Usina de Letras
Usina de Letras
42 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63221 )
Cartas ( 21349)
Contos (13301)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10673)
Erótico (13592)
Frases (51735)
Humor (20173)
Infantil (5601)
Infanto Juvenil (4942)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141305)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->A urucubaca do aumento dos militares e civis -- 22/05/2008 - 11:18 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pressionado pelo Supremo, governo decide retirar MP



Medida provisória com créditos extraordinários para servidores se transformará em projeto de lei que tramitará em regime de urgência



Daniel Pereira



Da equipe do Correio



(Correio Braziliense, 21/05/2008, pg. 4, "Política")



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu retirar do Congresso a Medida Provisória (MP) 430, editada na semana passada, que liberou R$ 7,6 bilhões em créditos extraordinários a fim de garantir reajuste salarial a servidores civis e militares. Para cumprir o acordo firmado com o funcionalismo, o governo enviará um projeto de lei em regime de urgência constitucional ao Legislativo. Vitoriosa no episódio, a oposição promete aprová-lo até o fim deste mês. O recuo do presidente decorre da combinação de três fatores.



Na última quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu pela primeira vez na história, por seis votos a cinco, a vigência de uma MP de créditos extraordinários. Os ministros alegaram que o texto foi baixado, em dezembro de 2007, apesar de não haver “urgência” e “relevância” a justificá-lo, como exige o artigo 62 da Constituição. Com a decisão, deixaram claro que derrubariam outras MPs de créditos, pois tais textos dariam ao Executivo o poder de criar um “Orçamento da União paralelo” — ou seja, que não foi votado pelos parlamentares.



Em nome do respeito à decisão do Judiciário e do combate ao excesso de medidas provisórias, a oposição ameaçou obstruir as votações na Câmara e no Senado. O alerta foi dado ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Em vez de partir para o confronto com o PSDB e o DEM, Jucá preferiu aderir à ofensiva pela retirada da MP dos servidores. Convocou para a campanha outros aliados de Lula, como os presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). Ambos empunham como bandeira a mudança no rito das medidas provisórias.



“O governo tem respeito pelo Supremo. Também entende que a medida provisória pode ser usada. Mas, para que não prevaleça nenhum tipo de embaraço ao clima de votação, construímos o entendimento”, disse Jucá da tribuna. Além de prever a aprovação do projeto de aumento salarial do funcionalismo ainda em maio, o acerto selado previa também a votação, na noite de ontem, de duas medidas provisórias que trancavam a pauta do Senado: uma sobre o programa oficial ProJovem, outra sobre a venda de bebidas alcoólicas em rodovias federais.







Paternidade



“Acho que prevaleceu o bom senso e o respeito à Constituição e ao Supremo Tribunal Federal. Em muito boa hora, em gesto de recuo democrático, o governo retira a MP”, declarou o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), que reivindicou para ele a paternidade do acordo. “É um belo passo que se dá hoje. Mas é fundamental que outros episódios de livre arbítrio do presidente não ocorram mais. Vitorioso é o governo que cede democraticamente”, acrescentou o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM).



Em março, em reunião do chamado conselho político, o presidente disse que pretendia encaminhar a proposta de reajuste salarial dos servidores via projeto de lei, como demonstração de boa vontade com a discussão sobre a mudança no rito das MPs. Acusando o golpe e a ironia de Lula, líderes de partidos governistas pediram ao presidente que usasse uma medida provisória. Na ocasião, alegaram que teriam dificuldades de lidar com a tramitação de um projeto de lei e, mais especificamente, com a pressão de categorias que querem aumento em seus vencimentos, mas não foram contempladas no pacto firmado com o governo.



O temor de um novo trem da alegria volta ao Palácio do Planalto com a decisão de ontem. A votação a toque de caixa é a aposta para impedi-lo.



Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui