Os vencidos no movimento de 64, mesmo anistiados, perdoados como meninos travessos que por vezes ultrapassam os limites da travessura, nunca se conformaram com a perda , e nem com o perdão. Para eles, o perdão é tido como a confirmação da derrota.
Os Generais cientes que haviam feito suas obrigações, com os resultados econômicos, franco progresso em todos os sentidos, confirmado com o 8º lugar da economia internacional, voltaram de consciência tranqüila para suas atividades fim. Mas, não contavam com o amor próprio ferido, dos brasileiros comprometidos com a filosofia comunista internacional que já haviam fracassado no seu intento. Com este novo fiasco, deu todos apoios logísticos, econômicos e o que mais fosse preciso, para garantir o seu sonho de trocar a bandeira verde, amarelo, azul e branco, pela sinistra bandeira da foice e martelo brancos, destacados em fundo vermelho.
Para os vencedores, a volta aos quartéis foi tranqüila. Mas, com o advento da Nova República, já nas mãos dos vencidos, desde a primeira hora de vigência, estes só pensaram em VINGANÇA. A Nova Constituição de 1988 foi tão afobadamente posta em prática, que muitos artigos e parágrafos, até hoje não foram regulamentados.
A Nova Constituição é usada conforme a necessidade do momento. Desde quando, o presidente e um político com mandato, têm o direito e poder de USAR 250 militares – sargentos, cabos e soldados – como peões de obras na favela, onde o político quer angariar votos? Onde estavam os superiores desses militares, para LEMBRAR a Lula e o político, que NÃO É ESSA A MISSÃO DO EXÉRCITO?
Para mim, fez bem o tenente que supervisiona a obra, diante de um desentendimento entre favelados e militares, onde estes foram ofendidos e provocados, prendeu os provocadores e levou para seu superior, para as devidas providências. O chefe, um capitão, mandou soltar os provocadores. Embora o tenente explicasse que os brigões ofenderam os militares, recebeu ordem de soltá-los.
Inconformado com o incidente e a ordem, o tenente entregou os “valentes” a seus inimigos de outra favela. O que aconteceu, faz uma semana que a notícia não sai da mídia, seja qual for. O tenente está preso, denunciado como “frio assassino”, e os matadores não foram nem identificados, e tudo indica que não serão incomodados, ou talvez, sejam convidados pelo Ministro da Defesa para um cafezinho.
Alguém pode dizer que não sou a pessoa mais indicada para dar palpite neste “imbróglio”. Mas, meus 43 anos acompanhando um militar por este Brasil de norte a sul, me ensinaram o bastante para saber que – às vezes – é mais ÉTICO, MORAL e PATRIÓTICO, SER REALMENTE um representante digno do EB, tomar uma atitude digna, que APENAS bater continência em sinal de obediência.
Tenente Vinicius Ghidetti, é mais patriótica sua punição, que o provável elogio que receberá o capitão. Que sua atitude desperte seus colegas, seus superiores, que preferem fingir que não são atingidos, quando têm desprezado SEUS DIREITOS, e continuam sendo desmoralizados.
A RESERVA NÃO É DESMERECIMENTO. É sim, a confirmação da data que o REGULAMENTO MILITAR diz que já cumpriu sua honrosa missão de DEFENSOR do Brasil, EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA.
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Comentário
Félix Maier
Concordo com tudo o que a Sra. Glacy Domingues escreveu, exceto o trecho em que parabeniza o tenente Ghidetti, que entregou os "meninos" aos "rivais".
Esse tenente cometeu dois crimes gravíssimos:
1) crime de insubordinação, não obedecendo a ordem de seu superior imediato, o capitão que mandou soltar os rapazes; se fosse em período de guerra, ele poderia ser condenado à morte;
2) crime de triplo assassinato, ao entregar os rapazes a traficantes de uma favela rival, sabendo que eles poderiam ser mortos.
Por estes crimes, o tenente Ghidetti deve permanecer por longo tempo na cadeia e ser expulso da instituição. Ele não passa de um bandido fantasiado de oficial do Exército Brasileiro.
