Nobres colegas usineiros, depois de um recesso de cerca de dois meses, aqui estou de regresso. Como um astronauta eu resolvi sair da atmosfera da casa e ficar observando esporadicamente de longe as evoluções e revoluções de nosso “Planeta Usina”.
Volta e meia eu dava um vôo rasante sobre o site e por vezes pude constatar verdadeiras batalhas campais na Seção Quadro de avisos.
Batalhas ferrenhas, onde alguns defendiam as suas idéias com unhas e dentes enquanto outros atacavam ferozmente os seus algozes e até mesmo inocentes incautos que se atreveram a cruzar o campo minado.
Indiquei o site a um amigo poeta capixaba que escreve com uma verve privilegiada mas o mesmo preferiu ficar apenas como leitor anônimo a ter de atravessar a colina e ser abatido.
Admiro aqueles que continuam emprestando o seu talento e brindando-nos com belas obras literárias quase que diariamente. Fiquei feliz em ver a renovação que está acontecendo na casa e triste em ver nossos irmãos engalfinhados em querelas desgastantes.
Volto de mansinho, cauteloso e vacinado. Colete a provas de balas, trincheira profunda, capacete de aço mas feliz por rever a comunidade.
Volto triste por ver estampado nos jornais do mundo que o Brasil foi o último país no ranking da educação. Nossos jovens tiveram participação pífia em um certame mundial. Essa situação eu já denunciava em vários trabalhos. Quem quiser pode ler “Socorro a nossa língua está encolhendo” de minha autoria, que por sinal deu um boxixo danado, mas em contrapartida foi um dos meus artigos mais lidos.
A nossa subcultura vigente está latente e visível em todas as partes. Basta assistir o Show do Milhão e ver quantos candidatos já foram eliminados depois de consultarem os universitários. Analisem o teor das letras cantadas nos trios elétricos da vida e comparem com as letras de um Ivan Lins, um João Bosco ou o Tom Jobim. Infelizmente optamos pela subcultura. Aposentamos o cérebro e o coração e privilegiamos o Falo e os bumbuns arfantes.
Pronto , já estou eu novamente malhando em ferro frio.