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Artigos-->Energia nuclear: o que era medo se tornou esperança -- 01/09/2008 - 11:33 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Energia nuclear, assunto nacional



Alfredo Kaefer - DEPUTADO FEDERAL (PSDB-PR)



JB Online - 1/9/2008



A energia nuclear tem se tornado tema recorrente em publicações de expressividade nacional. Ao que tudo indica, o assunto veio para ficar. E já não era sem tempo. Recentemente, a Revista Época publicou uma entrevista intitulada "A energia nuclear é boa para o planeta" que me chamou bastante a atenção. Patrick Moore, um dos fundadores do Greenpeace, defende com todas as letras o uso da energia nuclear como saída para as mudanças climáticas. Já a matéria "o que era medo se tornou esperança", da Revista Veja, introduz novamente o tema à agenda de discussões do país. A reportagem contextualiza os leitores sobre a atual situação do Brasil e do mundo quanto à produção de energia nuclear.



Para Patrick Moore, a aversão ao uso dessa energia é explicada pelo simples fato de que ela é ligada inevitavelmente à energia atômica. Criticado duramente por ambientalistas radicais que o seguiam até há pouco como a um guia, ele é considerado por seus antigos seguidores lobista da indústria nuclear. Contudo, ser um defensor da energia nuclear, ao meu entender, não um torna um traiçoeiro. Venho acompanhando o uso da energia nuclear e percebo hoje a importância dela num futuro próximo, caso as emissões de gás poluentes continuem na mesma proporção.



Para se ter uma idéia, as térmicas a gás emitem de 399 a 644 por KWh/ano; as a óleo combustível, de 550 a 946; energia solar, de 78 a 217; eólica, de 10 a 38, e geração hidrelétrica, de 4 a 36. Segundo a Associação Brasileira de Energia, as usinas nucleares causam a emissão de 5 a 33 gramas de CO² por Kwh anual.



Trocando em miúdos, são todas fontes de energia muito poluentes se comparadas à energia nuclear. Além de ser utilizada na medicina, a energia nuclear é uma das fontes de energia mais limpas do planeta, no que diz respeito às emissões de gás carbônico. Até mesmo o Protocolo de Kyoto já prevê a geração nucleoelétrica como prioridade na aplicação de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).



O efeito estufa já trouxe mudanças climáticas significativas, como tsumanis, ciclones, enchentes e secas prolongadas. E a tendência é que fenômenos antes vistos como aberrações sejam cada vez mais comuns, caso não haja investimentos em energias alternativas. O aquecimento global já é fato.



A energia nuclear é limpa, embora seja um pouco mais cara. Quanto ao problema do lixo nuclear, a reciclagem é a saída, até porque 95% do combustível utilizado pode ser reaproveitável. O preconceito e a discriminação em torno desse assunto atrasam avanços que poderão conter um racionamento já previsto pelo próprio Ministério de Minas e Energia ao indicar a necessidade de o Brasil triplicar sua produção de energia elétrica até o ano de 2030 para atender a demanda do país.



O Brasil é um país rico em energia hidroelétrica, mas infelizmente ela não está distribuída em todo o território da mesma forma. Na Região Nordeste, por exemplo, muitas cidades poderiam usufruir da energia nuclear como fonte alternativa de energia. Nessa região, é comum o uso de térmicas a carvão que produzem energia mais barata, mas que emitem de 838 a 1231 gramas de CO² por quilowatt-hora a cada ano.



Infelizmente, hoje, no Brasil, o poder público detém o monopólio sobre a produção e comercialização dessa energia. Ao apresentar a Proposta de Emenda à Constituição nº 122/2007, visei sanar justamente a falta de investimentos na construção de usinas nucleares. O objetivo é que empresas privadas tenham a concessão para construção e operação de reatores nucleares. A proposta já recebeu parecer favorável e aguarda agora votação na Comissão de Constituição e Justiça. Como forma de garantir nossa soberania no trato do urânio, as empresas seriam autorizadas a utilizá-lo somente para fins de geração de energia elétrica.



Vale lembrar que mais de 50% da energia gerada no Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Japão, Espanha e Suíça são provenientes de usinas nucleares controladas por capitais particulares. Aqui no Brasil a previsão é que de quatro a oito novas usinas atômicas possam suprir o crescimento da demanda por energia até 2030. Faz-se necessário a conscientização da população para dissociar o conceito de energia nuclear com o de bombas atômicas. Com certeza, podemos utilizar a energia nuclear para o bem do país.





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