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Artigos-->JG3 - Filhotes de sabiá, deixam a empresa dividida -- 10/12/2001 - 17:44 (Marcel Agarie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No início do mês de novembro, aconteceu um fato que dividiu opiniões dentro da empresa, que foi a apreensão de um filhote de sabiá, que havia caído de seu ninho. Como em todas as primaveras, as aves iniciam a fase de acasalamento, gerando uma procriação de filhotes.

Todos os anos, a funcionária Salete do departamento de projetos, faz o acompanhamento deste processo, desde a formação do ninho, até o nascimento dos filhotes, tudo isso graças a bela paisagem da janela de sua sala, que dá visão total para a árvore onde os sabiás constróem os seus ninhos.

Depois de nascerem, os filhotes logo começam a aprender a voar, e nestas tentativas, dois filhotes caíram de um dos ninhos, e ficaram vagando pelo jardim, desesperados tentando retornar ao ninho.

Sem conseguirem voltar, os filhotes ficaram vagando pelo jardim, e aos poucos, algumas pessoas foram se aglomerando em torno dos filhotes, que foram logo amparados pela Salete, que pedia para as pessoas deixarem os filhotes ficarem livres no jardim, pois cedo ou tarde, a sua mãe viria buscá-los, ou seguiriam os seus instintos, e aprenderiam a voar sozinhos.

Muitos começaram a dar os seus palpites, tentando ajudar a proteger os filhotes. Alguns tentaram dar bolacha umedecida para comer, enquanto outros tentaram dar água, e claro, sem muito sucesso. O maior perigo seria durante a noite, pois na redondeza da empresa existia um gato preto que poderia facilmente devorar as pobres aves.

A noite, as duas aves foram colocadas em uma caixa de papelão, apenas para protegê-las de possíveis ataques felinos, porém quem “atacou” a caixa, foi o motorista da empresa Sr. Élson, que levou um dos filhotes, para cuidar em sua casa.

Na manhã seguinte, ao saber das notícias, Salete não se conteve e foi tirar satisfações com o Sr. Élson, pedindo-lhe justificativas por ter levado o pequeno filhote, dizendo que lugar de passarinho é nas árvores e não engaiolado.

Muitas discussões se sucederam depois deste acontecimento, inclusive ameaças de denúncia ao IBAMA, por ser o sabiá um animal protegido pela entidade.

A verdade é que o fato dividiu opiniões, pois muitos consideraram a atitude da funcionária Salete como exagerada, enquanto outros apoiaram a sua conduta.

Hoje, quase um mês depois do acontecimento, o filhote que ficou na caixa, aprendeu a voar e está livre pelas árvores da cidade, a outra ave se encontra em uma gaiola na casa do Sr. Élson, enquanto a Salete, mesmo não concordando com o desfecho da história, promete continuar lutando pela liberdade de qualquer outra ave que tentarem colocar em cativeiro.



ARTIGO PUBLICADO NO JORNAL DA GALERA 3

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