Sou atuante (como professora de língua e literatura) do processo do Novo Ensino Médio. E participei, com um grande grupo de professores, no município do Ripo de Janeiro, de um curso promovido pela Secretaria de Educação do Estado, que nos colocou a par da Nova Proposta Pedagógica.
Constatei que há, por parte de alguns docentes, uma certa resistência às inovações, como também falta de compreensão da Nova Proposta Curricular.
Se for bem analisada, e se nos forem dados os recursos devidos, a mudança visa simplificar o Ensino, para melhor articulação da aprendizagem.
Não creio, com isso, que A LITERATURA CORRE ALGUM PERIGO. Ao contrário: o ensino da literatura, assim como o da gramática "sistematizada", está diluído num contexto geral, que propiciará ao nosso aluno a aprendizagem de conhecimentos e competências que lhe darão uma visão maior sobre o mundo em que atua, quer no campo humano,como no profissional, possibilitando-lhe, dessa forma, o exercício pleno da cidadania. E isso porque ele lidará com situações de conhecimento, que lhe permitirão desenvolver suas potencialidades físicas e intelectuais, para realizar com entusiasmo seus "projetos de vida", pois ele não será, apenas, um ser passivo, mas um jovem atuante e crítico, totalmente integrado no binômio "escola-comundade"..
E se a LITERATURA ficou situada entre as "artes" é lá, exatamente, o seu verdadeiro lugar.
A Nova Lei do Ensino Médio dá, também, uma ampla flexibilidade a cada Unidade Escolar para a elaboração desse Novo Currículo, de acordo com as necessidades da comunidade em questão.
Enfim, se tudo for cumprido, tanto da parte do Governo, como da Escola, a nossa sociedade só terá a lucrar. Pois num país "miserável" como o nosso, cheio de mentes brilhantes e criativas, há que se cuidar URGENTE de nosso Sistema Educacional, proporcionando oportunidades aos nossos "Pequenos Cidadãos".