Cel. Hugo Chávez terá seu "Comando Sul Bolivariano" em São Paulo
22 de abril de 2008
Chávez comemora a vitória de Lugo no Paraguai e não esconde a alegria com o seu novo gabinete na Av. Paulista.
Do Observatório de Inteligência
Por Orion Alencastro
Enquanto o pessoal da Agência Brasileira de Inteligência digere a insatisfação e a crise de finalidades da instituição de Estado, sob intervenção branca imposta pelo governante de policiais federais na sua cúpula , pulverizando experientes profissionais e os confundindo com policiais, o Governo da República Bolivariana da Venezuela vai executando a sua estratégia de projeção de poder na América Latina.
Com a eleição do religioso Fernando Lugo à presidência do Paraguai, sub-judice do Vaticano, apoiado em estranha coalizão de esquerda e centro-direita, o estridente comandante do bolivarianismo do século XXI investirá na campanha de sedução e envenenamento de mais um governante para a sua órbita revolucionária, a começar pela rediscussão de recompensas por Itaipu.
Cel Hugo Chávez terá escritório na mesma avenida que Luiz Inácio da Silva.
Assim, vão se cumprindo os desígnios do Foro de São Paulo para a pretendida URSAL - União das Repúblicas Socialistas da América Latina. Sutilmente, o obstinado líder bolivariano coloca as suas botas no território brasileiro, bisbilhotando oportunidades com nossas riquezas, acompanhando de binóculo, satélite e incursões de helicópteros a movimentação das raposas transnacionais e das ONGs na "Serra do Sol" em Roraima e em outras áreas ricas em minérios, sob os pés das demarcadas terras de etnias nativas.
"Comando Sul Bolivariano" em São Paulo
O presidente plenipotenciário da Venezuela, paraquedista Hugo Chávez, na sua visão geopolítica entendeu que o seu governo deveria ter uma base de apoio estratégico e operacional no mais importante centro de decisões política e industrial da América Latina, a cidade de São Paulo.
Colaboradores da Forbes apostam na disputa entre Luiz Inácio e Hugo Chávez. Fidel já atingiu US$ 700 milhões na contabilidade da prestigiosa publicação.
Antecipando-se às eleições do futuro presidente dos EUA e tendo em vista o seu interesse na permanência de Luiz Inácio da Silva ou seus herdeiros de poder a partir de 2011, o astuto tirano Hugo Chávez pretende inaugurar, no segundo semestre deste ano, a sede do "Comando Sul Bolivariano" na avenida Paulista que, como fachada, terá a representação da sua robusta estatal, a PDVSA.O local pretentido, um edíficio de média estatura, se impõe por sua moderna arquitetura com vidraças refletoras de luz e calor, está a 1.600 metros do Comando do 8º Distrito Naval, 1.200 metros do QG do Comando Militar do Sudeste, no Ibirapuera, 500 metros da FIESP e 300 metros da sede da Petrobrás, na mais paulista das avenidas.
Tarso Genro não medirá esforços para que seu projeto de lei regulamentando a exploração de minérios em terras indígenas seja aprovado.
É este pomposo edifício que irá sediar o "Comando Sul Bolivariano" para projetar o poder do ditador Hugo Chávez, usando a expressão econômica do potencial energético venezuelano e, como já está tudo combinado, com todas as pompas e circunstâncias do Palácio do Planalto para o seu envolvimento nos futuros negócios da Petrobrás. Falamos da Bacia de Santos e litoral do Estado de São Paulo, onde há invejável depósito de gás a 80 km dos costões e praias da protegida reserva natural da Juréia, no Vale do Ribeira, e do audacioso e futuro porto de Peruíbe.
Não se trata de sede própria, mas o moderno edificio receberá o mais sofisticado equipamento de segurança orgânica eletrônica e desfrutará de avançados meios de comunicação sigilosa com o Palácio de Miraflores, governantes tupiniquins, personalidades do Mercosul, administradores do Bansur e operadores da Telesur.
Os escolhidos "inquilinos"
O edifício terá dependências com total segurança que estarão à disposição para apoio a audiências em trânsito com o Comandante Revolucionário da América Latina, dignatários do seu governo e interessados nas relações bolivarianas pelo seu "procurador" de plantão.
Paulo Lacerda, comandante da ABIN, por falta de estrutura e pessoal, toma conhecimento do qque acontece pelos noticiários; o presidente não dá a mínima pelo serviço.
Dez dos onze pavimentos serão destinados para a acomodação de dirigentes da estatal petroleira, técnicos e profissionais, adidos oficias de imprensa que, evidentemente, terão em alas reservadas, a companhia de agentes da segurança militar bolivariana, o agrupamento do serviço de inteligência e o pessoal cubano de operações especiais para atividades e missões silenciosas no país e além fronteiras do Cone Sul.
Hugo Chávez segue zombeteiro em seu desiderato. Belisca e assopra, instiga e recua, fala e se cala, esnoba seu cacife para financiar as FARC, a Via Campesina, a Força Nacional de Guerrilha Rural e Urbana, encabeçada pelo MST e a eleição de quadros da esquerda latino-americana. Ainda promove o aporte financeiro para escola de samba no Rio e para a idiotização dos jovens na organização de entidades revolucionárias bolivarianas, atuando com as forças subterrâneas de sustentanção da esquerda no Brasil para a próxima campanha rumo às eleições à presidência da República, em outubro de 2010.
Veja Edição 1714 - 22/08/2001
Tudo isso na nova sede da PDVSA da Av. Paulista, de onde poderá acompanhar mais de perto as conjunturas da Argentina, Paraguai, Uruguai e lidar com os ajustes de facilidades com a administração Luiz Inácio da Silva, o presidente do governo mais corrupto da história do Brasil, à luz de pesquisas dos empoeirados arquivos de jornais do país.
ABIN, a pedra no sapato
Luiz Inácio da Silva, o magnata José Dirceu de Oliveira e Silva, ex-ministro e parceiro do cel. Chávez, e a "emérita" Dilma Rousseff, Ministra Chefe da Casa Civil, provavelmente receberão o convite para a inauguração da sede do "Comando Sul Bolivariano", extensivo ao Ministro Chefe do Gabinete de Insegurança Institucional e ao Comandante da ABIN. Este, preocupado em reestruturar um serviço que não perturbe os interesses pessoais e a ignorância do presidente da República, leniente à soberania nacional e sempre contrariando os exaustivos documentos produzidos pelos seus próprios profissionais de inteligência.
A ABIN é uma pedra no sapato do ex-metalúrgico e de seu ministro da Justiça, Tarso Genro, que acaba de encaminhar o projeto-de-lei que regulamentará a exploração de minérios em terras indígenas atendendo a City londrina, centralizadora da máfia financeira global, que por suas ONGs influenciaram a criação das reservas indigenas.