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Artigos-->2430 -- 17/10/2008 - 20:37 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Este poema é dedicado à Maria Helena- conhecida como Marininha -

enfermeira da ala infantil do pronto-atendimento, já aposentada, mas que ainda cumpre plantões

por questões de sobrevivência

Baixinha, gordinha, de longo rabo-de-cavalo que lhe ultrapassa a cintura ,cuja vida foi dedicada às crianças

e cujo sorriso , não sei como, abre-se como um sol,ainda que cansado, muito cansado....



2430

mdagraça ferraz

gracias a la vida



Amanhecerá,eu sei, um dia,

neste hospital, onde sobrevivo



Maria Helena, prepara-te, aviso!

É necessário desenhar um sol

nas janelas opacas e pequenas

para que o memorizemos!



É necessário fazer bolas de algodão

para o curativo, como se fossem balões

Observa, Maria Helena, as gotas de sangue

caem como rodas

Tudo aqui quer girar, deslizar, dar a volta,

dançar, ganhar uma asa, uma forma nova!



Maria Helena, é necessário retirar os pontos!

Soltar a presilha de teus cabelos longos!

Abrir todos os carréteis, e todas as portas!

Tornar as cicatrizes estéreis

e lisinhas como a linha de um trem

que parte pelo mundo afora!



Ensaia teu riso,Maria Helena!

Amanhecerá, um dia,acredita!

É necessário lutar contra as paredes brancas

restritivas

E lutar e lutar contra as quarentenas,

contra as clausuras, contra as algemas

Lutar como as lagartas insurgentes

fazem-no contra o casulo-

limite que a condena à feiúra



Maria Helena, escuta!

Contrariemos às leis da sorte!

É necessário criar uma fuga

neste hospital

que não seja através da morte

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