Com a facilidade de crédito, ficou muito mais fácil adquirir a perder de vistas automóveis novos e semi-novos; quem dirá motocicleta, que a partir de uma irrisória taxa mensal as pessoas podem sair por aí em duas rodas.
Sem agravar a todos, mas a maioria das pessoas que compõem o caos urbano que se tornou Salvador, não dão a mínima importância à direção defensiva, regulamentação de trânsito e tudo que possa ajudar a dirimir esses problemas viários que tende a se agravar cada vez mais.
Paradoxalmente, quem trabalha no volante, como é o caso dos taxeiros, motoristas de transporte coletivo e principalmente “motoboys” são os que mais atravancam a viabilidade do trânsito, isso provavelmente ocorre devido ao estresse da profissão, pois os motoristas têm que cumprir o horário a qualquer custo, sob pena de punição, assim eles não pensam em mais nada, e todos que saiam do seu caminho.
O taxeiro, normalmente não acha uma corrida, a gasolina aumenta, muitas vezes está dirigindo o carro de terceiros ou de cooperativa e o que sobra no final do mês é somente frustração.
Mas o pior de todos é o motoqueiro, que também tem que cumprir horário, entregar o produto o mais rápido possível, e para isso vale tudo! Raramente um desse “motoboys” obedecem sinaleiras, costuram o trânsito como se estivessem em uma corrida, dirigem em sentido contrário para economizar tempo e gasolina, não é raro ver acidentes com eles, aqui mesmo no “falecido” Parque Solar Boa Vista, em Brotas, tem motoqueiro em todo lugar, até as esburacadas calçadas do parque eles invadem, dão contra-mão no sentido contrário e nem pensam em parar em semáforos.
O trânsito soteropolitano é um verdadeiro caos, as pessoas estão acostumadas a vilipendiar o direito dos outros, e montadas nos veículos fazem uma extensão do seu caráter e assim o nosso sistema viário se arrasta para o futuro, que todos sabem qual será, se ninguém tomar providências.