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Artigos-->Avaliação do governo Lula, por Ricardo Bergamini -- 30/08/2008 - 22:16 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Amigo Mac Dowell



Confesso que tenho muito dificuldade de entender esse tipo de avaliação de pequenos períodos de análises (no máximo comparação de um ano para outro, como é o caso ora colocado pela matéria), da mesma forma que, com a minha experiência profissional, de quase 40 anos, sei da dificuldade do brasileiro médio para o entendimento da analise macroeconômica dos problemas (análise de séries temporais).



Em vista do acima exposto posso afirmar ser falsa a colocação da jornalista na matéria em pauta, de que as contas publicas estão piorando, tendo em vista ser impossível piorar o que em nenhum momento do governo Lula tenha melhorado, conforme comprovado na análise abaixo, ou seja: governo Lula (de janeiro de 2003 até junho de 2008) comparado com o ano de 2002.





Avaliação do Governo Lula



Base: De Janeiro de 2003 até Junho de 2008



1 - Todos os governos e empresas do planeta são regidos por uma ferramenta denominada de "Balanço".



2 - “Balanço” é composto de Ativos (haveres), Passivo (deveres) e Patrimônio Líquido (Resultado – positivo ou negativo).



3 - Os governantes de plantão e as empresas divulgam para o mercado apenas os seus ativos, se omitindo dos seus passivos, conforme confissão pública abaixo. Haja vista que constantemente somos surpreendidos por falências de grandes empresas e bancos no mundo inteiro



“As notícias boas nós divulgamos, as ruins escondemos” (Ruben Ricupero, ministro da parabólica do governo Itamar Franco).



4 - No caso dos governantes de plantão, a situação enaltece os seus ativos, e a oposição os passivos. Sem dúvida o balanço dá argumentos técnicos válidos para ambos, porém pouco importante para saber o resultado final para a nação ou empresa.



5- O que interessa de um governante ou empresa é o seu "Patrimônio Líquido". No caso do governo Lula poderia ser resumido no texto abaixo:





Resultado Fiscal Nominal da União – Fonte MF



Base: De Janeiro de 2003 até Junho de 2008



De janeiro de 2003 até junho de 2008 houve aumento das despesas totais (correntes e de capitais) de 0,91% do PIB em relação ao ano de 2002. Aumento real em relação ao PIB de 1,03%. Apesar do aumento global das despesas, devido ao aumento do número de Ministérios, houve redução real de algumas despesas importantes, tais como: Saúde (–4,86%); Defesa (-14,52%); Educação (–5,30%).



De janeiro de 2003 até junho de 2008 houve redução das receitas totais (correntes e de capitais) de 2,30% do PIB em relação ao ano de 2002. Redução real em relação ao PIB de 7,79%.



De janeiro de 2003 até junho de 2008 a União gerou um déficit fiscal nominal de R$ 408,3 bilhões (3,40% do PIB).





Arquivos oficiais do governo estão disponíveis aos leitores.





Ricardo Bergamini, Prof. de Economia (Florianópolis, SC)





***



Inflação piora contas públicas



Gastos com juros da dívida aumentaram devido, principalmente, aos títulos indexados ao IPCA, que consumiram R$ 18,8 bilhões no primeiro semestre, frente aos R$ 11 bilhões do mesmo período de 2007



Vicente Nunes

Da equipe do Correio



Para Vitória Saddi, da RGE Monitor, a inflação continuará pesando



A disparada da inflação fez estrago nas contas públicas nos primeiros seis meses deste ano. Influenciados pelos índices de preços, os gastos com juros da dívida totalizaram R$ 88 bilhões no período, valor sem precedentes na história do país para espaço tão curto de tempo. Em média, a cada dia, o endividamento consumiu R$ 483,6 milhões, superando em 11% o desembolso diário de igual semestre de 2007, de R$ 435,6 milhões.



Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, o peso maior da inflação na conta dos juros decorreu da mudança na composição do endividamento. Quando comparados os primeiros semestres deste ano e de 2007, somente a participação dos títulos públicos corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 17,2% para 22,2% do total. Tal movimento fez com que as despesas com esses papéis saltassem de R$ 11 bilhões para R$18,8 bilhões.



Isso não quer dizer que o impacto da taxa básica (Selic) na conta de juros tenha diminuído. “Observamos que, proporcionalmente, o efeito da inflação foi maior nas despesas com a dívida”, disse Altamir. Ele ressaltou que, no semestre, a Selic contribuiu com R$ 35,4 bilhões dos gastos totais com o endividamento, ante os R$ 31,4 bilhões no acumulado de janeiro a junho de 2007. A parcela de papéis indexados à Selic subiu de 48% para 54,8%. Mas a correção dos títulos recuou de 13,21% para 11,24%, movimento que se inverterá daqui por diante devido ao aperto promovido pelo BC para conter o ímpeto inflacionário.



No acumulado dos 12 meses terminados em junho, os gastos com juros também foram recordes, alcançando R$ 168,7 bilhões, dos quais R$ 17 bilhões apenas no mês passado. “Que ninguém espere um recuo nas despesas com a dívida tão cedo. A inflação ainda continuará pesando nessa conta e teremos o impacto da alta da Selic iniciado em abril”, destacou a economista Vitória Saddi, analista para a América Latina da RGE Monitor, consultoria com sede em Nova York.



Para se ter uma idéia mais clara do peso dos juros nas contas públicas, também no primeiro semestre, o governo fez uma economia recorde para arcar com os custos da dívida. O superávit primário somou R$ 86,1 bilhões, superando em 20% o saldo dos seis primeiros meses de 2007, de R$ 71,6 bilhões. Ou seja, quando confrontados o superávit primário com os juros da dívida, ainda faltaram R$ 1,9 bilhão para fechar as contas. Esse buraco, correspondente a 0,14% do Produto Interno Bruto (PIB), é conhecido como déficit nominal, que o governo se gaba de estar no menor nível desde junho de 1993.



Na avaliação do economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa, para se medir, com maior eficiência, como anda a saúde das contas públicas é preciso olhar para a relação entre o superávit primário e o PIB no acumulado de 12 meses. Em junho, esse indicador ficou em 4,27%, ligeiramente abaixo da nova meta de economia prometida pelo governo, de 4,3% (o índice anterior era de 3,8% do PIB). É essa relação que mostra a tendência do superávit e quais são as chances reais de a meta ser cumprida ou não.



Altamir Lopes, do BC, garantiu que a economia de 4,3% do PIB para o pagamento de juros será feita sem sobressaltos, pois três esferas do governo que não vinham dando a contribuição esperada para o superávit — estados, municípios e empresas estatais — darão sua cota a partir de agora. Os estados e municípios, porque não podem mais empenhar gastos com obras por causa da Lei Eleitoral. As estatais, porque já cumpriram o grosso dos compromissos com royalties, dividendos e impostos. Em julho, especificamente, o superávit ficou em R$ 11,1 bilhões.



Dúvidas sobre meta



Apesar da tranqüilidade com o desempenho das contas públicas, o mercado está ansioso por saber se o governo manterá, em 2009 e em 2010, a meta de superávit primário de 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB), em vigor neste ano. “Por enquanto, estamos trabalhando com uma meta de 3,8%. Mas seria importante que o governo sinalizasse o objetivo maior, reforçando seu compromisso com o ajuste fiscal”, disse o economista Fernando Fenólio, do Unibanco.



Ele admitiu, no entanto, que será mais difícil para o governo fazer tal economia para o pagamento de juros diante da esperada desaceleração da economia nos próximos dois anos, o que resultará em um ritmo menor no aumento da arrecadação. Além disso, as contas públicas serão impactadas pela elevação da Selic, que deve se estender até o primeiro trimestre de 2009 e se manter inalterada daí por diante até o fim daquele ano.



“A boa notícia é que o governo diminuiu a velocidade do aumento dos gastos com a máquina, de 10% para 5% ao ano. E melhor: ampliou em 30% os investimentos, um sinal de melhoria na qualidade das despesas”, destacou Fenólio. Para Vitória Saddi, analista para a América Latina da consultoria RGE Monitor, esse avanço não é suficiente para dizer que, mantida a meta de superávit de 4,3% do PIB nos próximos dois anos, ela será cumprida. “Eu reduzi minhas estimativas de 4,4% para 4,2%, em 2009, e de 4,2% para 4,1%, em 2010”, afirmou. (VN)





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