca de tal do "ibope", ultrapassaram os limites da ÉTICA.
O "fora-de-forma" a seguir, na realidade inexiste como um representante da SWAT, embora se apresente como tal.
A cada tragédia tem de aparecer um "mocinho". Ainda mais quando mortes ocorrem. E estes até conseguem seus minutos de fama, mas são poucos. Eis o GRANDE CRÍTICO do GATE de São Paulo, um NADA!
Ana Prudente
QUEM REALMENTE É O SUPOSTO ESPECIALISTA DA SWAT
O sujeito atarracado e evidentemente fora de forma que tem aparecido na TV como `instrutor da SWAT` para criticar a polícia brasileira quando os assuntos são técnicas de invasão e controle de situações como a do seqüestro de Santo André, não tem credenciais para isso.
Marcos do Val é um instrutor de Artes Marciais, dono de uma empresa sediada na cidade de Serra, no Espírito Santo, que oferece cursos para policiais em todo o Brasil, com poucos clientes. Já foi recusado pelo GATE, a PM paulista que agora tanto critica. Sua especialidade, segundo o site de sua empresa, são as técnicas de imobilização. Por sua desenvoltura nos últimos dias, parece ser também especialista na arte do engodo e da autopromoção.
No site em que vende seus cursos, o capixaba se diz faixa preta em Aikidô e ex-instrutor da Academia de Polícia Civil daquele estado. Não conta de qual operação de resgate participou, nem qual grupo de operações especiais integrou. Sua sorte é que, nas muitas entrevistas que deu desde sexta-feira, nenhum repórter ˆ aí incluída Ana Maria Braga ˆ, lhe fez essa pergunta. A resposta está na cara (e no resto do corpo também, justiça seja feita): nunca participou de uma invasão, nunca negociou com seqüestradores, que dirá pular de rapel do teto de um conjunto habitacional para salvar duas adolescentes de um homem armado.
A farsa construída pelo sr. do Val se beneficia muito da crença equivocada que existe por aqui sobre o que é SWAT nos Estados Unidos. A cada três palavras que ele diz, uma é SWAT. É seu carimbo, sua credencial. Seu cartão de visitas, seu distintivo (está estampada na camiseta que usou em todas as entrevistas). Chega ao ponto de dizer que é, há nove anos, `policial da SWAT`. Mais uma vez, parece acometido de grave esquecimento, ou ignorância. A SWAT não existe. Vou repetir: a SWAT, assim, com artigo definido, não existe. Aos fatos: SWAT ˆ sigla para Special Weapons And Tactics ˆ é o nome convencional para grupos de operações especiais e de alto risco nas polícias americanas. Muitos nem têm esse nome. Ou seja, falar em `a SWAT dos Estados Unidos` é o mesmo que dizer `a PM do Brasil`. E `policial da SWAT` não existe.
O pior é que se trata de uma armação de baixa qualidade. Por exemplo: em seu site, Marcos do Val gaba-se de ter sido agraciado com o título de `membro honorário da SWAT`. Aliás, `a primeira feita pela SWAT a cidadãos não-americanos`. Vejamos: a foto da placa, logo abaixo, informa: `honorary member of Beaumont Policia Department SWAT`. Entenderam? Foi a primeira vez na história que a SWAT de Beaumont, cidade texana de pouco mais de 100 mil habitantes, agraciou um não-americano com tão valiosa comenda.
Vocês nem precisam acreditar em mim. Ele mesmo se mostra aqui: www.cati.com.br
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/