Usina de Letras
Usina de Letras
188 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62688 )
Cartas ( 21339)
Contos (13285)
Cordel (10460)
Crônicas (22558)
Discursos (3245)
Ensaios - (10516)
Erótico (13584)
Frases (51055)
Humor (20106)
Infantil (5528)
Infanto Juvenil (4854)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1378)
Poesias (141034)
Redação (3337)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6286)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->CLAUDIONOR O BOM MALANDRO -- 30/11/2001 - 08:46 (guido carlos piva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CLAUDIONOR, O BOM MALANDRO!

uma prosa em verso ao machão brasileiro



Claudionor sempre foi um cara sorridente. Vestia terno branco, sapato reluzente... Com pinta no bigode, usava gravata com desenho de um bode. Ao lado do chapéu, uma marca carimbada: homenagem de amigos como rei da batucada. Usava calça larga, quando não, boca de sino, desfilava em madrugadas como grande figurino!

Claudionor era do tempo que malandro era prezado. Nunca foi do morro, como fosse, era tratado! De cabelo carapinha, de topete engomado! Cantava muita prosa por viver desempregado. Na cacheta: campeão! Nas mesas de boteco, ganhava de marreco. Jogava palitinho pra beber rabo-de-galo, no truco é que mandava sua grana para o ralo!

Claudionor vivia à toa: somente de paisagem. No clube dos poetas era grande personagem. No samba, atração, sambava a noite inteira, dançava “quadradinho”, bolero e capoeira. Conhecia, namorava, muita moça de futuro. Corria se escondia de marido atrás do muro. Na valia das mulheres, no salão, era primeiro, na escala de valores, era puro galinheiro.

Bebia uma cerveja na maior tranqüilidade, comia torresminho, cedinho ou muito tarde. Brincava de rasteira pra poder se exercitar. A navalha bem certeira era só pra amedrontar. Amigo de polícia, companheiro de ladrão, se vestia de malícia, só brigava com razão. Disfarçava ter coragem, cantava samba enredo, na hora do aperto, fingia não ter medo.

Assim é que vivia, o boa-vida Claudionor, tranqüilo, bem sereno, não ligava pro andor... até que num belo dia, Zulmira o conheceu, loira, muito quente, Claudionor se derreteu. Esqueceu o jeito “esperto”, sem querer se apaixonou, no passar de nove meses, teve um filho e se casou...



Cinco anos se passaram, mais cinco filhos Deus lhe deu. Trabalha como louco, nem sabe o que ocorreu! Acabou a boemia, o que era já morreu. Perdeu a fama antiga, seu terno pendurou! A Zulmira, bem... a Zulmira, coitadinha... lava roupa todo dia... trinta quilos engordou!



O que sobrou da história:



“TODO MALANDRO MUITO ESPERTO...

TEM SEU DIA DE MARRECO!”



DIREITOS AUTORAIS REGISTRADOS



CONTATO COM O AUTOR

guidopiva@terra.com.br















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui